{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
quinta-feira, janeiro 30, 2003
 
«Faça questão de ser alegre e otimista. Nada na Terra pode destruir a felicidade do homem otimista e alegre. Se lhe chegarem dores, receba-as com calma e não se deixe atingir por elas. Não coloque a felicidade no que lhe vem de fora. Construa sua felicidade dentro de você mesmo, fazendo consistir sua ventura no progresso constante da vida de seu espírito.»

Minutos de Sabedoria

quarta-feira, janeiro 29, 2003
 
O DUARTE E COMPANHIA????????
TOU TÃO CONTENTE...

segunda-feira, janeiro 27, 2003
 
Está muito calor na rua e o meu irmão disse que ia haver um tremor de terra e eu acreditei...

 
Às vezes não sei se somos nós que escolhemos a vida ou se é a vida que nos escolhe... Digo isto porque às vezes dou por mim em sítios ou situações e não consigo lembrar bem como é que lá fui parar. Como os assuntos das conversas...
E depois há aquela história da ironia da vida... não sei... às vezes posso jurar que não somos nós que escolhemos a vida mas é a vida que nos escolhe.

Isto veio-me à cabeça enquanto estava sentadinha numa varanda do hangar 3 do Aerodromo Municipal de Cascais, à espera que os Aside comessem as pizzas que as respectivas namoradas lhes foram buscar...

 
"Just because you're paranoid
Don't mean they're not after you."

domingo, janeiro 26, 2003
 
All you need for a movie is a gun and a girl.

[JL Godard]

 
A Eva Democracia. Assim, ruiva e insolente.
Felicidade seria apenas uma palavra sem sentido.

 
E no outro dia sonhei com a Eva Democracia, a míuda ruiva da entrevista do filme do Godard. A Anne (qualquer-nome-estranho-que-assim-de-cor-não-me-lembro). Se eu fosse "gaijo" gostava de ter uma namorada como ela. Assim ruiva e insolente. Tenho é dúvidas de que pudéssemos ser felizes juntos.

 
Quase nunca, mas mesmo quase nunca me lembro dos meus sonhos...
Ok, já toda a gente sabe, eu estou sempre a queixar-me disso, enfim....
Lembro-me de um, que tive há uns dois anos e que me impressionou muito. Deve-me ter impressionado tanto que passado todo este tempo ainda me lembro dele.
Eu estava na praia com alguém que eu sei que me era familiar mas que não sei dizer quem é, e estava frio, muito frio e sol. E estávamos deitados na areia (sabia que era a praia se bem que não vi o mar), vestidos como se estivesse o frio que estava no meu sonho. E haviam copos de vidro azul ao pé de nós e às tantas, ele ou ela (não sei mesmo dizer) pegava no copo e começava a parti-lo devagarinho com os dedos e a esculpir qualquer coisa com os pedaços de vidro partidos. Lembro-me da pessoa tirar as luvas e limar as arestas do vidro com a ponta dos dedos e de esculpir uma estrela e de a levantar na direcção do sol. E depois eu tirava as luvas também (eu nunca ando de luvas) e começava a fazer o mesmo: pegar no copo azul, parti-lo com cuidado e começar a esculpir estrelas. Quando passava com as pontas dos dedos pelas arestas das estrelas para as polir, haviam bocadinhos minúsculos de vidro que se desprendiam e que com a fricção me cortavam e magoavam muito. Lembro-me de sentir a dor como real, muito real mas também de ficar muito tempo ali, na praia, ao sol, com alguém que me era querido, naquela estranha e dolorosa ocupação.
Era muito lúcido, tanto como estar acordada. No meu sonho eu conseguia sentir tudo: o frio, a presença da outra pessoa ao pé de mim, a familiaridade com ela (apesar de nunca ter chegado a ver quem era) e a dor física, tanto que ao acordar olhei para as mãos à procura dos golpes.

sexta-feira, janeiro 24, 2003
 
acho fixe ires ao maxisol de pijama, miguel.

quinta-feira, janeiro 23, 2003
 
um exemplo de um bom fw:

Para que saibam a ministra das finanças, Manuela Ferreira Leite,
não acabou o curso, faltam-lhe duas cadeiras:
a cadeira eléctrica e uma cadeira nos cornos...




