{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
terça-feira, dezembro 31, 2002
quinta-feira, dezembro 26, 2002
ontem estive a ver um video de quando eu levei a minha camera pra fac e filmamos um almoço normal dos amiguinhos. e acontecem as coisas normais que costumam acontecer a aprecem personagens (em segundo plano, claro) como o andré pirralha ou o técnico andré ou o gémeo peçonha...
para ser franca comoveu-me....
hoje fui cortar o cabelo...
pra variar, foi uma má experiência.
eu já devia saber, né?
eu é q vou cortar o meu cabelo, a partir de agora. vou comprar uma daquelas navalhas dentadas e vou fazer do meu cabelo uma coisa fixe.
a cabeleireira deixou-me uma periquita-rabicho....
tou assim um bocado rídicula...
mas vocês gostam de mim à mesma, n é?
terça-feira, dezembro 24, 2002
natal = familia paterna + musica no coração + puzzles + feira de hipocrisias + bacalhau com natas / familia materna + discussão sobre futebol + mais nada + batatas cozidas com bacalhau
"father christmas give us some money
don't mess around with you stupid toys"
o natal para mim já não é uma coisa fixe.tenho pena, mas é assim que é.
já não tenho aquele entusiasmo da semana anterior.
agora o natal só serve para receber prendas. e são cada vez menos.
nem fizemos presépio este ano. só um pinheeiro de plástico cujos ramos são mais parecidos com piaçás... (é assim que se escreve?)
what the hell
é bem feito pq eu roubei uma bolinha da natal do pinheiro da faculdade.
mereço ficar sem natal, e arder, no fogo dos infernos.
para voçês que não roubaram pedaços públicos de natal, eu espero que tenham um natal muito muito bom.
Post de Natal O Amor é um bebé
Os judeus andavam há séculos à espera de um salvador. Aprendiam desde crianças a seguir exemplos como aquele do homem que ia decapitar o filho só porque Deus lhe pediu ou do outro que fez uma guerra só pra lá mandar um soldado porque estava interessado em dormir com a mulher dele.
Os judeus sempre foram um povo de ranhosos empertigados, com mais de 800 leis que tinham que cumprir e viviam na esperança de que viesse um salvador.
Mas pra salvar do quê? Bom, eu acho que os judeus achavam que o rei que lhes tinha sido prometido os vinha salvar da opressão. É legítimo: se estivesse oprimida, e me prometessem um rei, eu também ia querer que ele me libertasse da opressão. Não esperavam propriamente um filho de uma mãe adolescente, grávida antes de um casamento com um carpinteiro que a aceitou mesmo assim e que foi parir num estábulo (de certeza cheio de bosta, os presépios deviam todos ter bosta) porque ninguém lhe quis abrir a porta.
E pronto: aqui têm o vosso rei, disse Deus.Nasceu assim como os meninos pobres nascem, assim num sítio ao calhas. É esse bebé aí deitado numas palhas, ao pé das vacas.
Não era propriamente disto que estavam à espera os judeus. Mas uns pastores deviam ter uma ideia diferente porque perceberam logo que tinha chegado finalmente a hora.
Eu gosto mesmo desta aproximação de Deus à humanidade. Deus aproximou-se e viveu sempre nas periferias da sociedade. Acho isso inteligente.
Mesmo que seja mentira, afinal nunca fui pessoa de me preocupar se as coisas existiam na realidade ou não.
E a ironia divina começou no Natal e continua hoje, com as coisas que nos acontecem.
E, às vezes, parece-me que queremos ignorar certas coisas essenciais e importantes porque não nos queremos desinstalar.
E agora, vou arranjar bosta pra pôr no meu presépio (o meu presépio está cheio de heras, parece que o Jesus nasceu na Amazónia).
segunda-feira, dezembro 23, 2002
Acho mesmo que Ele nasceu. Sei que Ele nasceu. Cada ínfima parte de mim sabe que é Verdade.
E isso chega para me encher a alma nesta quadra. Se foi em Belém ou no dia 24, ou numa gruta, o que é que importa?
Estou feliz e espero que estejam também.
