{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
segunda-feira, março 31, 2003
 
Bom, eu acho que o Gene Kelly é melhor que o Fred Astaire. Pronto, é o que eu acho. E acho que o Singing in the Rain é melhor do que o Band Wagon.
Mas gosto muito daquele refrão dos James: When I hold her in my arms, I feel like Fred Astaire ou é I'm just like Fred Astaire, não sei bem, também não interessa. Interessa é que se a vida funcionasse como um musical, eu ia gostar de nos ver a todos a dançar na cantina, a fazer malabarismos com os tabuleiros e a deslizar nas mesas (imaginem só o Gustavo....) As cenas românticas eram nas tabuinhas e os diálogos eram todos na esplanada. Não, acho que também devia haver um numero na esplanada.
As cenas mais tristonhas podiam ser no departamento de sociologia e o filme podia começar na radio e acabar nas escadas da Torre.

quarta-feira, março 26, 2003
 

"The success of the Hollywood marketing machine is to limit what we see. Not just to limit what we can see, but also to limit our expectations - to limit what we want to see." - Terry Gilliam

domingo, março 23, 2003
 

Bugalho rima com paspalho rima com caralho rima com etc...

Bush é paspalho...



Subamos e desçamos a Avenida,
enquanto esperamos por uma outra
(ou pela outra) vida.



Avenida da Liberdade, Alexandre O'Neill

sexta-feira, março 21, 2003
 

NINGUÉM É HERÓI

É assim mesmo. É hebraico ;-)

 
Não gosto nada do e da expressão "dar uma oportunidade à vida". Quando é que podemos mudar isso?

 
A Primavera é a Natureza a dar uma oportunidade à vida. A vida merece todas as oportunidades que tiver.

 
Miguel: você mima-me demais ;-)

 
Conheci um rapaz basco (que era amigo do Gustavo) que estando em Portugal há quase um ano só sabe dizer três palavras em português: "comer", "beber" e "dormir". Para ter uma vida perfeita resta-lhe aprender essas três palavras noutras línguas.

quarta-feira, março 19, 2003
 
Ao fim de 9 horas de aulas, a minha vida universitária é, de facto, ridícula.

Nuno Rogeiro, já foi ao cabeleireiro e pode a partir de agora, aparecer todos os dias na televisão a comentar o conflito com o Iraque. A guerra pode portanto, começar.

 
Ontem chovia e estava vento frio e desagradável. Hoje esteve sol. O meu pai fez anos e o jantar foi bacalhau no forno. Não tenho sono, não me apetece ir ler, não me apetece ir dormir, não me apetece estar acordada. Quero outro dia.
Estive a escrever receitas num livro que a partir de hoje vai ser o meu livro de receitas, só de doces com adoçante. Ou talvez não. Talvez ponha outras, ainda não decidi. Tenho os cds todos desarrumados, talvez ainda hoje os vá arrumar. Já estive a organizar o meu caderno deste ano, talvez vá fazer yoga. Ou vá passear pelo quintal, hoje está uma lua que parece um queijo flemengo.
Ou talvez vá pra cama dormir.

domingo, março 16, 2003
 
Hoje fui ao funeral da avó da Sara. Era a Dona Rosália e tinha uma voz grave mas era assim fiel e meiga. Bom, ela caiu e morreu. Assim logo, num instante. Mas foi o que ela sempre quis, segundo dizem.
Seria um funeral até relativamente normal se este funeral não recordasse um outro. É que em 1994 o pai da Sara caiu de um escadote e morreu. E o funeral passou pela casa dele onde os seus tres filhos estavam a acenar na varanda. Essa imagem ficou na cabeça de toda a gente. E hoje de tarde, houve um funeral dentro de outro funeral. Até porque as pessoas que foram a um funeral são as que vieram ao outro.
Quando o caixão estava a ser enterrado, ouviu-se: Ai o meu pai!
Era a Sara. É porque a D.Rosália foi para o mesmo sitio do genro e quando assim acontece, os ossos do corpo que lá estava são embrulhados num lençol. Foi muito dramático. As pessoas voltaram a chorar pelo pai da Sara e choraram também pela senhora que morreu ontem.

Olhem, eu não sei porque estou a contar isto. Mas é que... se fosse a minha avó que tivesse morrido eu ia chorar muito e se o meu pai tivesse morrido há anos, eu seria hoje uma pessoa muito mais infeliz. Ainda bem que estão vivos.

 

Sim, Miguel.




Este é o autocarro.

sábado, março 15, 2003
 
As orquídeas nascem de uma batata que demora cerca de 5 anos a dar flor e muitas vezes seca quase imediatamente depois de o fazer, porque entretanto já se "dividiu" em outras cinco ou seis batatas, que mais tarde se dividem também. Acho que as orquídeas são muito generosas.

Eu gosto muito. E tenho lá na casa de Alcácer daquelas que são pequenas e crescem muitas num só pezinho. É giro porque cada pé tem sempre um número certo de flores e o número é sempre par. 12 e 14 são o mais vulgar, mas o ano passado houve uma que deu 24. Enfim, gosto de orquídeas e pronto.