 
Ai, menina, uma pessoa tem de se habituar, porque isto, a vida é um ir...

e eu lembrei-me dos manics. E do Helder...

terça-feira, janeiro 21, 2003
 
A vida é tão simples que ninguém a entende.

domingo, janeiro 19, 2003
 
Acho que tinha medo de te encontrar à noite...
Olha lá, Ludvico, a Joana sabe disso? ;-)

sábado, janeiro 18, 2003
 
You're a tragedy starting to happen

 
Então está combinado. Vamos passar a viver na Cinemateca. Quando é que nos mudamos?

 
Oh Sérgio: não sejas egocêntrico porque eu não estava a falar de ti.
Cada um sabe de si e Deus sabe de todos...
Ainda assim, a minha resposta era mais para o Cândido do que para ti. Para ti, resta-me dizer que ainda bem que é assim.
Eu espero sentada! ;-)

 
É tão simples como parece, Ana.

don't expect me to cry
don't expect me to die


não penses que ainda vem, pq já veio.

.tristeza.tranquila.alívio.


 
Estava lá o Jacinto, Lena. O Jacinto... Sentado ao lado do Rosas.

 
Oh, Sérgio! Nada é tão simples como parece. ;-)
(e sim, ainda me lembro do que o Cândinho me disse)

 
Pois é, a Cinemateca...
Eh pá!! Que coisa tão linda. Parece que estamos na Noruega! eheheh

- Sabe onde é a casa de banho?
- Siga em frente e vire à direita no céu estrelado.


e não é que é mesmo...

 
vou passar o resto dos meus dias na cinemateca!

quinta-feira, janeiro 16, 2003
 
O miguel deu-me um cd do bruce springsteen, q se chama Nebraska. Deu-me também uma folhinha a explicar porque me tinha dado o cd.
Hoje devia ter-me levantado às 8.30 mas só me consegui levantar às 9. Tinha que ir a alguns sítios antes da aula de Programação e fiquei stressizada (já sei que digo mal, que o correcto é stressada). A minha avó avisou-me q hoje estava muito mais frio q nos outros dias.
-Sabes porquê?
e eu: -Não.
-Hoje não há sol, tá tudo branquinho, caiu uma camada de geada durante a noite...
Quando a minha avó diz «camada de geada» faz uma expressão facial como se me estivesse a dizer q fomos bombardeados durante a noite.

De facto, estava tudo branquinho. E no autocarro, eu consegui um lugar à janela, do lado que dá pra ver as serras, e estava tudo branquinho. Mas eu não ia calma.
Tinha levado o cd q o Miguel me tinha dado e pu-lo a tocar. E dei por mim a pensar em viagens (Eu acho que ver o mundo é das coisas melhores que se podem fazer na vida, eu quero viajar muito). Desde sempre que viajei nas férias para o Norte do país e já coisas que me marcaram, e agora são memórias em forma de imagem cinematográfica com cheiro.
Eu agora até as podia enumerar mas não consigo assim muito bem.
Gosto especialmente de visitar castelos, porque em geral têm uma localização geográfica muito bonita. A minha irmã gosta de ver castros, q são aquelas ruínas. O meu pai tem uma fixação muito forte por santuários. Eu também gosto muito doa planaltos das serras, quando é possível esquecermo-nos que estamos numa grande altitude. Lembro-me de uma vez nos termos perdido na Serra da Estrela, durante uma tarde, e acabamos por ver coisas lindas. Também me lembro que os meus pais reservavam um dia por ano para visitarmos Lisboa, os museus, as igrejas, os monumentos.

E assim eu acho que o cd do bruce deve ser bom porque me levou a viajar.