Não me meto com o que ninguém diz mas há algo que não posso deixar passar em claro.
Nem quando não há outra solução, não é fácil trair.
Não é fácil trair um inimigo, um desconhecido, sequer um conhecido.
Trair deixa as mãos sujas.
E não é fácil, seguramente, trair um amigo.
Se for fácil, então o mundo está todo muito errado.
Disse
domingo, dezembro 22, 2002
escolho a marta. só não sei o que isso significa.
(entre este post e o anterior há um abismo. só para que conste)
domigo longo.
pequena vitória.
um dia de cada vez.
vai ser fácil.
Brought home a souvenir of nothing. It fits into a pocket.
A souvenir a souvenir of nowhere. Somewhere I've never been before.
I dropped it on the floor. I dropped it on the floor. Dropped it on the floor. I
dropped it
If I can only remember the name that's enough for me because names hold the key.
Names hold key.
[morphine]
mais um dia.
e vou-me abaixo.
sem orgulho.
a cabeça debaixo da almofada.
quadrados de açucar na boca.
linhas trocadas.
esperança.
alguma raiva.
muita preocupação.
correio sentimental atrasado.
I remember meeting you, we were super low. Surrounded by the sounds of
saxophones.
And I remember being this close, but never alone. You gave me a little something
to take home.
I dropped it on the floor. I dropped it on the floor. Dropped it on the floor. I
dropped it
If I can only remember the name that's enough for me because names hold the key.
Names hold key.
vai ser fácil.
como um golpe baixo.
um tiro pelas costas.
fácil.
como trair um amigo.
Ana, isso de andares a perder coisas não coincide com a altura em q voltaste a usar o teu casaco de inverno?
- Acho q tens mau aspecto.
- Não te preocupes, eu tomo bem conta de mim.
- Ai é? Que bela de trabalho tens andado a fazer...
sábado, dezembro 21, 2002
sexta-feira, dezembro 20, 2002
Ultimamente perco coisas. Esqueço-me delas, deixo-as nalgum lado e só me lembro depois que as perdi.
Isto antes nunca me acontecia. É uma sensação horrível. Não gosto. Não sei o que se passa.
para o sérgio
Eu pensava que não a ia ver mais durante duas semanas e já tinha tomado isso como um facto natural da vida mas foi aí que ela apareceu, com a cabecinha ligeiramente inclinada, como uma bonequinha e eu a pensar : ai meu deus duas semanas sem a ver… mas depois lá me capacitei: é a vida, é normal, são só duas semanas, eu fazia bem era em deixar de uma vez por todas de ser um neurótico de merda. E foi aí que ela, naquela voz que não é bem rouca mas também não é bem límpida mas também não é fanhosa, é assim baixinha como ela mas também é densa e enquanto eu tava embalado pelas frases dela, reparo que ela me está a dizer pra combinarmos alguma coisa nas férias. O QUÊ??? Nem sonhes, míuda, agora que eu já tinha pensado que me ia desentoxicar por uns dias vens-me com merdas de encontros durante as férias??? Disse-lhe que sim, claro que tínhamos que combinar qualquer coisa e que, ainda por cima meu deus, era ela que me ia dizer alguma coisa. E eu pronto, já me lixaste os planos e ela ia falando e eu pensei: deixa-te lá disso, deixa-te lá de combinar encontrozinhos inofensivos e vamos mas é pra Gulbenkian rebolar na relva e escandalizar criancinhas mesmo que esteja a chover, tou-me a cagar, quero é agarrar-te duma vez pela cintura e não te largar nunca. E pronto, ficou assim combinado que ela me ligava. E ela não ligou.
O consumo não é um acto privado, que depende apenas dos próprios gastos e capacidade económica. O exagero tem consequências nefastas . em primeiro lugar para nós: somos submersos pelo lixo que produzimos; padecemos das doenças ligadas à superalimentação; e somos atacados pelas neuroses derivadas de muitas insatisfações e da vida frenética que levamos.
