{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
sábado, junho 29, 2002
 
God knows it's true, but I think that the devil knows it too.
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Acho que foi mais ou menos isto.
6 dias. Muito mundo.

 
[MURRAY STREET | just another dream theory lost inside yr eyes]

Esta noite sonhei muito. A ouvir sonic youth, que não só é bom para adormecer, mas também para se ouvir a dormir. Como se estivesse a ser transcrito directamente para o subconsciente. E tudo se passava em Sintra, com os amiguinhos, numa casa que é minha sem o ser.

Eu já morei em Sintra. Até aos quatro anos. Numa casa magnífica com vista para o Palácio da Pena e para o castelo dos mouros. Tb se via o Palácio da Quinta da Regaleira. Pena que não era minha. Era dos patrões da minha mãe, que na altura emigraram para a Arábia Saudita e pagavam-nos para habitar a casa. na altura ainda ñ tinha-mos casa própria, e de outro modo pagaríamos renda. As minha primeiras recordações de mim próprio são de lá. Quando lá volto sinto ainda que aquilo é de certa forma meu. Mais meu do que, talvez, de outra pessoa qualquer. Porque não é uma questão de posse. É sim, a forma como eu o sinto aquele sítio, a sua essência. De algum modo, ainda moro lá. Porque a casa habita em mim. E há coisas que nunca saem do nosso subconsciente. Havia na sala um quadro enorme do Napoleão. Um Napoleão sentado, durante a minha infância. Um Napoleão imponente, mas nunca assustador. A última vez que lá estive, á cerca de dois anos, pareceu-me diferente. O Napoleão pareceu-me velho, cansado, derrotado, bêbado, sentado com uma garrafa na mão. Talvez o quadro tenha sido pintado depois da derrota na Rússia. Fiquei desapontado com ele, não a figura histórica, mas com aquele estranho amigo de infância por estar ali rendido. Um farrapo velho distante do que me parecia ou tinha parecido perante a minha inocência infantil. Aquele Napoleão, sentado na minha infância... Havia o relva do jardim e os dois plátanos com os troncos enrolados onde era tão bom correr com as minha cadelas. Primeiro a Diana e depois a Tucha. Morreram as duas e tive muita pena. Acho que depois disso nunca mais me voltei a apegar de nenhum animal. Acho que por isso mesmo. Ainda me lembro de ver a Tucha na minha casa de banho a vomitar e os meus pais a darem-lhe chá. Não valeu de nada. Das portas da sala os plátanos a relva o palácio o castelo. Havia o quarto dos brinquedos lá no alto, no torreão. O que eu gostava daquele sítio... pena que nem sempre a minha mãe me deixasse ir para lá. Era mágico. Havia depois toda a vila e serra. Desde a fonte onde íamos buscar agua até ao supermercado, passando pelos jardins por onde passeávamos frequentemente. Ah, claro!... a banca dos carrinhos na feira...
A serra foi o cenário da minha infância.

Depois saí de lá aos quatro anos para vir morar na minha casa que entretanto estava a ser construída. Sintra permaneceu um paraíso meio perdido onde volto de vez em quando. Em sonhos, ou não.


sexta-feira, junho 28, 2002
 
hj vim (outra vez) no autocarro das 21.30 e, como não consegui lugar à janela, sentei-me ao lado de uma mulher alta, toda vestida de preto, com cabelos compridos. parecia assim árabe... n sei bem explicar mas parecia uma personagem dos livros k eu gosto de ler no verão.
Ela era muito bonita e era diferente de todas as outras mulherzinhas k iam no autocarro. o preto devia ser sinal de luto, não sei porquê mas tenho a certeza disso. a mulher passou o tempo todo a dormir... mas nunca se babou, nunca chocou contra o vidro, nunca cabeceou. permaneceu imóvel durante a viagem, como um cadáver depois de ajeitado pra parecer bonito no caixão. ela estava linda.
E eu fiquei a olhar pra ela muito tempo, a vê-la dormir. Impressionante como ela conseguia dormir assim, quietinha... parecia k nem respirava.

quarta-feira, junho 26, 2002
 
ando com bué sono
com um sono incrivel....
e sei k é um mau sintoma mas gosto da sensação...
mas acho k me vou cansar

 
a faculdade continua na mesma.a ana e a cristina fazem lá falta mas de resto é tudo igual...
nem parece k tamos quase em julho

 
os meus irmãos deram banho ao meu cão e ele endoideceu.
qd cheguei a casa, ia-me deitando ao chão. ainda tava todo molhado e tinha tado a esponjar-se na terra... foi fixe

 
hj teve menos calor...
ontem teve bué calor e fikei maldisposta com isso

 
Não, Liliana. Não era nada melhor. É isso precisamente que eu não quero.

Ontem o dia foi mesmo bom. Não foi só para ti. Não sei se foi bom para a madalena também, mas para mim foi. Foi bom estar na Gulbenkian com a Andreia. Deixou-me mais descansado. Afinal, continua tudo na mesma. Continua tudo desesperantemente na mesma. Ou nem tanto. Ás vezes é bom assim. Assim como está. Não caí de cara. Ainda bem. Isso não era nada melhor.
E também foi bom estar convosco na escola mais à tarde. Foi mesmo bom, embora eu tenha falado pouco. Ainda estava a ponderar o facto de não Ter caído de cara. Mas estava contente e foi muito bom estar de novo convosco. Não sei como é que vão ser as férias se fico com saudades vossas sem vos ver só por uma semana ou menos.
Liliana: tu não és o planeta satélite. E neste momento a pessoa menos indicada para te dizer isso é o Gustavo. Mesmo que possas estar algumas vezes ausente. Nunca exigimos um número mínimo de presenças obrigatórias. E a amizade não é uma coisa com condições prévias. Mesmo quando não queres ir à Gulbenkian 
Ninguém precisa de fazer o que quer que seja para ser do “grupo”, seja lá o que isso for, ou quem.

Onde é que andarão a Ana e a Cristina nesta altura? Já estarão em Bruxelas à pala da “grande teta comunitária”? Terão passado pelos mesmo sítios que eu na viagem para Paris e mesmo em Paris. Espero que a viagem esteja a ser agradável.

Hoje estive em casa a fazer uma ficha de leitura para Teoria e Métodos das C Sociais. Não acabei mas já adiantei um bom bocado de trabalho.
Vi o jogo da meia final e torci arduamente pela Turquia, que de resto pouco valeu. Para mim a final não podia ser pior. Detesto a selecção da Alemanha, quer por razões políticas, quer por esta ter estado em alguns fracassos da selecção portuguesa. Quanto à selecção brasileira, a minha embirração é porque eles de facto jogam bem. E porque estão sempre na final, e porque já ganharam muitos e por isso tudo acho que já não são poucos motivos para não gostar deles. Mas ainda por cima o equipamento é amarelo.
Mas pronto, entre Alemanha e Brasil, vou ter de puxar pelo Brasil. Porque os prefiro, de longe, à selecção alemã.
De resto, o mundial foi uma fraude. Já para não falar de Portugal... Os jogos não passaram na tv (eu não tenho tv cabo), os que passaram foram a horas ridículas para se ver futebol, não houve grandes jogos entre as selecções favoritas. As arbitragens foram um escândalo. Uma fraude.

Viram a notícia da mamografia por satélite que pôs uma dúzia de respeitáveis senhoras com as mamas ao vento enquanto a senhora vigarista que inventou a historia se masturbava com a paisagem?
Nunca vi nada assim. E depois ainda lhes telefonou a dizer-lhe dos múltiplos orgasmos que tinha obtido as suas custas...

Notícia do ano. Nem imaginam o que me ri.

Se não gosta das notícias que vê, sai de casa, seja você a noticia.
[marcas de baton]

terça-feira, junho 25, 2002
 
Sérgio: estive a pensar em ti e na Alice e será que não era bom que de uma vez "caísses de cara"?

 
João: continuo à espera da mensagem! ;o)

 
Ainda assim continuo com saudades dos amiguinhos. Temos que nos juntar depressa!