 
Só sou feliz porque ser infeliz dá muito trabalho, é como uma doença.
Mia Couto

quarta-feira, janeiro 15, 2003
 
No fim do mundo:
O Impensável vai acontecer. E depois...
Vou ganhar umas eleições. Vai vir um pastor evangelista asiático. E vai tocar uma música estranha, divina, vinda de sabe-se lá onde, quem sabe do céu. E vão pedir-nos um minuto do nosso tempo. E vamos ser católicos mais ou menos (mais as meninas, menos os meninos). E vai vir o peçonha dizer que se ama a si próprio, assim perfeito, perguntar ao pastor, exactamente de quê é que precisamos de ser salvos. E vai falar da "selecção natural" que trouxe esta "evolução" à raça humana. E só vai ser precisa fé e não boas acções. Apenas e só fé. E vai haver sol quente e frio ártico. E eu vou achar que é por causa de coisas como estas que eu tenho um blog. Que quando e se a nossa História for contada ninguém vai acreditar... Que até eu vou pensar que foi um sonho.

segunda-feira, janeiro 13, 2003
 
Cá para mim, o Herpz não custou 68 "eros". Foi tudo para o saco azul do Palhota.

 
E de um dia para o outro, todo o gato pingado deste país, "sempre achou" que a Fátima Felgueiras tem cara de mentirosa e que "se estava mesmo a ver" tudo o que ia acontecer.
Madalena, achas que podias tricotar um saco côr-de-rosa para desviar para lá a "fortuna" do dinheiro da rádio?
Acho muito mais cool do que um saco azul...

 
Admito que gostava de te ver de rabinho a dar a dar ;-)

domingo, janeiro 12, 2003
 
pensava q a ana n vinha ao meu almoço de anos... pensei: está com problemas, n pode vir, às vezes é preciso ficar em casa. eu compreendo, a sério, eu compreendo. mas qd ela me confirmou q vinha eu fiquei com o rabinho a dar a dar...
as pessoas gostam umas das outras e pronto, é assim esquisito... e depois às vezes estamos maldispostos e parece q n já gostamos... são coisas, são só coisas

bem, eu estou pr'aqui a tentar escrever um post assim mesmo fixe, cheio de interesse, daqueles q prendem a atenção até ao fim mas eu só queria mesmo agradecer e dizer q gosto mesmo de vocês. pronto, é isso.

e só uma coisa: miguel,gostei de ti assim q te vi em mafra e tinha pena de tu falares mais c a bia do q comigo... é verdade, confesso q tinha inveja. e não sou mesmo eu quem une os amiguinhos, acho q é qq força assim meio estranha q faz com q qd estamos juntos, podemos estar mal mas é do mal o menos.

 
Hoje vi o Eduardo no Metro. Vejo-o muitas vezes ao Sábado, na Fnac e isso. Decidi que a partir de agora, só saio de casa com um crucifixo, uma estaca e um colar de alhos ao pescoço.

 
Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de lá para cá
como as ondas do mar
Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam.
"O que é que aconteceu?
Diz lá..."
"É que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há"