Depois, o nosso consumismo tem por detrás um problema social de dimensão planetária. Uma grande parte do preço do que para nós é supérfluo é pago pelos povos do Sul, que veêm agravar-se ainda mais as suas condições precárias de vida. O Norte, que representa apenas 23% da população mundial, consome mais de 80% das reservas da Terra. Deste modo, condena à pobreza os outros dosi terços da humnidade.
Além do que a produção e consumo exagerados põem também em causa o futuro do planeta. Na agricultura, o uso maciço de fertilizantes e pesticidas envenena os lençóis de água; os efluentes industriais poluem os rios e os campos; os gases emitidos pela industrris e pelos veículos fazem aumentar o efeito de estufa, que por sua vez está na origem de catástrofes naturais; a sobreexploração dos recusrsos naturais empobrece a terra e os seus guardiões.
Uma vida mais sóbria não significa um retrocesso na qualidade de vida, o regresso à antiguidade e a uma alimentação deficiente. Exprime-se num estilo de vida que sabe distinguir entre as necessidades reias e as supérfluas; e tem em conta as exigências espirituais, afectivas, intelectuais e sociais de cada pessoa. Por isso, não esquece a partilha e a doação de si.
quinta-feira, dezembro 19, 2002
não tenho certeza de a minha prenda para a liliana ter sido fixe. toda a gente fez uma cara esquisita : (
- uma caixinha com letras?!
[...]
sérgio diz:
vou concentrar-me de novo em ser vitima
madalena diz:
acho bem
sérgio diz:
deitado em cima da cama com um ar sofredor
madalena diz:
força
madalena diz:
sérgio diz:
agarrado ao telemóvel à espera que chegue uma msg de amor
sérgio diz:ou pelo menos de alguma atenção
sérgio diz:
...
madalena diz:
sérgio diz:ás vezes eu tenho estilo a ser drmático. não tenho?
sérgio diz:
madalena diz:bué
[...]
chegamos ao fim da canção. e páro um pouco pra dormir.
Peço desculpa por ter sido ríspida e descontroladamente desagradável e por ter abandonado o lanche.
Quando me ia embora, tive a sensação de querer vomitar Lisboa inteira....
quarta-feira, dezembro 18, 2002
As mamas da Gisela estão, pelo menos, na capa do 24 horas. Há um aqui na Biblioteca. Depois eu levo-te Sérgio.
Já uma vez se escreveu muito aqui sobre a memória, as memórias. Ficou naqueles arquivos que entretanto se perderam (a memória é débil). Sim suponho que seja um favorite do criado. É um nostalgico.
Humm... Estive a pensar...
Duas vidas até à FCSH? E quantos pontos??
Obrigado Miguel, pela vida que devolveste ao quarto.
terça-feira, dezembro 17, 2002
segunda-feira, dezembro 16, 2002
Sérgio, eis porquê:
"TV Movie" - Pulp
Without you my life has become a hangover without end.
A movie made for TV: bad dialogue,
bad acting, no interest.
Too long with no story & no sex.
Is it a kind of weakness
to miss someone so much?
To wish the day would go away?
Like you did yesterday.
Just like you did yesterday.
& I can't think of a way to get through this pain:
To be happy again to make it all alright & I know it must be bad
'cos sitting here right now,
all I know is I can't even think,
I can't even think of anything clever to
say, to say
So I say why pretend any longer?
'Cos I need you here with me.
It's obvious that I miss you so much
so please say you're gonna stay.
So please say you're gonna stay.
So please say you're gonna stay.
The night is getting darker
now and there's nothing on TV
but I'll sit tight 'til morning light.
Yeah, I'll wait until the day.
Until the day that you say you're gonna stay.
It's my party/ and I'll cry if I want to/ Cry if I want to
Nunca vou esquecer a noite da festa, mais uma daquelas vezes em que se encontra o ponto que está para além do cansaço, tipo, o ponto omega da exaustão, em que nenhum dos sintomas do cansaço é já reconhecível e o tempo parece andar depressa. Nunca vou esquecer porque não posso.