 
Hoje tive uma tarde feliz. Não sei se o Sérgio e Madalena também mas eu tive. Estava com tantas saudades dos amiguinhos. Há mais de uma semana que não via ninguém. Foi bom ter estado com vocês os dois, fizeram-me sentir que não sou o "satélite" que o Gustavo diz que eu sou e que eu tenho a certeza que não sou. Percebo o que o Gustavo diz mas não concordo, o problema é que quando começo a ficar em casa muito tempo começo-me a sentir como um satélite e fico toda chateada. Às vezes acho que devia estar na faculdade mais tempo com os amiguinhos mas, ou porque não posso ou não sei porquê, nem sempre o faço. Sinceramente acho/espero que ninguém me leva/e a mal... e mesmo que às vezes seja um bocadinho satélite não me parece que seja menos amado por isso.

segunda-feira, junho 24, 2002
 
A Rapariga de Cambridge
Queria conhecer intimamente conhecer
a rapariga anónima estendida no relvado
ao sol distante de um colégio de cambridge
Perdida na distância nem sei bem
se é uma mulher se rapariga
mais uma das amadas raparigas
Sei apenas que lê não sei o quê
e é simples objecto recortado
na margem verde intensamente verde
após a água mansa que reflecte os edifícios
Urgente é conhecer aquela que só veio num postal
mandado por alguém que certamente não sabia
o que essa rapariga ao sol para mim significaria
Ela devia saber um português profundíssimo
ou talvez as coisas que eu tinha para lhe dizer
as conseguisse de repente dizer num inglês
que fosse a melhor parte de mim
Definitivamente todo este dia-a-dia
contra o qual esmago a minha melhor lança
como que um sobressalto passaria
O meu reino pela rapariga de cambridge
Se eu a conhecesse mas no momento da fotografia
sentindo agora o que à distância sinto
pode dizer-se que seria feliz
Só assim o seria finalmente
há uma força obscura que mo diz



Ruy Belo


paulo, agora que já te expliquei o léxico do blog já podes começar a vir mais vezes. é este o tal poema que deu origem à história da rapariga de cambrige.

 
sérgio... tu ainda n sabes se caíste de cara...

domingo, junho 23, 2002
 
ainda não é oficial, mas há rumores de que:

CAÍ DE CARA!

resta saber se vai doer muito. ainda está quente.

 
que merda de domingos!

preciso que me resgatem a isto.
madalena. se estiveres no messenger da 1 toque.

sábado, junho 22, 2002
 
Vou-me embora agora. Daqui a 3 horas. Vou dormir um bocado e depois vou até Bordéus, Paris e Bruxelas. Ver mais um bocadinho de mundo.
Até daqui a sensivelmente uma semana (no blog vou tentar que seja antes). Eu vou estar bem e espero que vocês também fiquem.
Será que alguma coisa vai estar diferente daqui a uma semana quando eu voltar?
Vão-se lembrando de mim que eu não me esqueço de vocês :-)
Love you all. Até já...

 
Também levo At-the-drive-in :-))

 
Vou tentar ir a um Cybercafé durante estes dias...
Mas vão dizendo qualquer coisa. Todos, ouviram???

 
Tenho 20 minidiscs para a viagem. Entre eles Yo La Tengo, Belle & Sebastian, Jeff Buckley, Radiohead, Tom Waits, Flaming Lips, Pixies e Red House Painters. Não faço ideia ao todo quantas horas de viagem são. Vou ter tanto tempo para pensar (custa-me dormir em viagem) que tenho medo de enlouquecer.
Não consigo fazer os meus pais compreender que vou ficar cheia de saudades vossas nestes dias.
Foi tudo tão de repente. Espero arejar e descansar a cabeça. Estou à beira de um acontecimento.

 
A minha avó e a minha irmã estão a ver o "Go West" do Keaton.
É sobre ele que eu vou trabalhar. É o melhor.
O Keaton torna-se o melhor amigo de uma vaca e depois tem de lhe salvar a vida.
Do quarto ao lado oiço as gargalhadas delas. Vocês tinham de ouvir isto. Estou mesmo feliz de as ouvir a rir.
A minha avó diz "ai, que até me engasgo".
Um filme mudo de 1925 faz rir juntas duas gerações. No meu quarto :-)

 
Deixa a estratificação social em paz e a tua cabeça também.
Muita. Muita sorte, para ti e para o Sérgio.

 
João:
Ainda bem que tiveste paciência para escrever. :-)
Os cumprimentos serão entregues ao teu pai.
Parabéns por seres tio. Novamente.
Tenho pena pelo Sudoeste. Vamos sentir a tua falta, mas... Se for melhor para ti é o que queremos. A Zambujeira ainda vai ter de esperar mais um ano.
A vida do teu irmão é quase perfeita: casado, feliz, realizado profissionalmente, tem duas gatas (e não dois gatos!!!) e é ele que vai ter o filho? Tens a certeza que ele existe e não é só um desdobramento esquizofrénico da tua personalidade para a qual descarregas frustrações daquilo que não consegues? Que piada tão má. Ele deve ser bem fixe. E oferece-te roupa fixe, da qual tu gostas...
Também gosto de gatos e tenho um (já sabes!). O que tu não sabes é que o que o meu gato mais detesta são festas na barriga. Desde que foi operado uma vez que não deixa que ninguém lhe toque lá. Só lhe coço a barriga quando ele está a dormir, não dá por isso um bocado e eu aproveito. É a parte mais macia e quentinha do corpo dos gatos. Por isso sempre que posso desrespeito a vontade dele.
A tua mãe tem sorte em ter-te a ti. E em te preocupares e ires lembrando dela. A minha está ao meu lado todos os dias e eu parece que me esqueço.
Boa sorte com as frequências. Os desabafos são bem vindos.Vai correr tudo bem

 
dEUS tão grande para o vermos.
A cidade tão grande para encontrarmos quem queremos.
O mundo tão grande para o conhecermos.
Sinto-me como quem vai de viagem e sinto-me bem.

 
Serás capaz de responder a tudo o que eu pergunto?
Há pessoas que parecem saber tudo Madalena...

 
dEUS é grande de certeza. E eu não vou estar lá para testemunhar :-((

 
e se dEUS for grande?

 
fixe, né? este poema do o'neil?...

 
Serás capaz
de responder a tudo o que pergunto?

alexandre o'neil

 
ana: diverte-te na viagem e descansa e areja e distrai-te e descobre k o mundo é maior...

 
antes de mais: obrigada ana, por teres gostado do meu filme...


 

liliana: aparece no blog...

























sexta-feira, junho 21, 2002
 
E finalmente, o sr jornalista do Blitz...

Ontem fui assistir à montagem do João Rosas. Durante cerca de hora e meia. Ele já me tinha mostrado um projecto (em filme) daquilo que estava a pensar fazer e que eu tinha achado (disse-o à Madalena) que ficava muito àquem daquilo que eu achava que o João podia fazer. Mas ele já tratou de corrigir a situação.
Sobre o João há uma coisa que só reparei ontem. O João é fixe. É assim daqueles muito falíveis e muito humanos e portanto eu aprendi a gostar dele. Ele no fundo, no fundo é... O João Rosas e pronto!!! Não compreendo e concordo com a Madalena quando diz que não compreendo porque não há nada para compreender.
Do João saem por vezes coisas muito bonitas que não se manifestam na sua maneira de ser mas sim nas coisas que escreve e que faz (como é o caso dos documentários). Fora isso, é muito mimado e egocêntrico. E irresponsável, sem grandes perspectivas de que um dia venha a crescer. Mas eu gosto dele porque às vezes se revela.
O filme do João é sobre a infância. Ele filmou dois miúdos de rua (em entrevista) e uma miúda que estava a ser filmada sem saber a brincar sozinha no Adamastor. É verdade que as imagens estavam giras e bem filmadas. E que a primeira montagem era engraçada. Mas era só isso.ele filmou os míudos da rua enquanto míudos da rua e filmou a míuda que brinca sozinha enquanto miúda que brinca sozinha. Mas o filme é sobre a infância...
O João e muito, muito egoísta e às vezes parece que não vê um palmo à frente do umbigo. É como o míudo do anúncio do "tem espinhas!" ou " tem casca!". Ele ainda é uma criança.
Mas ontem as imagens que ele tinha eram da Sara e da Inês que têm 8 e 6 anos e que são as irmãs dele. Ele manteve sempre a sua postura de cretino (que se esforça por manter) na maneira de falar delas, mas filmou as irmãs de tal maneira que pelas imagens se consegue perceber que ele gosta muito delas.
"Ele lá há-de gostar de alguém" disse a Madalena. A Madalena que é uma das poucas pessoas que se percebe que o João gosta.
As irmãs dele a ler, a jogar computador, a ver televisão. E não deviam ser programadas. algumas tinham mais de um ano e eram de momentos muito simples. Eles deviam estar em casa e ele decidiu pegar na câmara e filmá-las simplesmente. Em grande plano.
E a elas o João filmou-as enquanto crianças verdadeiras e não enquanto miúdos em situações de miúdos.
A Inês tem olheiras profundas "que já nasceram com ela", disse o João a sorrir. A Sara acha que o João é um "batoteiro" porque tenta distraí-la com a Câmara enquanto ela joga computador . A Sara anda no Ballet e é "pequeno-burguesa" como o João. A Inês no Inverno passado andou a aprender a andar de bicicleta e caía e não chorava. Punha-se logo de pé e começava a tentar de novo.
O João sorri quando fala delas. Diz que elas são menos "tem nervo!" do que ele.
Tem fotografias a preto e branco dos dentes da Sara que são tortos e alguns estavam a nascer ainda. Como todos os dentes das crianças... Ele apanhou o que nelas é de criança e não um retrato superficial de "uns putos".
O documentário do João vai ficar mesmo muito bom. Depois do que vi ontem, tenho a certeza disso.