O meu texto não é um texto de "Madalena-gosto-tanto-de-ti-e-até-fazes-anos-e-tudo".
Hoje a Madalena faz anos. E como nunca chegámos a ter a certeza de quem é que de facto lê ou deixa de ler este blog pessoal, este post é dirigido às pessoas que lêem aqui aquilo que a Madalena escreve e não a conhecem. Ou que lêem aquilo que cada um de nós escreve e não nos conhecem. Ou não nos conhecem a sério, o que para o caso é a mesma coisa. Se essas pessoas de facto existirem.
Estes versos do Sérgio Godinho (a Madalena também gosta muito do Sérgio Godinho, ele é o Cosmopanda, enfim) foram a primeira coisa que me veio à cabeça quando comecei a conhecer a Madalena. Não da primeira vez que a vi, nem da segunda, nem da terceira, nem da quarta, nem de muitas que se lhe seguiram.
Quando eu falei com a Lena pela primeira vez, não gostei dela. Ela era assim simpática, sardenta, bem-disposta, pacífica, católica, gira e vestia-se às cores e eu pobre, desconfiei. Batia tudo demasiado certo para ser verdade. Nada falhava, nada estava fora do sítio, ou melhor, até o que estava fora do sítio, estava convenientemente fora do sítio. A Madalena não batia certo dentro da minha cabeça. E por isso eu não gostava muito dela. Ou foi por isso que eu nunca quis a sério ser amiga dela.
Depois um dia no natal, muito tempo depois da primeira vez que falámos (da qual eu já nem me lembro bem) fomos juntas ao Colombo. Uma história de amigos é muito parecida com uma história de amor... O momento em que me apaixonei pela Madalena foi quando estávamos a almoçar, depois de termos conversado a manhã toda sobre Deus e os escuteiros , a Igreja Católica e a Mónica Guerreiro, quando eu entornei o meu granizado de ananás em cima da sandes que era o almoço dela (deviam beber uma coisa dessas se não sabem o que é), mais concretamente quando ela se começou a rir da minha asneira em vez de se chatear com o almoço estragado. E foi assim. Enquanto ela se ria eu lembrei-me da canção. E no fim de limparmos o estardalhaço, já eu gostava dela. Se fosse uma linda frase ou um momento grandioso não tinha piada. E os primeiros tempos foram assim como esse primeiro. Cheios de coisas boas e novas todos os dias. Como na canção, coisa mais preciosa no mundo não há.
O tempo que passou trouxe-me também as coisas menos boas e os defeitos da Madalena, que eu aprendi a ver quais eram (e que afinal existem) apesar de não me lembrar assim de cor de nenhum em especial. Ela não é demasiado perfeita, diz montanhas de palavrões, é do Benfica, às vezes é paternalista, às vezes perde a paciência, bebe demasiado café, é sempre a primeira a adormecer...
E depois passou muito tempo. E durante muito tempo foi assim que eu vi a Madalena. E sabem o que é mais estranho? É que ela não usa saias rodadas. Nem os olhos dela brilham especialmente. E tirando o da faculdade, nunca nos encontramos num bar. Mas há qualquer coisa nela que é uma espécie de reboliço andante. Uma espécie de vida que tem por dentro e que em certos dias até tem de ser arrastado atrás dela. E ela até faz anos hoje (não vou acabar isto antes da meia-noite, xiça), fica-me bem dizer estas coisas, ela é minha amiga. Mas se alguém ao ler isto, pensar que é só disso que se trata, vai ficar a perder. Porque ela é uma pessoa assim cheia de coisas boas para dar. E dá mesmo.
Ela corta cabelos, faz fantoches, injecta-se em público, tem uma paciência infinita que às vezes acaba, adormece durante os filmes do Ozu e acha que é boa ideia meter a carteira na boca e mordê-la para tentar impressionar alguém, ronca a rir, tem um jardim e montes de gatos e um cão chamado Alex. Digam lá, o que é que se pode pedir mais?


sábado, janeiro 11, 2003
 
Oh I hate you some, I hate you some, I love you some
Oh I love you when I forget about me


 
A má disposição no fundo...
No fundo, no fundo, no fundo, no fundo...
É só o frio do Inverno a atravessar o meu casaco, a atravessar a minha pele, a atravessar os meus ossos.
A alojar-se no meu coração.

 
Operação.
Tenho o "operação" da Mattel. O do doente que acende o nariz vermelho. O do clip dos Knives Out.
Curtia. Ganhava sempre. A toda a gente.

sexta-feira, janeiro 10, 2003
 
Para o Sergio (também seria para o Cândido, se ele aqui estivesse)

Naquele trilho secreto
Com palavras santo e senha
Eu fui língua e tu dialecto
Fui lume e tu foste lenha

Fomos guerras e alianças
Tratados de paz e péssangas
Fomos sardas pele e tranças
Popeline seda e ganga

Recordo aquele acordo
Tão claro e assumido
Eu trepava um eucalipto
E tu tiravas o vestido

Dessa vez tu não cumpriste
E faltaste ao prometido
E eu fiquei sentido e triste
Olha que isso não se faz
Disseste que se eu fosse audaz
Tu tiravas o vestido
E prometido é devido