Não posso esquecer o Pedro Gomes bêbedo, completamente bêbedo a vomitar-se ao meu lado. E depois cá fora, frio e molhado, assim alto e esguio e branco e desengonçado e inconsciente, e da namorada do Ramones agarrada ao pescoço dele, como se estivessem ali sozinhos os dois e na verdade com tanta gente à volta. O Pedro pareceu-me mais humano do que nunca, também mais ridículo do que nunca, completamente podre e com a miúda à volta dele. Guardei na cabeça aquela imagem de uma espécie de Pietá invertida. Ele sentado nos degraus, debruçado para cima dela e ela ajoelhada a sustentar o peso do corpo dele, enquanto ele balbuciava e se babava para cima dela. Dois mártires. Tudo de um romantismo barroco, exagerado, excessivo, ridículo. Impressionou-me muito.
No sábado telefonei ao Pedro e ele já estava melhor e ia a um concerto e fazer uma entrevista e iata iata iata... Estava bem.
Mas agora, já não posso deixar de gostar dele, de me preocupar se não está bem, de sentir um estranho, inexplicável afecto por ele. O afecto é uma coisa, de facto, estranha.
domingo, dezembro 15, 2002
Às vezes a minha memória de ti resume-se a pouco mais que o teu nome. Não tenho tido sequer tempo para pensar em ti. Eu que tenho tempo para tudo.
É claro que eu ainda gosto de ti como dantes (nem sei porque escrevo a palavra dantes). Mas não sei se ainda tenho tempo. Não sei, se ainda vou a tempo.
Eu não desisti. O tempo é que vai passando. E eu vou desistindo.
Encontrei-me com a Marta. À tarde, no chiado, com montes de gente a fazer compras de natal. Com pouco espaço e encontrões. Esforcei-me para que não fosse menos surreal que a conversa do pós modernismo no sudoeste. E acho que consegui.
sim, ela é muito bonita.
Tanto pior.
Fui o último a entrar no autocarro. Só havia um lugar. Ao lado dela.
- Olá Sérgio.
- Olá.
Puxei dos phones e pus a música alta. Tentei parecer impassível e distante, Como se aquilo não fosse nada. Mas era.
Aquilo não estava a resultar. Tirei os phones e disse:
- Só me sentei aqui porque não havia mais lugares.
- É simpático da tua parte, avisares.
- Talvez não. Mas tinha que te dizer. E que o teu penteado é horrível.
sábado, dezembro 14, 2002
Sabem aqueles cães que estão presos com uma corda que, por sua vez, está assim presa num arame pra dar mais mobilidade? Esses cães têm a sensação de que podem andar por um espaço relativamente grande e esse sistema até lhes dá uma sensação de liberdade. Mas há dias em que eles correm um bocado para além do espaço que lhes é permitido pelo sistema e nessas alturas, eles sentem a opressão e «lembram-se» que afinal estão presos e têm um espaço limitado pra correr.
Às vezes, sinto-me como esses cães.
o primeiro cd da compilação um xinfrim do caralho é muito bom. tirando a música dos metaleiros... que nojo. e acho que o alinhamento até está bastante bom ao contrário do que me pareceu à primeira. e o facto de terem deixado os dubs no cd2 acvho que foi, deliberadamente, ou nem por isso, uma opção brilhante. aqui a segregação foi uma coisa boa. gosto muito da canção dos migala, que o josé escolheu.
fiquei com pena de não ter ido à festa da rádio.
mas fico sempre. faz parte. não consigo evitar.
estive o tempo todo a achar que ia ser uma merda. até ao momento em que decidi ir embora.
mas se decidisse outra vez ficar, ia ficar aborrecido outra vez.
miguel: vem vindo ao quarto.
é bom que a tua participação não seja apenas semanal e que não fiques pela referida coluna.
sexta-feira, dezembro 13, 2002
Miguel: se foi tão bom para ti fazeres o meu mix-cd/prenda de natal, como foi para mim ouvi-lo, então fixe, porque assim estamos os dois muito felizes.
E muchas gracias!!!
quarta-feira, dezembro 11, 2002
Bibelots, é a minha sugestão. Acho eu que se escreve assim...
Com dois "t", também é possível. Acho que a Liliana se devia pronunciar sobre o caso.