 
História dos Géneros: O melhor da cadeira de géneros, não é o estúdio nem a montagem, Sérgio.
São as aulas e o que lá aprendes. E é o facto de estares sentada numa sala com outras pessoas a olhar para os filmes que elas fizeram, a explicarem o porquê de os terem feito desse modo, a falar sobre a história do documentário e que tudo isso seja uma aula. E eu, de repente, lembro-me porque é que vim para esta variante. Existem sempre os cromos, mas cada vez me incomodam menos.
As últimas aulas de géneros têm-me feito pensar muito no Cinema enquanto conceito, enquanto grande máquina mágica de mobilização do olhar. Tudo despoletado pelos meus colegas que são, agora, os realizadores. As aulas têm sido muito especiais.
Já vimos o do Laurent (sobre uma maqueta de arquitectura), o do Pedro Serpa (sobre as "pessoas humanas" da esplanada da fac), o da Joana Lima (ex-namorada do Eduardo, sobre o "singularidades de uma rapariga loura"), o da Célia (gritona e namorada do Alexandre Pinto, o actor d' "os Mutantes"- chamado "habitar um palco" sobre a construção de um cenário para uma peça de Teatro "Rastos"), o do Patrick (talvez o melhor, sobre o urbanismo e o corpo) e o do Steffano (o que eu gostei mais). Eram todos muito diferentes e todos tinham aspectos interessantes.
O do Steffano...
Quando a clonagem for permitida vai haver um Steffano para cada um de nós ;-)). Eu estou a brincar.
Independentemente do seu autor, eu fiquei muito impressionada pelo filme dele. Sobretudo pelo conceito.Ele é italiano. É aluno de Erasmus e o ano está a acabar. Tirou fotografias a algumas pessoas que conheceu para ficarem como uma recordação do ano que passou. O documentário chamava-se "People taking pictures of each other" e se acredito que o cinema é mesmo uma linguagem, não sei se vale a pena tentar explicar como é que o filme era, mas o conceito seria algo como isto: cada pessoa (eram cerca de 5) era filmada em três planos. Três planos não muito longos (para cinco pessoas, o filme tinha 3 minutos). Um grande plano frontal do rosto, um plano mais geral em que se via o steffano a fotografá-las e um plano em que apareciam de perfil ambos. Estavam colocados (propositadamente) contra uma janela que inundava a sala de luz. A pessoa estava sentada num sofá e não falava. O fotógrafo também não falava. Nos separadores haviam planos muito curtos, como flashes, todos a negro...
Quando lhe pediram para explicar o documentário ele disse que não estava a tentar documentar as pessoas mas sim o ritual de as fotografar. As pessoas eram fotografadas duplamente: pela máquina fotográfica e pela câmara de filmar. O facto de existirem duas câmaras e muita tensão era o objecto do filme. um registo sobre o acto de registar. Assim. o ambiente ara tenso e o que ficou registado foi um ritual. Eu achei que o conceito era brilhante. Achei que levantava muitas questões. A mim levantou. Achei que era simultaneamente frio e muito íntimo. Achei que parecia um jogo de espelhos que se fazia por níveis: a pessoa que é fotografada, a máquina fotográfica que faz um registo, a pessoa que está atrás da máquina fotogáfica, a câmara que regista os dois nesse jogo e que faz um jogo com quem assiste porque nos coloca como estando atrás da máquina de filmar. Quem estava atrás da máquina de filmar também está, por momentos, à frente e o filme é um jogo.
Para além de tudo isto, a função de memória. É que, curiosamente, as fotografias que o Steffano tirou, ficaram estragadas e ele perdeu as imagens dos rostos que tinha querido guardar. Ou teria perdido não fosse o filme...
Que não é só uma imagem, mas o registo de um momento em que se sabia que se estava a guardar uma memória, um momento pessoal, um ritual de despedida que ficou e ao qual nós assistimos. A fragilidade de um momento ficou guardado numa câmara. Talvez o professor tivesse razão e aquele filme precisasse de tempo para respirar mas eu gostei muito. O Steffano soube, tal como a Madalena soube, estar à altura daquilo que viu.

 
O Helder nunca cá vem: quando um dia todos formos felizes este blog vai desaparecer :-)
Just a joke. Hoje estou bem disposta.
Ah, a propósito: Domingo vou a Bruxelas. Até sexta feira. Patrocinada pela UE. Sugar a grande teta da vaca comunitária.

 
Sizandro- O filme da Madalena:

Sim, é verdade. O filme da Madalena acabou por ficar bastante bom. Não o digo porque ela é minha amiga ( se bem que posso admitir que me custe sempre um pouco a abstrair disso), mas acho que ela teve muito respeito por aquilo que filmou. A ideia de optares pelo som directo acabou por ser muito boa. Está sem dúvida melhor assim.
O documentário da Madalena mostra que ela sabe de facto olhar para as coisas. E depois de um semestre (ou mesmo um ano, contando com história do cinema) aprendemos que a grandeza de um filme, de um pedaço de verdadeiro cinema não está na grandeza das coisas, mas no olhar que pousamos sobre elas. Quando as coisas se tornam grandes ao nosso olhar. É assim que nascem os filmes, segundo o José Manuel da Costa.
Percebo a obssessão dele com a duração (temporal) dos planos: é preciso tempo para que as coisas se revelem. É preciso saber estar à altura daquilo que se está a tentar mostrar. O olhar não é mais importante do que o objecto. O filme é a relação entre o objecto e o olhar. É preciso saber olhar.
Li num livro que o Godard disse que a dificuldade do cinema estava em "tentar dar a ver o que tu vês, através de uma máquina que não vê como tu vês e dar a ouvir como tu ouves, através de uma máquina que não ouve como tu ouves". Assim, pegar numa câmara torna-se numa tarefa não tão fácil, nem tão livre. A câmara pode ser um objecto tirânico ou condicionalismo. É preciso domar a câmara para se conseguir mostrar aquilo que cada um vê.
O filme da Madalena mostra um rio, da sua nascente à sua foz. Mostra o seu percurso. Mostra a vida à volta dele (os animais e o som do vento que é muito forte). Mostra um senhor (avô dela) que tem uma azenha movida com a força desse rio. É muito contido e correcto. As imagens são naturais e simples como o objecto que ser mostrar. E claro, tem cabras :-))
Acho que está um óptimo filme, para primeiro filme.Conseguiste mostrar o que viste e isso é fundamental. És oficialmente uma Sra realizadora de filmes independentes. Parabéns Lena!

quinta-feira, junho 20, 2002
 
Gostei muito de estar a fazer montagem coma madalena. Afinal, aquela sala escura não mete tanto medo como parecia, antes de saber o que lá se fazia. Estou entusiasmado para fazer a cadeira de Géneros Cinematográficos. Madalena, gostei muito das imagens que fizeste do teu avô. Mas isso já te tinha dito. Em quanto tempo é que ficou?