Rompi eu as minhas calças
Esfolei mãos e joelhos
E tu reduziste o acordo
A um montão de cacos velhos

Eu que vinha de tão longe
Do outro lado da rua
Fazia o que tu quisesses
Só pra te poder ver nua

Quero já os almanaques
Do Fantasma e do Patinhas
Os Falcões e Os Mandrakes
Tão cedo não terás novas minhas

quinta-feira, janeiro 09, 2003
 
All I really really want our love to do
Is to bring out the best in me and in you too

I want to talk to you, I want to shampoo you
I want to renew you again and again

When I think of your kisses
My mind see-saws
Do you see
How you hurt me baby
So I hurt you too
Then we both get so blue


Joni mitchell

 
tira-me o tapete debaixo dos pés, como quem pede desculpa.

 
Errata

Onde se lê:

Contém:
1 vareta branca (general) - 20 pts.
5 varetas amarelas (majores) -10 pts.
5 varetas azuis (tenentes) - 10 pts.
15 varetas verdes (sargentos) - 10 pts.
15 varetas vermelhas (soldados) - 10 pts.

Deverá ler-se:

Contém:
1 vareta branca (general) - 20 pts.
5 varetas amarelas (majores) -10 pts.
5 varetas azuis (tenentes) - 5 pts.
15 varetas verdes (sargentos) - 3 pts.
15 varetas vermelhas (soldados) - 2 pts.

Afinal, as hierarquias são para ser respeitadas.


 
O conto é o da casinha de chocolate (ou o joão e a maria). Mas os meninos não conseguem encontrar a sua casa, porque quando voltam para trás aquilo que deixaram pelo caminho já não lá está.

 
Hoje vi Cristina na aula de Análise de Imprensa. Não sei se ela cá vem ler isto. Calculo que não.
A Cristina está quase loira. Acho que ela não estava assim antes ou talvez eu é que não tivesse reparado. Ou já me tivesse esquecido. Ultimamente esqueço-me de algumas coisas.
Quando olhei hoje para a Cristina senti uma sensação de estranheza. Lembrei-me da Cristina, da amiguinha. Dos tempos do trabalho com a Tânia, dos tempos em que erámos "só nós as três" - eu, a Cristina e a Ana, da visita à residência, de nós Porto, da conversa com o Sérgio até às três da manhã, da Coca Cola light.
Não sei, acho que não consigo explicar. A Cristina Loira parece a imagem de uma personagem, de alguém que um dia fez parte da minha vida, alguém que ainda faz parte da minha vida mas como uma memória distante, sabem daquelas que às vezes nós não conseguimos dizer se aconteceram mesmo ou fomos nós que imaginámos ou sonhámos.
É assim que vejo esta Cristina Loira. Dou por mim a pensar se ela não teria sido sempre assim. Como se ela fosse apenas mais uma das minhas colegas, daquelas a quem se diz "Olá" quando nos encontramos à porta do auditório, daquelas com quem se fala sobre o tempo e dos trabalhos, daquelas com que quase não se fala porque não há nada para dizer, daquelas com quem não se tem uma estória em comum.
Acho que tenho saudades da Cristina, da amiguinha. Loira, ruiva, com o cabelo de qualquer cor.

 
Este Natal dei um jogo Mikado da Majora à minha irmã.
Comprei-o no Toys r' us. Estava na mesma prateleira do 4 em linha a oitocentos escudos.

Desde o dia de Natal que jogamos Mikado regularamente mas ainda não tinha reparado que as varetas tinham designações militares.


 
Já não vinha cá escrever há tanto tempo que hoje nem me lembrava da morada do site do blogger. Já viram: hoje que eu queria escrever não encontrava o blogger.

quarta-feira, janeiro 08, 2003
 
Sérginho:

Só para ti, um mikado portátil, aerodinâmico, sofisticado e travel size.
agora só te falta uma jogadora à altura.

um beijinho

Ana



obrigado ana. vou tentar cumprir agora a minha parte :)

 
HOW ARE YOU?


Agora é o Momemto.


vodafone live

terça-feira, janeiro 07, 2003
 
- Número ilimitado de jogadores.