Ela é que é a especialista em linguística e sintaxe cá do quarto.
Existem pessoas que pensam assim:
De Cludia Lcio Borralho
Data Segunda-Feira, 9 de Dezembro de 2002, 14:27
Para AccaoGlobalEstudantes@yahoogroups.com
Assunto [AccaoGlobalEstudantes] (Des)activistas
(Des)activistas
É àquele antro de Discípulos da Santa Ignorância e da Sagrada Irmandade do
Encolher de Ombros que dedico estas carinhosas (desa)linhas.
Para quem ainda não leu os prospectos do AGE (os Discípulos da Santa
Ignorância Encolhem os Ombros e questionam-se: ?O que é isso??) venho deste
modo informar que os estudantes do Ensino Superior decidiram em RGA (mais
uma vez a Sagrada Irmandade do Encolher de Ombros pergunta: ?O que é isso??,
sim porque era preciso uns grandes óculos para se ler os inúmeros A0
expostos pela faculdade) juntar-se ao protesto dos trabalhadores que aderem
à greve de dia 10, e encerrar a faculdade neste dia, bem como participar
numa Manifestação Geral de Estudantes no dia 12.
Todos falam das más condições da faculdade, desde alunos, funcionários e
professores. Queixam-se das medidas do governo face ao Ensino Superior,
criticam o pacote laboral (aqueles que estão mais informados, porque os
Discípulos da Santa Ignorância nunca ouviram falar), porém, quando chega a
hora de darem voz àquilo que sentem (é para isso que servem as Reuniões
Gerais de Alunos ? RGA?s duh!) vão para casa jogar computador ou ver a
telenovela. (duh outra vez!)
Vai haver uma greve geral no dia 10? Óptimo, vou para casa! Manifestação de
Estudantes no dia 12? Ah, eu vou ás aulas para que os professores vejam que
estou mesmo interessado na disciplina (sim, porque mesmo que não estejamos
interessados nas aulas, convém parecer que estamos, não é?).
E lá vão meia dúzia de miúdos e miúdas como nós, mais ou menos conscientes
do que se passa neste país gritar para as ruas o nosso descontentamento,
enquanto a Carneirada do Encolher de Ombros fica em casa, ou vai às aulas só
para dizer que foi.
Livrem-se estes meninos de algum dia apanhá-los num corredor qualquer, a
falar mal do Ensino, ou da Faculdade, não tendo ido à manifestação!!!
Discípulos da Santa Ignorância, Sagrada Irmandade do Encolher de Ombros,
aproveitem o dia 10 e o dia 12 para estudar para os exames deste ano, porque
no próximo, a Faculdade pode fechar!
Dedicado àqueles que se pintam de Santos, mas estão-se nas tintas.
Assinado:
Ordem dos Cavaleiros da Revolta Estudantil (OCRE ? s.m. mineral terroso
utilizado no fabrico de tintas
Agora, com licença, vou vomitar.
terça-feira, dezembro 10, 2002
segunda-feira, dezembro 09, 2002
Foi um pequeno momento, uma coisa assim, um movimento e tu não vais poder mais gostar de mim direito.
Vai ser um erro, uma palavra errada... nada... basta quase nada.
Porque eu sou tímido e teve aquela coisa de me perguntares o meu signo quando não havia signo nenhum... escorpião, sagitário... não sei quê mais... tronou-se numa conversa de otário.
É tão difícil...tão fácil.. tão simples difícil e de repente tornou-se numa coisa da maior importância.
E agora vais embora... Há-de haver uma maneira... há sempre uma homem para uma mulher, há 10 mulheres para cada homem e uma mulher é sempre uma mulher.
E agora não sou eu quem te vai pedir que fiques.
E assim como existe discos voadores, o escuro futuro depende de um pequeno momento puro de amor.
E agora não sou eu quem te vai pedir que fiques.
Ana: ainda bem que há mais alguém que leu o Fim da Aventura e gostou. Para ser franca, temi que n fosses gostar do livro. Ainda bem que gostaste... Eu também n tenho palavras pra falar sobre ele. E pensar nesse livro faz-me bem.