Do sítio onde escrevo consigo ver a lua, pela janela do tecto. É só olhar para cima.

Estive em casa o dia todo e não estudei tanto como devia. Estratificação Social, quem é que se rala com isso? Ninguém. Acho graça porque os sociólogos passam a vida a estudar as razões das desigualdades sociais para chegar quase sempre à conclusão que elas são necessárias à ordem social. O problema sociológico é mais importante que o problema social.

Estou a ouvir o disco da Björk, o último. Nunca o achei tão bom como dizem. Mas desta vez parece-me bonito.

O tempo está uma porcaria, aqui. não faz sol como devia fazer e está quase sempre uma ventania. Em Lisboa está sempre muito melhor. Mas aqui é que há praia. Amanhã vamos à praia madalena! O candinho telefonou a combinar. Vamos à praia dos coxos em ribamar. Acho que a são também vai. espero que o Kundera não venha com ela. (sem nenhuma espécie de ofensa ao kundera)

Estou a escrever só por escrever. Mas isso já vocês reparam.

Tenho um postal do Fala com Ela na secretária. Fala com ela, fala com ela, fala com ela... a frase tem-me perseguido como um espectro. O último bom dia para ter falado com ela foi precisamente no dia em que fomos ver o Fala com Ela.
Ana, ontem assustaste-me. A tua pergunta referia-se a um futuro próximo. Duas ou três semanas... demasiado próximo. Demasiado próximo. Um dos dois vai desaparecer...Alice in Wonderland. Not Sérgio in Wonderland...

A mafalda teve 6 na prova global de matemática e 8 na de F. Quimica. E ficou triste. Estragou-lhe a média toda embora passe com 10.

Acho que a Dharma e Greg está a perder um bocado a graça. Além disso a Dharma está menos gira com cabelo cortado. Isso preocupa-me. Acho que se não tivessem aquelas gargalhadas das sitcoms muitas vezes não saberia onde rir. O episódio de hoje foi mais giro que o de ontem, mas longe dos melhores. O da viagem ao méxico... ou o do sexo na cama elástica.

A segunda canção do verpertine é muito, muito bonita. Sempre achei. É a minha preferida.

Amanhã acho que vou mesmo à escola, para ter acesso ao maravilhoso mundo dos resumos dos textos em francês feitos pela Andrea. E por outros motivos já conhecidos do público em geral.

O país das maravilhas é possível...

 
Vou para a aula de Programação Cinematográfica. Vou tornar-me especialista em Buster Keaton. Hoje vamos ver dois filmes "Go West" e Batling Buttler. Finalmente, começo a char a alguma piada aquilo.

 
O meu nome é tão vulgar...
Nunca gostei disso. E como não gosto da conjugação "Ana Cristina", nem o diminutivo, nem o segundo nome me valem. Não seria eu se me chamassem Cristina.
O nome Ana é que é o meu. De muitas mais raparigas mas também o meu. Gosto de Ana. Gosto muito de Ana. Especialmente de "boa noite, Ana".

quarta-feira, junho 19, 2002
 
o sérgio diz madalena... qd está a ralhar cmg...

 
liliana; n te telefonei pq n tenho tb mto dinheiro e o k te tenho pra dizer n pode ser dito por msgs....
amanhã de manhã ligo-te...

 
ah, é verdade: DISPONIVEL PRA AMAR

 
compreendo-te em relação a gostar k digam o nome, ana
e «boa noite ana» pode mudar o curso da tua vida... ;)

eu tenho um gde trauma pq o meu nome é bué gde por isso não o dizem assim mtas vezes
mas «liliana» ainda é mais difícil de dizer, ehe ehe ehe

 
ESTOU DISPONÍVEL

 
we have all the time in the world for love

 
acho que sim. um prémio para a madalena.

 
Prémio para a Madalena? O que é que acham todos??

 
Ontem, disseram-me: "Boa Noite, Ana!"
Gosto que as pessoas de quem eu gosto digam o meu nome. Gosto que o pronunciem. Gosto que por momentos me tenham tão perto delas. Ontem disseram-me "boa noite, Ana" e eu pela primeira vez acreditei mesmo que havia uma hipótese do Inverno passar.

 
ana eu acho k eu sou das k ainda tou melhor dos criaditos de quarto...

EU SOU A MELHOR ALUNA DA TERAPIA DE GRUPO

 
Estou :-)

 
"Vai vender
juras falsas
amarguras
ilusões
trapos e cacos
e contradições"

 
ana tás cá!!!!!


 
n fomos ver o fala com ela... tenho msm vontade de ir...

 
Acho que não tenho muito jeito para déspota. E acho que escrevo tanto para o blog porque ando insegura.
Mas sei que vai melhorar (a insegurança). A quantidade de posts no blog também diminuirá (quando chegar a conta do telefone).
E tu também vais melhorar. Com o tempo... e com ajuda :-)

 
vou vender malinhas e ceninhas costuradas pra feira da ladra. alguém ker vir cmg???

 
deixei de dar aulas aos imigrantes de leste há dois meses.... ainda os vejo, quase tds os dias, às sete da manhã (qd apanho o bus a essa hora). eles vêm de boné e tiram-no pra me sorrir cos dentes de ouro...

eu acho k ultimamente tenho passado demasiado tempo preocupada cmg e é isso q me causa desequilíbrio. esqueço-me q o mundo é maior....


 
ana... és uma déspota insegura....
qd se é déspota, deve-se ser com estilo!!!!
por isso, qd tiranizares o blog, fá-lo sem dar cavaco a ninguém (esta expressão é bué, n é?)

 
a técnica da minha fisioterapeuta osteopática pra me curar a zona do pescoço e ombros é a seguinte: encontra-me os pontos onde me dói mais e pressiona-os até eles me fazerem o mais doer possível. depois diz-me pra eu a mandar parar quando já só sentir a pressão do dedo.
eu, cheia de vontade de me despachar e de ir pra casa, digo k a dor passou antes dela ter passado, o k é vulgar em mim...


assim, nunca me vou curar....

 
Alice

It’s dreamy weather we’re on
You waved your crooked wand
Along an icy pond, with a frozen moon
A murder of silhouette crows, I saw
in the tears on my face
And the skates on the pond, they spell "Alice"

I'll disappear in your name, but you must wait for me
Somewhere across the sea, there’s the wreck of a ship
Your hair is like meadow-grass, on the tide
And the raindrops on my window,
and the ice in my drink
Baby, all I can think of is "Alice"

Arithmetic, arithmetock(3), turn the hands back on the clock
How does the ocean rock the boat?
How did the razor find my throat?
The only strings that hold me here
are tangled up around the pier

And so a secret kiss brings madness with the bliss
And I will think of this when I’m dead in my grave
Set me adrift, and I’m lost over there
And I must be insane, to go skating on your name
And by tracing it twice, I fell through the ice of "Alice"

And so a secret kiss brings madness with the bliss
And I will think of this when I’m dead in my grave
Set me adrift, and I’m lost over there
And I must be insane, to go skating on your name
And by tracing it twice, I fell through the ice of "Alice"

(3) Arithmetic, arithmetock: This might be inspired by the Mock Turtle's puns from the original "Alice's Adventures In Wonderland" by Lewis Carroll. Chapter 9: The Mock Turtle's Story: "Reeling and Writhing, of course, to begin with," the Mock Turtle replied; "and then the different branches of Arithmetic - Ambition, Distraction, Uglification, and Derision."

[tom waits]

terça-feira, junho 18, 2002
 
A sala dos computadores hoje fecha mais cedo :-( Daqui a 10 minutos.
Aposto que algum de vocês negociou com o Sr para acabar com a "ocupação".

 
Cristina: o straight Quim está a um computador de distância de mim. A rapariga da lancheira do "estranho mundo de Jack" está ao lado dele. E Tu? Onde estás tu??
Tu estás a morrer de inveja e a perguntar-te "why, oh why é que eu não fiquei na escola?".