- Contém:
1 vareta branca (general) - 20 pts.
5 varetas amarelas (majores) -10 pts.
5 varetas azuis (tenentes) - 10 pts.
15 varetas verdes (sargentos) - 10 pts.
15 varetas vermelhas (soldados) - 10 pts.


1) Enfaixam-se as varetas e seguram-se por uma das extremidades, de tal modo que a mão fique apoiada na mesa. Em seguida, abre-se a mão, deixando cair as varetas que se espalharão sobre a mesa.

2) O jogo consiste em retirar as varetas, uma por uma, de tal forma que, aquela que se vai retirar não toque em nenhuma das outras.

3) Se ao tentar retirar uma vareta, esta mexer em qualquer das outras, pára-se o jogo, contam-se os pontos e dá-se a vez ao jogador seguinte, que enfaixará de novo todas as varetas e começará a jogar.

4) Pode fazer-se uso de ambas as mãos para jogar o MIKADO. Porém, dando-se o caso de se apanhar o General (branca) ou um Major (amarela), estas podem usar-se indistintamente para ajudar a levantar as restantes.

5)Se um jogador mexer em alguma das varetas (desde que não seja aquela que está a levantar) ainda que seja com o vestuário ou de qualquer outro modo, é considerado em falta e, portanto, perde a vez.

6) O regulamento do jogo deve ser rigorosamente respeitado. Será bastante que um pequeníssimo movimento mude a posição de uma das varetas para que haja falta e, portanto, se perca a vez.

7) O MIKADO é um jogo de mesa e, por isso, os jogadores deverão jogá-lo sentados.

8) Se, porém, a colocação de alguma vareta o exigir, o jogador poderá levantar-se, sem contudo sair do lugar que ocupa.



MAJORA

 
O ano de 2003 começa com alguns sinais preocupantes. A nível internacional, não podemos deixar de recordar a gravíssima crise alimentar em África e a iminência do ataque contra o Iraque. A nível nacional, dir-se-ia que impera a depressão colectiva.
O continente africano enfrenta uma catástrofe sem precedentes, com 38 milhões de pessoas a correrem o risco de morrer de fome; e as verbas destinadas à assistência alimentar dos seis países mais atingidos pelo flagelo - Suazilândia, Lesoto, Etiópia, Malawi, Zâmbia, Eritreia, Zimbabwe e Moçambique - ficam muito aquém das necessidades.
A outra tragédia anunciada é a cada vez mais iminente guerra contra o Iraque. Para além dos seus imprevisíveis efeitos a nível mundial e da tragédia humana e ecológica que inevitavelmente provocará, não só desvia a atenção do infindável e mortífero conflito israelo-palestiniano como poderá fazer agravar e alastrar a espiral de violência que já dilacera o Médio Oriente.
A nível nacional, os problemas pessoais não são seguramente tão dramáticos, mas afectam-nos mais directamente. Assistimos a uma perda de confiança nas instituições e nos serviços públicos. As constantes notícias sobre escândalos e corrupções, frequentemente exploradas até à exaustão pelo sensacionalismo de quem quer extrair dividendos da informação-espectáculo, tendem a gerar revolta, pessimismo quanto à possibilidade de reformar a sociedade, a fazer-nos desanimar e alimentar uma atitude de indiferença relativamente aos outros e ao mundo.
A crise internacional agudiza e amplifica a que nos toca mais de perto. Parece que estamos a viver uma crise de civilização, que nos está a fazer perder a auto-estima, nos deixa tensos e temerosos quanto ao futuro.
Perante as ameaças da fome e da guerra, da incerteza e do medo, podemos ainda acreditar e ter esperança no futuro? Podemos e devemos.

 
sergio: isso do remicade n tar a resultar já me começa a irritar. amanhã vou lá falar c ele.