Hoje, O Preço Certo Em Euros foi muito emocionante... Infelizmente, o concorrente, que se chamava Tony, não levou a montra final. Citando o Jorge Gabriel: «Você estava com a ideia sempre pra cima e nunca foi com a ideia pra baixo.»
Miguel, acho que a tua participação, a bem da Nação, não deve ser só semanal.
O Fim da Aventura é...
É...
É...
É...
É muito mais do que sublime.
É um insulto à mesquinhez dos sentimentos humanos, uma lição de moral, de amor e de transcendência.
É melhor que poesia.
É a porra mais linda que já vi (li).
domingo, dezembro 08, 2002
Miguel!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Porque é que só voltas prá semana?
E que falsos testemunhos são esses acerca de "um certo curto-circuito"? :)
Queria só deixar a dica que acho que fazer desabafos e lamúrias sem conteúdo ou horizonte político contribui em tudo para que isto se torne uma variante estudantil dos alcoólicos anónimos
Playlist vs Programa de autor
António Sérgio, Nuno Calado, Miguel Quintão, Rui Estevão, Ana Galvão e "gajo da mega fm" (não é mesmo preconceito, só que ainda não sabemos quem é), amanhã, às 15:30 no auditório 2 da FCSH :)
sábado, dezembro 07, 2002
quinta-feira, dezembro 05, 2002
numa tarde surreal, o highlight foi a queda do pedro gomes da sua cadeira na esplanada. durante 15 segundos a cair sem parar.
- "perdi todo o respeito..." - exclamava ele, desgostoso.
e tinha razão.
quarta-feira, dezembro 04, 2002
Do gato ao rato, do rato à roda, da roda ao sapato, do sapato à bola... É a bola que avança, é o homem que salta e cai! Dentro da água.
Era uma cantilena de um anúncio para vender um jogo da Mattel ou uma bela alegoria para como eu ontem deitei ao chão uma mesa de mistura e causei um apagão na Torre Nova da FCSH e tudo o que se lhe seguiu ;-)(
Mais uma vez, obrigado, Liliana!!
terça-feira, dezembro 03, 2002
Os sapatos não são uma questão delicada para mim. Nunca usei botas de correcção. Uso ténis. Curto ténis. São tudo o que eu preciso. Não sou exigente.
segunda-feira, dezembro 02, 2002
eu usei botas de correcção. odiei-as até ao dia em que deixei de as usar. depois comecei a poder usar ténis e outros tipos de sapatos que, geralmente, eram muito mais feios que as botas ortopédicas. vcs sabem como era nos extintos (para bem da humanidade) anos 80. tive saudades das botas ortopédicas, mais tarde. e tb tive saudades das consultas num ortopedista idoso na avenida da liberdade, e de por os pés naquele aparelho de viro e espelho para se verem os pés por baixo.
acho que foi depois de deixar as botas ortopédicas que ganhei um trauma com comprar calçado novo. porque nunca gostava daquilo que a minha mãe queria que eu comprasse. mas acabava sempre, ou quase sempre, por pervalecer a vontade da minha mãe. hj sou extraordináriamente esquisito com o que ponho nos pés. o que faz com que use ténis e botas até à exaustão, ou seja, até estarem rotos. e só compro de novo quando não tenho mais nada. por isso, acho que nunca tive, ao mesmo tempo, mais do que dois pares de calçado. neste momento tenho uns ténis e umas botas. os meus pés estão em tempo de vacas gordas, portanto. contra as idicações orçamentais :)
o ano passado, acho que foi o ano passado, andei quase até ao natal com umas botas rotas por baixo, que deixavam entrar água, quase até ao natal. até que a minha mãe me obrigou a ir comprar umas botas novas pq não me deixava andar mais com elas. acho que depois as deitou para o lixo, quando comprei outras.
no que diz respeito ao calçado sou um gajo conservador. não sou nada pela mudança. gosto de estabilidade. por isso, afeiço-o me ao que calço. só que a moda e as tendencias não se compadecem com sentimenos tão nobres para com sapatos, de modo que acontece muitas vezes eu ir à procura de coisas que já sairam de circulação. é uma coisa que me aborrece. deixa-me fodido da vida!! por exemplo: eu queria mm encontrar uma porra de uns yellow cab. mas onde é que isso já vai?! já não se vê nada disso hà anos! e pensar que no liceu 2 em cada três pessoas tinham pelo menos um par. e alguns tinham mais, de várias cores, para condizer com a roupa...
sim, os sapatos são uma questão delicada para mim.