 
Já sabem:Desperation is the Devil's work

 
The State I Am In


I was surprised,
I was happy for a day in 1975
I was puzzled by a dream,
stayed with me all day in 1995
My brother had confessed
that he was gay
It took the heat off me for a while
He stood up with a sailor friend
Made it known upon my sisters wedding day

I got married in a rush
to save a kid from being deported
Now she's in love
I was so touched,
I was moved to kick the crutches
From my crippled friend
She was not impressed
that I cured her on the Sabbath
So I went to confess
When she saw the funny side,
we introduced my child bride
To whisky and gin

The priest in the booth
had a photographic memory
For all he had heard
He took all of my sins
and he wrote a pocket novel called
"The State I Am In"
So I gave myself to God
There was a pregnant pause
before he said ok
Now I spend my day
turning tables round In Marks & Spencer's
They don't seem to mind

I gave myself to sin
And I've been there and back again
I gave myself to Providence
The state that I am in

Oh love of mine,
would you condescend to help me
I am stupid and blind
Desperation is the Devil's work,
it is the folly of a boys empty mind
Now I'm feeling dangerous,
riding on city buses for a hobby is sad
Lead me to a living end
I promised that I'd entertain my crippled friend
My crippled friend


Oh, o primeiro dia :-)))

 
Lil: tenho pena que não venhas aos Gomez. Foi azar, atabalhoamento e uma grande estupidez.

..o(

mesmo!!

 
Detesto o Peter Pan: um dia todos vamos ter de crescer.

 
Sim, sim, sim.
O blog vai ser meu...
Não. Não estou a tentar tiranizar isto. é que o Cândido combinou entre as 18:00 e as 19:00 e isso é um bocado vago. Assim, valorizo o tempo de espera. Sinto-me como se estivesse mesmo a falar convosco.
Gostaste do album do "menino-mal-desenhado", Cristina?
Espero que a Teresa e o Tiago estejam bem.Todos os membros do blog que acompanham as "desventuras" dos teus amigos devem estar a torcer para que tudo corra pelo melhor :-))

 
Dramatic is O.K. .

Sim, hoje está mesmo muito Hot. Continua "dramatic"? Estará O.K.?
Às vezes o quarto fica cheio. Às vezes fica cheio de gente. Fica cheio de vozes e cheio de coisas. E pessoas que dizem coisas. Não acontecem muitas coisas mas na cabeça podem passar-se muitas coisas. E depois inventam-se justificações que, vamos ser honestos, às vezes não pegam mesmo.
Eu pensava que o Inverno tinha culpa de muita coisa. Que tinha culpa de muita coisa que não tinha. Assim, a chegada do Verão não pode aliviar nada. Nem tem tido de aliviar nada.
Gosto dos dias como hoje, em que consigo ver com clareza. Digo que vejo com clareza porque estou calma e esperançosa. Se calhar estou apenas optimista. Ou a ser estúpida (a linha é ténue não é)?
Na aula de teoria do texto a Babo ensinou um dia que drama tinha um significado tão simples como "o confronto de personagens". Assim, melodrama ou o "espírito das telenovelas" é algo de completamente diferente. O "drama de faca e alguidar" é algo que já não está directamente relacionada com o conceito de drama.
A minha vida (acho que a de todos) está cheia de personagens: planas, lisas, modeladas, caracterizadas indirectamente, figurantes, caricaturadas. Às vezes mudam e ascendem de categorias. E é isso. A vida é isso. Um grande drama.
A vida de todos é pouco mais do que isso. E não deixa de ser ok, pois não?

 
Ana, não olhes muito para o Gomez não vale ele pensar que também tu estás apaixonada por ele.
Como se isso alguma vez pudesse acontecer: "interessarmo-nos" pela mesma pessoa humana. ;o)

 
Devem estar (ou talvez não) a interrogar-se sobre o que é aquela coisa estranha no final do meu post anterior (/seguinte - se estiverem a ler de cima para baixo; eu cá leio sempre de baixo para cima, para seguir a ordem cronológica, penso que deve ser assim que todos lêem). Não reparei até fazer publish, mas aquilo foi uma tentativa de fazer uma cara triste - :o( . Só não apaguei porque pior que uma cara triste, só mesmo uma cara triste, nariguda e zarolha.

 
Não sabia que os Gomez eram/serão hoje. Também gostava de ir. .O(

 
A Cristina Candeias disse hoje que a Sónia Brites, que tem o Sol em Úrano, devia render-se à vida. Não sei se a Sónia brites ficou esclarecida, mas eu não teria ficado.

 
O Verão na cidade não é bem o Verão. Ou melhor...
O Sérgio disse-me há uns tempos que o calor era sempre doce. Eu não concordei e continuo a não concordar.
O calor implacável e o sol forte são muito mais cruéis do que doces.
No Verão, a minha irmã passa muito tempo em casa. No Verão é muito mais cruel estar em casa, porque tudo acontece lá fora, na rua. É muito mais cruel ficar em casa no Verão do que no Inverno. É que eu moro num prédio e não tenho quintal.
O meu gato fica mais lânguido e mais mole no Verão. Suponho que o facto de ser todo preto também não ajude.
Em Lisboa todos os locais parecem estar à chapa do Sol. O calor dos últimos dias tem feito da cidade uma grande estufa.Este calor é estranho e a cada gesto o ar torna-se palpável como se as moléculas se empurrassem umas às outras com dificuldade.
E se no Inverno era mau estar triste porque o tempo também não ajudava, no Verão é mau estar triste porque é difícil estar triste quando todo o ambiente à volta te contraria...

 
Gomez Day

Hoje é o grande dia do concerto dos Gomez (que eu pensava que só ia ser amanhã).
Está um dia tão bonito. Quando cheguei à paragem, o autocarro apareceu logo. Quando entrei no comboio, assim que me sentei, arrancou. Está um dia tão cheio de sol e de céu azul... Talvez vá esta tarde ver o Fala com ela, finalmente.
E depois à noite: Gomez.
O rapaz da minha faculdade que é sósia do Tom Gray dos Gomez (além de paixão secreta da Liliana eheheheheheheh) também está aqui na sala de informática e eu consigo vê-lo do lugar onde estou sentada. Quando reparar vai pensar que me sentei neste computador de propósito. Pensa sempre.
Sabe tão bem usar o blog como diário para contar a todos vocês sobre estes detalhes sem qualquer espécie de interesse. Se o Blogger entendesse português eramos expulsos!!!!!

 
eu tb ando por cá!

 
Eheheheheheh...
E volto a tomar posse no Blog...
=))
Tinha saudades disto... confesso!

 
A gala Tugas de Ouro...
Paulo:

:-)

 
Às vezes as coisas correm mal à nossa maneira e por isso não nos podemos queixar. Como se soubéssemos desde o início como é que ia ser. A auto-ironia é um bom remédio para muita coisa.

segunda-feira, junho 17, 2002
 
O messenger era incompatível com o ICQ. :-(
Vou pensar nisso...

 
Oh Sebastian wrote his diary that
He would never be young again
But you will

Fellow, you are ill
You'd better take a weight off of your mind and listen
To what other people say
Cause things are going wrong your own way


Belle & Sebastian, dos Belle & Sebastian

 
tás a ver, ana se tivesses o messenger, tavamos agora a falar...


 
tou bué feliz pq o único dia em k vou tar no sudoeste... é o melhor dia pra mim....
e tb tou bué feliz pq o paulo tá cá....