 
Chove e as pessoas têm aquele ar de desconsolo como os patos infelizes num chafurdo no Inverno.

 
amanhã já é a terceira etapa do remicade. mas acho q não está a resultar porque ainda tenho uma bola de ténis permanente no lado direito do intestino. era suposto o remicade actuar sobre a proteina? que provoca a inflamação.

uma coisa boa na minha médica é que ela nunca se mete na minha vida. nunca faz perguntas pessoais e acho q nem nunca me perguntou em que curso é que eu ando. e no entanto, não a sinto mais distante e fria. ela sabe muito bem como é que as coisas deve funcionar entre médico e doente. isso é bom. poupa alguns mal entendidos.

 
da putrefacção alguma coisa há-de nascer. acho. se tudo o que nos ensinaram não estiver errado. talvez esteja, não sei.

segunda-feira, janeiro 06, 2003
 
A minha fisioterapeuta agora começou a fazer-me um tratamento que «é vip e trata dos tecidos conjuntivos». Então eu lá fico a enregelar, durante uma hora enquanto ela me massaja quase imperceptivelmente com as mão assim num movimento parecido com um baloiço. «Eu tenho os olhos fechados n é pq estou a dormir mas é pq tenho que estar concentrada pra fazer isto. As minhas mãos tentam acompanhar o movimento dos teus tecidos conjuntivos e eu vou fazer isto no corpo todo, até na cabeça» E eu pensei: ai quer dizer q isto ainda vai demorar muito tempo. E lá fiquei a olhar pro tecto branco e a pensar no q tinha pra fazer e no tempo q estava a perder só pq sou incapaz de enfrentar as pessoas, ou pelo menos faço isso muito mal. Eu podia dizer à minha fisioterapeuta: deixe-me, eu nunca mais quero cá vir, você assusta-me com essa mania de ser psicologa e com essas conversas íntimas e com esses olhos fixos nos meus pra ver se descobre a verdadeira madalena.. Mas não, eu fixo tb os meus olhos nela e falo com ela naquele tom íntimo satisfazendo assim a sua fantasia de ser psicologa por umas horas.

De há uns tempos pra cá tenho esta estranha impressão de estar a ser empurrada pela vida de uma maneira q faz com q eu vá perdendo coisas pelo caminho.
E eu ando a tentar ver isto na perspectiva daquela história q eu n me lembro o nome mas em q a personagem vai deixando coisas no chão pra depois saber o caminho de volta pra casa. Como é essa história mesmo? Não me consigo lembrar...

domingo, janeiro 05, 2003
 
When they come, they'll come at what you love.

Michael Corleone

 
PO. EM. AR. RIO.


POEMA. MAR. MÁRIO.


POEMÁRIO

sábado, janeiro 04, 2003
 
Talvez fossemos felizes nesse tempo. Fomos de certeza felizes porque as paredes do coração eram tão finas que se podia escutar do outro lado.

[Antonio Lobo Antunes]

 
O Herpz desapareceu???
Só vejo uma coisa a fazer: REUNIR!!!

 
os arquivos estão lá. so n da para aceder pelos links. tns de ir ao link de um mes qq e dps alteralo na barra de endereço para o mes q queres.

sexta-feira, janeiro 03, 2003
 
OK
Calma.
1...
2...
3...
Respirem fundo.
Sentem-se.
Lembram-se do Herpz, ou Herpa (conforme o vosso sobrenome)?
Aquela coisa amarela, "com manchas de cor"?
O tal Jornal de parede da Rádio?
O tal que nos custou 78, sim 78 euros que nós não tínhamos para gastar?
O Herpz menina dos meus olhos e dos olhos do Quim?
O Herpz que nos ia fazer ficar na História da Rádio em Portugal, com o Jornal de Parede A1 mais caro de sempre?
O Herpz ao qual não íamos permitir tirar fotografias com flash?
O Herpz que nos fez ficar a olhar horas para aquelas duas folhas de 8 contos cada?
O Herpz afixado há menos de 1 mês?


Pois é...






