Na SIC Gold estão a repetir esse extraordinário programa que foi o Fátima Lopes. O tema de hoje é "Preocupo-me com o futuro dos meus filhos", um tema nada vasto portanto.
A RTP é que deveria ter um canal gold. Não sei se iria ter muito audiência, mas ia ser muito fixe de certeza.
Quando era pequena, para aí entre os dois e os cinco anos, tive de usar botas de correcção. Não sei se algum de vocês teve de usar, mas as botas de correcção eram horríveis, eram muito rígidas e super pesadas. Era como se tivesse um tijolo em cada pé e a verdade é que eu nem as usei assim tanto tempo. Em todo o caso nessa altura ter sapatos novos não tinha piada nenhuma. Hoje até existem uns modelos diferentes mas na altura as botas eram todas iguais.
Quando terminou o tratamento, logo depois de sair do médico, a minha mãe levou-me a uma sapataria, comprou-me umas sabrinas e deitou as botas para o lixo. Bem que diferença. Umas sabrinas! Não é propriamente o meu modelo preferido, mas tenho tão boas recordações delas!
Acho que foi desta altura que veio o meu gosto por sapatos novos. E os meus sapatos novos são tão fixes!
Ontem comprei uns sapatos novos. São pretos e de enfiar (não têm atacadores), não têm salto e têm uma presilha de lado. São quase quase aquilo que queria e encontrei-os por acaso. Já eram o último par. Fiquei contente. Gosto mesmo muito de ter sapatos novos, além disso já começava a questionar-me onde comprariam sapatos as pessoas que não usam botas.
domingo, dezembro 01, 2002
O Afonso Henriques era muito grande e dizem que a espada dele pesava 60 kilos... Quando eu era criança, os meus pais levaram-me a ver a espada dele e eu fiquei impressionada porque pensei que era com aquilo que ele batia na mãe....
Não sabes o q dizer do quê, Sérgio?
Do Benfica ganhar com o Chalana a treinar, o Chalana q deixou a família na miséria?
Do escândalo da Casa Pia, de meter o Carlos Cruz e tudo?
Do vírus da Sida matar tanta gente, dos travestis q não avisam os clientes q são seropositivos?
Do Prestige, do governo espanhol não fazer nada e terem q ser voluntários a limpar a costa galega?
Quando eu não sei o que dizer, gaguejo, não acabo as frases, não encontro as palavras certas, os adjectivos soam-me idiotas, não construo bem as frases...
and the radio is finished
and the phone rings and a female says,
“i am free tonight;” well, she is not much
but i am not much either;
in adolescent fire I once thought I could ride
a horse through the streets of anywhere,
but they quickly shot this horse from under,
“Ya got cigarettes?” she asks. “Yes,” I say,
“I got cigarettes.” “Matches?” she asks.
“Enough matches to burn Rome.” “Whiskey?”
“Enough whiskey for a Mississippi River
of pain.” “You drunk?” “Not yet.”
Charles Bukowsky
Os Plastica a tentarem ser os Suede. Os Suede a tentarem ser outra coisa.
Um concerto muito bom, apesar de tudo.
Podia ser o fim simbólico da minha adolescência. Mas não me parece...
No outro dia vinha a conversar com um amigo e disse-lhe que isso (era qualquer coisa, já não me lembro, sem importância ou com muita, nem sei) devia ser assim, sei lá, coisa do destino... E ele perguntou-me com um ar irónico "do destino?" e eu fiquei sem jeito e sorri e ele riu-se e eu fui atrás e ficámos os dois assim, a rir à gargalhada, bem alto, durante imenso tempo. Tanto tempo que me esqueci de lhe responder "sim, do destino".