 
O quarto tem estado tão cheio :-)

 
Albuns do ano: esqueci-me do Old Ramon, Red House Painters

 
O primeiro dia do resto das nossas vidas :-)

 
tens razão madalena, eu sou um reaccionário conservador.

domingo, junho 16, 2002
 
a verdadeira funçãode das célebres "máquinas para viver" de Le Corbusier, era criar máquinas para lá viver. o cenário determina as atitudes. havemos de criar casas apaixonantes.

in Marcas de Baton

 
A REVOLUÇÃO ACABA NO MOMENTO EM QUE SEJA PRECISO SACRIFICÁ-LA
É PROIBIDO PROIBIR
NEM DEUS NEM AMO
ABAIXO O ABSTRACTO, VIVA O EFÉMERO
DEPOIS DE DEUS, A ARTE MORREU
ABAIXO UM MUNDO EM QUE A GARANTIA DE NÃO MORRER DE FOME FOI COMPRADA COM A GARANTIA DE MORRER DE TÉDIO
CLUB MED, FAÇA FÉRIAS BARATAS NA MISÉRIA DOS OUTROS
NÃO MUDEM OS EMPREGADOS, MUDEM O PRÓPRIO EMPREGO DA VIDA
NÃO TRABALHEM NUNCA
O ACASO DEVE SER SISTEMATICAMENTE EXPLORADO
CORRE, CAMARADA, O VELHO MUNDO ESTÁ MESMO ATRÁS DE TI
SÊ CRUEL
QUANTO MAIS CONSOMES MENOS VIVES
VIVE SEM TEMPOS MORTOS, SATISFAZ OS TEUS DESEJOS
AQUELES QUE FALAM DA REVOLUÇÃO E DA LUTA DE CLASSES SEM SE REFERIR EXPLICITAMENTE À VIDA QUOTIDIANA, SEM COMPREENDER O QUE HÁ DE SUBVERSIVO NO AMOR E DE POSITIVO NA RECUSA DOS CONSTRANGIMENTOS, TÊM NA BOCA CADÁVERES

in marcas de baton

 
João: 965157090 - Sente-te à vontade para me amares desenfreadamente. Aliás, sintam-se todos! :o)

 
faça férias baratas na miséria dos outros! in marcas de baton

sábado, junho 15, 2002
 
O meu 13º post de hoje.
Isto é que é tirar a barriga de misérias. Vou ler agora o texto que me enviaste Sérgio :-)
Estou de volta :-))

 
Tudo passa. Tudo na vida passa.
Se não passar por cima, passa por baixo. Mas passa, não passa? Digam lá que sim... :-)(

 
Eu gosto do Blade Runner. E acredita em mim Cristina: de todas as pessoas que conheço és a menos parecida com um replicante :-)

 
O meu computador ainda não está a 100%. A memória foi quase toda apagada. A memória é o mais precioso bem do ser humano e também da indústria informática. A memória é tudo. Deviam vender-se placas que as pessoas pudessem comprar, cheias de memórias felizes, cheias de coisas boas. As memórias eram carregadas e depois as pessoas usavam-nas para si. A boa memória passava a ser a sua memória. E depois disso, o facto de as pessoas serem de facto felizes ou não tornava-se absolutamnete irrelevante. Porque a realidade presente deixa de existir e é transitória. Mas a memória permanecia.
Porque tudo passa e só fica a memória. Tendo a memória o que mais é que se pode pedir???

 
Os livros que tenho para ler cá em casa:
Sobre Linguagem, técnica, filosofia e política - de Walter Benjamin
Cartas de Amor de Fernando Pessoa - de (grande surpresa: Fernando Pessoa)
O Livro do Desassossego (1ª Parte) - de Bernardo Soares aka Fernando Pessoa
Mas o que tenho lido mesmo é o Caderno de Arte e Comunicação :-) Para aprender sobre a noção de arte, o belo, a estética, o gosto, o génio, a técnica, o simulacro, a poiésis, a mimésis e todas essas coisas que vão acabar com a fome e trazer a Paz e a felicidade ao mundo.
Estou a ser estúpida. A matéria é talvez das menos más que já estudei. Estou a ser pobre e mal agradecida.


 
Seja o que for que procura, está na telelista :-)

 
"fala-nos na tua felicidade. faz-nos acreditar que é possível."
Sérginho. Eu sei que tu não estavas a perguntar o que devias fazer. Às vezes apetece desabafar “um dia mau”. À bocado, tu não me pediste uma sugestão mas eu dei-ta na mesma Sérgio. Desculpa, mas acho cada vez mais que o devias fazer...
O que é que acham? O Sérgio é um fixe. Às vezes deixo de perceber a Alice e as atitudes que ela toma. Por isso imagino a condição do Sérgio. Oh , Sérgio eu percebo-te tão bem.
A vida às vezes é muito injusta. E se às vezes existe algum conforto em perceber as situações em que nos encontramos, as injustiças pertencem a um campo completamente diferente. A um campo que escapa a qualquer espécie de lógica. Nem sequer existe qualquer espécie de conformação possível. Não há nenhum consolo no auto-reconhecimento da situação. Porque as injustiças são absurdas. O facto de reconhecermos que apesar de tudo existem só torna a situação ainda mais injusta e portanto, mais absurda. Vou esperar que isto faça sentido.
Às vezes também eu penso na Alice. Penso que ela não é tão inocente como se faz, tão inocente como quer fazer parecer que é.
Penso que se o mundo fosse um lugar justo a Alice não te teria a ti. Tu terias alguém melhor. Alguém que nunca te fizesse passar dias maus. Alguém que nunca te fizesse tapar buracos de uma estrada. Alguém que fosse tão boa para ti como tu és para a Alice. Se o mundo fosse um lugar justo...
Será que não é?
O Sérgio é "a melhor pessoa do mundo". É quando penso na situação dele que me pergunto se Deus existe ( e eu sei que Ele existe), qual é o sentido de tudo isto? Qual é o sentido da injustiça. Qual é o sentido da dor? Do sofrimento? Do cansaço? Do desespero que as boas pessoas são obrigadas a enfrentar.

 
Uma resposta para o Paulo:
Mil milhões de perdões (que expressão tão feia eheheheh).
Os teus Cds foram comigo para Lisboa todos os dias desta semana. Ficaram sempre, por esquecimento, na mochila onde ainda estão. Eu gostei muito deles e sim, também prefiro o "Clouds Taste Metallic". É um disco especial, pelo menos eu achei. A "when you smile" é uma canção fantástica.
Anyway, segunda feira não vai passar sem que os envie. Peço desculpa, mas o teu pedido não foi ignorado. Simplesmente tenho-os levado mas, tenho-me esquecido de os entregar.
Tenho pena que não tenhas vindo aqui mais vezes. Sempre que não perceberes alguma coisa avisa, mas não deixes de "falar" por causa disso. Gostei da lista dos melhores de 2001. Alguns dos que referiste eu não conheço. Não poria o album dos Lamb que me desiludiu muito a sério (um problema de expectativas altas, de estar à espera de outra coisa). Ninguém se lembra do Reveal dos R.E.M. , o lado diurno e solarengo do Up (um dos meus preferidos de sempre). Os Kings of Convenience a anunciar em 10 faixas (já não me lembro ao certo), que o Quiet is the new loud. O Ryan Adams com o Gold (sim, sim fui apanhada), um dos albuns mais ecléticos dos últimos que tenho ouvido. Os Elbow com o seu asleep in the back, pela grande revelação que foram para mim apareceriam num lugar mais cimeiro. Não foi o que eu mais gostei mas talvez "o" album do ano passado tenha sido o Vespertine. Sintam-se à vontade para discordar. É só uma opinião.
Nunca deixes de escrever por não saberes do que é que se fala. Quando assim for avisa...
Os Cosmopandas e as raparigas de Cambridge já foram explicados em post antigos, por mim e pelos outros. Se tiveres paciência tenho a certeza que os encontras nos arquivos.
Ou mais alguém do quarto podia tentar falar destes dois tópicos para explicar ao Paulo o que são. É que eu já o fiz antes.
Mais uma vez desculpa. e volta...
Não desapareças. Julgo falar por todos quando te deigo que gosto muito que venhas cá ;-)

 
Cristininha: muitos parabéns pelos teus 21 aninhos!!!!!!

 
cris... parabéns!!!!

 
sergio...
antes de ir jantar quero só dizer-te que concordo ca ana: eu n sei mas se sentes isso tudo e se às vezes é demais... falar com ela talvez aliviasse
alem disso, eu acho k nem ias perder nada porque se correr mal, vcs iam continuar a ser amigos de certeza...

segundo me parece, a questão é: deves ou não arriscar?
a questão é essa, sérgio?

é verdade, eu n tenho dinheiro no tlm...

 
Isto é talvez demasiado precipitado mas é o que me parece mais adequado agora. Sérgio: Fala com ela.

 
João: não te alambazes (ehehehe, adoro este verbo) com as nêsperas. Eu também quero e com o resulatdo do jogo, esqueci-me de provar. Já sabes. Eu também quero.

 
E à tanto para dizer...
Tenho frequência de Arte e Comunicação na Segunda-feira. Não é muito mau.

 
Acho que voltei a ter net :-))))))))
Só vim ler o blog agora. Vou ler o último mês inteiro e responder a tudo logo à noite.