 
Pus a frase "o amor é como uma flor..." como título para o blog e isso, mas por causa desta formatação não aparece. BAAAAAAAAAAAHHHHH

 

Eu conheço pessoas assim...




demasiadas.

 

Gosto de orquídeas.

e a vida afinal, é como as orquídeas - reproduz-se com dificuldade

 
as flores vivem pouco tempo :(

 
Godard, "ao fim do fôlego". O Grilo disse. Disse que era isso que acontecia. Quando se recusava o cânone. Quando se recusava o clássico. Quando se recusava a fazer como já se viu fazer. Recusar o que existe, significa ter de pensar tudo de novo, novas soluções para tudo, depois de já ter percebido que os problemas que surgem agora são outros...

 


Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar.
Aprender a ver...
Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar. Treinar o olhar.
Aprender, finalmente a ver.



sexta-feira, março 14, 2003
 
O amor é como as flores.... até no estrume nasce.

 
Em geral, e por muito que digam o contrário, as pessoas não aprendem com os erros. Repetem-nos sempre que se deparam com um problema semelhante. Por isso, aprender com os erros significa, antes de mais, evitar certas situações que nos impulsionam aos erros.
Também não tenho muito jeito para isso.

 
pois é, o filme Sarilhos de Fraldas é um filme lindo....
- Não podemos levar assim o bebé nos braços
- Não te preocupes q ele vai na alcofa

Só visto.

 
<

 
jonhy boy por aqui?
isso é quase tão novo com a andrea estar por cá ~;o)

 
a ana dantes era merdinhas, mas agora é condutora. o que é uma mudança de 180º. ou será antes de 360º? :)

 
vim agora da praia do sul e garanto-te, miguel, que as pessoas que se encontram na praia a esta hora eram dignas de entrar numa série televisiva parecida com o twin peaks, que eu nunca via pq tinha medo, até da musica. proponho que façamos uma história misteriosa a passar-se nas noites da ericeira que dê um argumento para fazermos a nossa série de televisão.o q é que te parece miguel?

quinta-feira, março 13, 2003
 
Com que então: "estive a escrever no blog".
Parece que não foi só a escrever pois não?
Serginho, gosto muito de ti mas não podes andar por aqui a mudar tudo sem avisar ou pedir opinião a ninguém. Isto não é (só) a tua casa (ou melhor, esta casa não é só tua).

A tua sorte é que até gosto como ficou.

Ps- tenta só tirar as scrollbars está bem?

 
ni hao!
eu sou os kuaizi, ou seja eu sou os pauzinhos...pauzinhos?! porquê? acho que esta seria a pergunta de muitos...pauzinhos porque sim...eles são uteis, simples e passam despercebidos...pelo menos no oriente...onde estão presentes em qualquer cozinha, em qualquer mesa, e até nos cabelos só que noutra configuração....acho que já dá para perceber o porquê dos pauzinhos.
Mas na realidade quem sou eu?! eu sou a frique ou frika...
Eu sou a Andrea, mas talvez de todos os nomes este seja o menos importante... pois foi-me atribuido ainda quando eu não o era!...

Ola amiguinhos!

 
tenho duas prendas para o blog:

1) a Andrea
2) um novo visual, com estrelinhas e tudo.

esperem que gostem, das duas.

 
quando andava no quinto ano, tinha um crush numa miudinha lá da escola que nem sequer conhecia. eu sabia o nome dela e pouco mais. e já nem me lembro de como se chamava. eu até me estou a esforçar para me lembrar do nome dela mas não consigo. não me lembro mesmo. lembro-me que sabia o nome dela e lembro-me dela. eu achava que ela era bonita, embora na realidade não fosse muito. os meus colegas não percebiam. porquê aquela?! perguntavam.
uma vez resolvi tentar a minha sorte: fui ter com ela, ela estava com uma amiga (no preparatório elas estavam sempre com uma amiga, todos tinham que ultrapassar esse problema), e disse-lhe que achava que ela era muito bonita e que achava que gostava dela.
repito: eu nunca tinha falado com ela, a situação era ridicula, embora muito comum no preparatório. A única resposta que obtive foram uns risinhos estúpidos das duas amiguinhas. elas estavam sentadas num murinho e eu estava ali em pé, a olhar para elas a rirem-se de mim, à espera duma resposta que fosse. nem que fosse "vai à merda". eu fui embora e ela n chagou a dizer nada. senti-me estúpido como poucas vezes na minha vida.
hoje encontrei essa miudinha no autocarro. ela sentou-se no banco do lado oposto mas na mesma fila. passou uma boa parte da viagem a olhar para mim. eu nem me lembro do nome dela. nem me lembro da voz dela. só me lembro daquele risinho idiota.
não é dela que me lembro. raramente.
só me lembro daquele risinho idiota.

 
O blog está estranho. Estão a aparecer quadradinhos no lugar de algumas letras. Não gosto nada disto!