O HERPZ ...











































































DESAPARECEU







 
os arquivos continuam a não funcionar... :(
dos 14 ou 15 meses que isto tem agora aparecem para aí uns 9. desapareceu tudo desde Julho 2002 até Janeiro de 2003. Ou serão só os meus que não funcionam?

quinta-feira, janeiro 02, 2003
 
ana, acho que resolvi o problema dos arquivos. se é que havia algum problema :)
estão todinhos disponiveis. para a nossa estimada audiencia...

 
Más notícias: a minha tia deu a pílula às minhas gatas... n vou ter gatinhos.

 
Obrigada ana, pelo momento zen q faltou na passagem de ano,a qual, pra mim, também foi a melhor.
Casais de Monte Bom rules!!!!!

 
Madalena, toma:

10...

9...

8...

7...

6...

5...

4...

3...

2...

1...

:::::::::::::::::::::::::: 2003 :::::::::::::::::::::::::::::::

 
Havia um telefilme que passou na 4. Era sobre uma mulher numa cadeira de rodas e uma outra que chegava à cidade e que arranjava um emprego a tomar conta da primeira e que depois lhe roubava o marido, numa onda de luxúria e traição (como em todos os spots de telefilmes da TVI). A primeira era rica e a segunda era pobre. Acabava mal. Não seria um telefilme (no verdadeiro sentido da palavra) se o argumento não pudesse ser descrito em menos de 5 linhas.
A minha mãe nessa altura, conduzia um carro velho que tinha sempre mil problemas em pegar. Eu e a minha irmã, que precisávamos sempre de boleia para a escola e na maioria das vezes estávamos atrasadas, vivíamos momentos de verdadeira angústia, sem saber se teria chegado finalmente o dia em que o carro não pegava mesmo.
Mas voltando ao assunto inicial... A mulher pobre, tinha filhos e uma carrinha a cair de podre. Numa cena do filme (telefilme) a tal carrinha não pegava e os miúdos começavam a dizer em voz alta, em coro com a mãe, "eu sei que consigo", "eu sei que consigo", "eu sei que consigo". Oh, como eu sabia o que isso é... E continuavam, indefinidamente a repetir a frase em voz alta, até o carro pegar. E eu achei aquilo, absurdamente enternecedor.
Uns dias depois de ver isto, lembro-me de estar no carro de manhã, à espera de conseguir ir para a escola, com a minha irmã e de também dizermos em voz alta "eu sei que consigo", "eu sei que consigo", "eu sei que consigo" até o carro pegar. Não vos sei explicar bem, mas é aflitiva a situação. E ainda durou alguns meses. De qualquer modo, mais ou menos rapidamente, conforme a sorte, o carro acabou por pegar sempre até ao dia em que a minha mãe comprou um novo. E eu e a minha irmã chegámos sempre a horas à escola.
Isto tudo para dizer, que dentro de mim, há um lugar pequenino (e isto é do mais lamechas que as paredes deste quarto já ouviram) que acredita que o carro pegou todas as manhãs porque eu e a minha irmã queriamos acreditar que ele ia pegar. O outro acredita na sorte e outro ainda na robustez da mecânica automóvel Renault.
Imagino que isto seja muito ridículo e difícil de acreditar. Acreditar é sempre muito difícil e nos dias que correm, extremamente demodé. Mas é algo que nos dias muito maus me dá mais alento. Parece um lema de um livro de auto-valorização, ou um parágrafo de um folheto da igreja Jeová. Mas é mais que isso.
Já não é preciso para fazer o carro pegar todas as manhãs mas às vezes é preciso para me levantar da cama de manhã, para me acalmar às vezes, para me lembrar que gosto das pessoas que gosto, para ter paciência e força, para poder ser perdoada por tudo o que faço mal.
Eu sei que consigo fazer de 2003 algo de melhor do que o que fiz com 2002.
Muito sinceramente, espero que 2003 vos traga tudo de bom.

 
Sempre gostei do número 3.

 
foi a minha melhor passagem de ano de sempre.
e 2003 vai ser UM ANO EM GRANDE. estou optimista.

BOm aNo PaRa VOçeS tODos!!!

quarta-feira, janeiro 01, 2003
 
O Bom filho, à casa torna...

Helder, que maravilhosa prendinha de Natal :))


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