 
[Alice | ...para lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura]

não está nada controlado como eu tento. Não está controlado como eu quero fazer parecer que está. Há dias em que finjo tão bem que acabo a acreditar nisso. Há dias em que acredito que não preciso assim tanto da Alice. Há dias em que acredito que gosto muito mais dela do que preciso dela.
Mas a verdade é que não é bem assim. Fico inseguro quando ela não me responde a uma sms, quando ela não vem às aulas, ou quando ela vai ter com amigos que nunca vi na minha vida. E fico a pensar se isso não poderá ser o fim. O fim disto, que no fundo, como disse a madalena, às vezes é tudo e outras vezes é quase nada. tenho a certeza que mais cedo ou mais tarde ela vai arranjar alguém e eu vou ser dispensado dos meus serviços de elevador de ego. Temo ser uma espécie de homem da câmara que tapa buracos no alcatrão de uma estrada que talvez nunca vá ser a minha.
Há dias em que eu não sinto isto. Vai haver dias em que eu não vou compreender o que estou agora a escrever. Também tenho a consciência que posso estar a ser injusto no que escrevo. Mas hoje é assim que as coisas são.
Desculpem o desabafo. É só mais um dia mau.

 
parabéns cristina!!

hoje tens direita a beber coca cola light. desforra-te hoje. porque a marcação vai continuar cerrada. =)

 
Luís Figo

Perdeu o Mundial, perdeu prestígio, perdeu estatuto, perdeu a equipa. A culpa não é inteiramente dele, mas devia ter percebido que um anjo, quando perde as graças do Céu, protege-se melhor encolhendo as asas do que expondo-se ao fogo dos infernos

 


[Portugal 0-1 Coreia | febre colectiva de vitória]

tenho-o dito várias vezes... é altura de correr com os bigodes do futebol português. Dizia bem o Carlos Queiroz que havia muita porcaria que tinha que ser varrida. E depois, cortou o bigode. E até foi parar ao Man Utd. Ele lá sabia a porcaria, a merda que andava debaixo das barbas de toda a gente...
de facto, a culpa é do excelentíssimo dinossauro António Oliveira, irmão do outro Oliveira, o da Olivedesportos. Um nome maior do futebol português, portanto. Nem vou questionar as qualidades humanas do animal, mas uma coisa é evidente: o Sr. não percebe nada de futebol. Era conhecido por nunca acertar à primeira no esquema táctico. E toda a gente falava disso com orgulho. Era uma alegria ver uma equipa a falhar no esquema táctico e ganhar jogos... mas agora, no mundial, o Sr Oliveirinha evidenciou-se a matar o que parecia já não ter hipóteses de sobreviver. Quem teve razão foi o Paulo Bento (um dos melhores) “o que nasce torto, tarde um nunca se endireita.”
A entrada do Abel Xavier, vai ser lembrada por muitos e muitos anos, como a piada futebolística do século. Quando for velho, vou contar aos meus netos e eles vão rir-se e pensar que eu estou chalupa e já ando a inventar histórias.
A culpa também é do João Pinto. Espero que engula as palavras que disse uma a uma. Como fora ásperas, presumo que doam a passar na garganta.
A culpa é de quem acreditou que era-mos candidatos, e que ia ser fácil. No europeu, ninguém dava nada por nós antes daquilo começar, por isso a vontade era maior que a vaidade. Não interessava ganhar jogos, interessava era ser favoritos. Se ser favorito é isto, o que interessa.

Os coreanos são rápidos mas não têm muito futebol Ouvi muito por aí, e respondo:

Fia-te na virgem e não corras.

A coreia foi obrigada a ganhar. Portugal jogou tão mal que mesmo não tendo grande vontade eles tiveram que ganhar.

O Oliveira devia ser exposto no terreiro do paço para apedrejamento público.

A análise mais fria do jogo foi feita pela Andreia. Mandei-lhe uma msg com o inquérito do público.
Ela respondeu assim:

Não é preciso reflectir mto sobre essa questão. Definitiva/ a culpa não é do árbitro. Logo as outras alíneas estão correctas!







sexta-feira, junho 14, 2002
 
Queria tanto escrever para o blog. Nunca consigo. Tenho tanta coisa para pôr aqui. Muito lixo e muita tralha. O meu computador que continua sem net e eu sem poder escrever. Vamos ver o jogo todos juntos agora. Isso vai ser bom. Quero responder a tudo mas... Depois!!!

quinta-feira, junho 13, 2002
 
i've got to stop smiling, it gives a wrong impression...
i love you all the same



lembras-te, ana? disseste-me isto muitas vezes...

 
Parece que continuo com vontade de escrever para aqui. Estranho! Bem, talvez só seja pouca vontade de ir ler os textos para fotografia.
Vou trabalhar agora. Até logo.

 
Acenderam-lhe uma velinha por mim não foi?

 
Que raciocínio tão estúpido! Mas porque é que o Santo havia de levar em consideração o facto de eu escrever para o blog?

 
Sou a primeira pessoa a escrever para o blog no dia de Santo António, ele (o santo) devia ter isso em consideração.

 

Madalena, tu não te estás a tornar numa frustada nem andas a perder qualidades. Estás cansada. É natural que estejas cansada. O cansaço tem cura. A tua promessa de mudança parecia uma ameaça (não te fez lembrar a da Catarina, Ana?). Não mudes muito.
Nós, e digo nós porque acho que posso falar em nome de todos, amamos-te muito assim. :o)

 
Acenderam a vela ao Santo Antoninho por mim?

 
Ontem tinha mesmo vontade de escrever aqui para o blog. Não sei porquê, mas acho que com vocês todos (ou quase todos não é Vairinhos?) entretidos no St António tinha o quarto todo só para mim. Infelizmente estava tão cansada que acabei por me deixei dormir logo a seguir ao jantar. Aliás, para dizer a verdade a única coisa que me lembro foi de me ter deitado no tapete da sala, depois acho que apaguei. Apaguei até às 6 da manha quando um tremendo trovão fez estremecer a minha casa toda. Foi, adivinha lá madalena, extraordinário, mentira foi mas é horrível. Acordei hiper assustada, não gostei nada. Bahh..

quarta-feira, junho 12, 2002
 
joão... não tenho palavras...

 
tou mto cansada...
tamos todos, né?

mas tb estou desanimada

mas amanhã vou descansar... eu já n me lembro de ter um dia de descanso há... bué....

e por isso apetece-me lamuriar-me...

estou a tornar-me numa frustrada e isso irrita-me porque não gosto de ser assim. têm havido pequenas coisas que eu tenho perdido ( e grandes coisas também). mas eu n gosto de estar assim, ou melhor, n posso estar assim, por isso vou mudar.
e vai ser já amanhã... no dia de Santo antónio!!!


 
helder, hj n me apetece ouvir essas coisas mas melhores dias virão em k me apetecerá ouvir isso e então vou lembrar-me e adianto desde já a minha resposta: tb te amo

 
Helder: love you too.
But today is still dramatic.
À espera de dias melhores, sinceramente, sempre tua Ana.

 
Sérgio... és demais!

 
Heldinho

Obrigas-me a vir a público redimir a minha honra. Eu não tomei o teu pedido do trabalho de ânimo leve. Já te o enviei três vezes (com a de hoje). O facto de não o teres recebido não significa que eu não o tenha enviado. Pode haver alguma incompatibilidade de sistemas. Não era a primeira vez que me acontecia. Só não tinha percebido que ainda não tinhas recebido o trabalho porque não tinha vindo ao blog. Voltei a enviá-lo hoje, pode ser que já o consigas receber.

 
Não respondeste mesmo isso pois não?

terça-feira, junho 11, 2002
 


b) Podemos comparar a população francesa em 1995 com a de 1973 a partir das taxas brutas de mortalidade?

sim, de certeza que se pode. pode fazer-se tudo com os números dispostos de uma certa maneira. não vejo, contudo, a utilidade ou mesmo a lógica de tal coisa.

a minha resposta à pergunta da ferquência de demografia...

 
ana, já te mendei o mail : )

 
helder, a tua presença é requerida no blog!!

fala-nos na tua felicidade. faz-nos acreditar que é possível. deixa aqui um bocadinho... partilha, não sejas egoista. : )

domingo, junho 09, 2002
 
eu n sei se vou conseguir ter 8 a sociologia
EU QUERO UM OITO
VÁ LÁ

sábado, junho 08, 2002
 
dois anos são demasiado tempo para deitar tudo a perder.
sim, porque eu acredito que o tempo possa vir a dar-me aquilo que eu procuro. eu não acredito que o mundo possa ser um sítio assim tão cruel que nem o tempo me possa valer.

sexta-feira, junho 07, 2002
 
ana: disseste-me um dia que eras egoista. alias, disseste-me isso mais do que uma vez.
espero k nunca mais o digas. porque tu pões os amigos à frente de tudo. e isso pouca gente faz.

quinta-feira, junho 06, 2002
 
a minha irmã disse hoje k pensar q as coisas com o tempo curam-se é uma estupidez.
isto por causa do meu primo e do meu tio se terem lamentado porque a minha tia faltou à sua primeira consulta (ao fim de mtos anos de espera) com um psiquiatra.
a minha tia está doente da cabeça desde sempre. só que agora se juntou a menopausa e aquilo tornou-se insuportável. e eu disse k ela fez bem em baldar-se porque ela sempre foi assim nervosa e depressiva e estava era a tirar a vez a quem precisa mesmo de ir a um psiquiatra.
e foi aí q a minha irmã disse que o tempo não cura só por si. eu calei-me. ela tem razão.

a minha tia vai continuar depressiva p´ro resto da vida por isso o melhor é ela ir ao psiquiatra curar-se.

eu tenho muitas coisas em mim q sempre pensei k o tempo ia resolver (uma delas é a timidez).
o meu (saudoso) psicólogo disse k nós devemos resolver essas coisas para depois «se houver barraca nós nos aguentarmos». eu nunca tinha percebido isso assim. houve «barraca» na vida da minha tia e ela não aguentou bem e nunca recuperou e agora não é feliz...

 
Today is Ok???? Já se vai ver...

 
"Yesterday was dramatic"
Não sei porquê mas foi. Foi dramático. Doeu-me todo o percurso de volta a casa. Pesou-me o céu cinzento e compacto como uma tampa. Não aconteceu nada e eu estou de volta às queixas porque para mim o blog sempre foi um antro de merdinhices, sobretudo quando estou a escrever sem pensar como está a acontecer agora neste preciso momento (lembram-se de que sou a pessoa mais blog do blog?).
Sim foi dramático. Tão dramático que mudei o nome do blog para um péssimo que alguém felizmente já alterou.

 
mudei o noome do blog. é pareceido com hey my life is OK, mas acho que é mais apropriado...

estive a ver a primeira parte do jogo. estava à espera de pior, depois do que se falou. foi só uma derrota. as equipas têm todas 11 jogadores e por isso é normal que aconteça. já tinha acontecido. com a Filandia e com a França. e com aquela equipa azul da fase na fase de qualificação. acho que o vitor baía nem teve muita culpa nos golos, mas achjo que no geral esteve muito mal, e raramente conseguiu segurar uma bola à primeira. se fosse eu o treinador, o ricardo era a minha opção.
o jorge costa e o fernado couto estiveram mal. demasiado mal. na primeira parte principalmente o J Costa. os laterais estiveram iguais ao centrais. mas o beto foi dos melhores a atacar. O petit nemparece que estava no jogo. O figo só fez merda. com oposição ou sem oposição, nem um centro com preceito. Esteve marcado, mas não justifica tudo. o rui costa esteve melhor que a média e fez alguns passes bons, mas fraco, ainda assim. Mal, mal esteve o pauleta. Teve boas oportunidades nos momentos certos para marcar. o problema não foi apenas o falhar a baliza, mas falhar os remates... acho q o nuno gomes devia ser titular no próximo jogo.

já houve um jornalista suíço (?) q disse que a selecção portuguesa era a pior do camp do mundo. há gente para dizer todo o tipo de coisas.
não somos maus nem somos os melhores. mas podemos ser bons. bem melhores que neste jogo.
é o que eu acredito que vai acontecer se eles conseguirem recuperar do balde de agua fria, e passar à fase seguinte.

nunca acheio q pudessemos ganhar o campeonato. mas menos que os quartos de final, também acho pouco.

(agora vou para a aula, jáfiz passar o tempo : )

 
Gosto muito deste novo nome do Blog. Múm, não é?
Eu já disse: eu quero muito isso. Eu quero muito ouvir isso. Alguém que me arranje, vá lá... Tu tens Sérgio?

quarta-feira, junho 05, 2002
 
[fala com ela]

a mente das mulheres é um mistério. É preciso falar com elas.

 
I've found a way to make you
I've found a way
a way to make you smile


o meu cão arranjou uma maneira de me fazer sorrir...



 
ainda bem k mudaste o nome do blog, serginho

 
Estou destroçada. Aliás, acho que a expressão nem é essa. Fiquei "FODIDA DA VIDA" com o resultado.

 
Fui eu que mudei o nome. Peço desculpa mas não me lembrei de mais nada. Estão à vontade para mudar. Com o antigo é que eu já não podia.

 
Um recado (para quem o quiser):


AT MY MOST BEAUTIFUL- R.E.M



I've found a way to make you
I've found a way
a way to make you smile

I read bad poetry
into your machine
I save your messages
just to hear your voice
you always listen carefully
to awkwards rhymes
you always say your name
like I woulden't know it's you,
at your most beautiful

I've found a way to make you
I've found a way
a way to make you smile

at my most beautiful
I count your eyelashes secretly
with every one, whisper I love you
I let you sleep
I know you're closed eye watching me,
listening
I thought I saw a smile

I've found a way to make you
I've found a way
a way to make you smile




Did I find a way to make you smile?

 
Cristina: a Isobel Campbell deixou "a banda". Também acabei de o descobrir. O teu post parece quase profético.
O que virá a seguir??

 
Acabo de sair de uma aula de "Géneros Cinematográficos". O que é que se passou? Noventa e poucos minutos de agonia e um resultado vergonhoso de 3-2. Se não tivesse assistido ao jogo não estaria indignada. Mas assisti. Aquilo não aconteceu...

terça-feira, junho 04, 2002
 
Marguerite Yourcenar

 
Silvia Plath

 
Gabriel Garcia Marquez

 
e a o j e v d a k p p v s e s a p m

 
agora eles estão na minha mesa de cabeceira

 
mas os livros não se molharam

 
subi a rua à chuva

 
escondi os livros debaixo do casaco e apertei-os contra o peito

 
tava a chover

 
hj fui à biblioteca

segunda-feira, junho 03, 2002
 
ana: quanto ao teu «recado»: mensagem recebida!!!

 
o serginho hj teve na minha casa e eu dei-lhe um pão. tens k deixar o carro aqui na malveira mais vezes.


 
a minha camera minidv está a enrolar as fitas das cassetes, parece o meu walkman antigo...k merda!!!!!!!!!!!!!

amanhã vou ter k pedir ao técnico andré pra ver se ele sabe pq é q isso acontece...


 
[time is just memory away from desire]

 
Sérgio:
A frase é bem bonita. Mas pensas mesmo que me estás a ajudar? Não me parece...

domingo, junho 02, 2002
 
time is just memory mixed with desire

[tom waits]

 
Às vezes fico cheia de medo.
Tenho medo que o tempo não resolva tudo aquilo que eu tenho esperança que ele resolva. Que nem tudo aquilo que eu espero que passe com o tempo, passe de facto. Tenho medo de me estar a enganar ao pensar que o tempo vai resolver tudo. Acham que o tempo resolve tudo?

 
E o jantar lá foi...
Tenho pena que não tenhas ido Patrícia. Muita pena. Mas não foi concerteza o último. O Helder e o Paulo também não puderam ir.
Ao Helder perdoámos pela boa causa da ausência e ao Paulo porque estava presente como encarnação no empregado que nos serviu. E a ti, Patrícia também... Mas temos pena.
O modo como falaste daquilo que ouvias fez-me querer passar por essa experiência que não consegues descrever.
Mesmo quando não conseguimos "dizer" fica aquilo que "tentamos".

 
tenho uma máquina de fazer pipocas e um domingo aborrecidissimo pela frente.


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