 
No sábado sonhei contigo miguel. Tinhas uma caixa na cabeça com a cara do animal e eu tinha hepatite.

 
E diz-me lá que razões tinhas tu para não dar uma "oportunidade à vida"?

exquisito=esquisito ;o)

quarta-feira, março 12, 2003
 
Os amigos não são o blog. O Blog não são os amigos. As coisas misturam-se, envolvem-se, confundem-se, mas na verdade uma coisa nunca é a outra, não são a mesma.


Agora, há muito tempo que não escrevo para aqui a sério. Não é bem uma crise de criatividade, antes uma birra. Espero que esteja a passar.


O blog anda(va)-me a parecer "um cadáver exquisito".

Pensei numa espécie de eutanásia: matar o cadáver....


Mas, talvez esteja enganada. Vou dar uma oportunidade à vida....

Desde a última vez... Cortei o cabelo e pintei-o... Mas já não se nota. A tinta é provisória, mas existem tintas definitivas.
Hoje passei no exame de condução, mas não sei conduzir melhor do que ontem. Durante dois anos tenho uma carta provisória e depois passo a ter uma definitiva.

Há coisas que são provisórias e coisas que são definitivas, no início é difícil distinguir se vão pender para um ou outro lado.

Não sei se o blog é provisório ou definitivo.

O meu sentimento pelas pessoas do blog, é outra coisa. Nem definitvo, nem provisório. É absoluto.

Uma coisa não é a outra.

Vou dar uma oportunidade à vida.

terça-feira, março 11, 2003
 
Eu gosto do blog. E vou tentar explicar porquê.
Este não é um post para o salvar porque eu acho q o que salva as coisas é a fé. É só pra tentar dizer coisas que eu não consigo dizer sem ser aqui.
Eu não me sei explicar bem, e, pior ainda, sou pouco corajosa pra dizer certas coisas. É uma confusão de coisas que eu quero dizer porque as sinto e até acho que são coisas de jeito mas depois... baralhoi-me, saem-me palavras que não não expressam bem as coisas, fico irritada por não me conseguir expressar, baralho-me ainda mais e olha, acabo por deixar a minha incontinência verbal vencer e acabo por fazer grandes discursos que não correspondem ao que realmente queria dizer.
Mas no blog... é a tal coisa da escrita. É diferente, consigo explicar coisas que estavam assim dentro a chatear-me a a pedir-me pra sairem de mim e manifestarem-se e eu consigo faze-las passar cá pra fora. Não quer dizer que sejam grandes coisas, nem grandes sentimentos nem grandes sensações, são só coisas.
Às vezes, dou por mim a pensar em coisas e depois penso textos na minha cabeça pra pôr no blog. E se não tenho vindo, é por circunstâncias da vida.

As circusntâncias da vida levam-nos a situações às vezes desagradáveis e tristes. Eu não tenho grande jeito pra aceitar que não se pode fazer nada e que se deve deixar o tempo resolver mas começo a aprender que essa é uma atitude muito sábia. É que eu não sou boa às vezes a gerir as relações quando elas não correm bem. ´Não tenho aquela coisa de me saber comportar em situações relacionais adversas. Mas eu tenho uma medalhinha no pescoço que tem escrito confiança em chinês e, sinceramente, eu confio que as coisas vão melhorar porque, e agora correndo o risco de ser altamente pirosamente merdinhas, eu acho que os laços que se criam nas bases de um sentimento de afeição mutua são fortes.

E pronto, agora vou fazer exercício porque tenho q perder 2 kilos.

sábado, março 08, 2003
 





quarta-feira, março 05, 2003
 
Acho que consigo arranjar umas quantas razões melhores para odiar fonzie do que o facto deles serem "uns sexistas de merda".
Ouvir Amália não me parece assim tão má opção.
E quanto ao site... Conheço umas pessoas que gostariam de ajudar. ;o)

have a f&f day

terça-feira, março 04, 2003
 
F&f time?
Helder, isso faz-te mal ao fígado. Tenta antes esquecer-te de que eles existem. Não acho que seja difícil...

domingo, março 02, 2003
 
Jonsi: Playing The Guitar With A Bow
A novel challenge facing Ken Thomas is that of getting the desired spatial characteristics from Jonsi's guitar. As Birgisson is one of the few guitarists left in music who plays with a bow, Thomas has been finding it particularly difficult to capture accurately on tape. "The approach is to get the sound right through the amp, and then to get it as open as possible," he laments. "We've tried moving the mics, Jonsi has played the guitar differently, we've tried moving the strings up and down, we've tried everything. It's quite a delicate job and we still haven't got it right."
Perhaps surprisingly, Birgisson hasn't needed to perform many alterations on his guitars to make them more suitable for his style of playing. "I use a Gibson Les Paul -- I find it kind of really nice for the bow," he says. "The bow isn't hard to learn -- you just play it slowly and through a lot of reverb. I use a cello bow, not a violin bow. Some people don't know that you have to use rosin, but it's important to use it; you also have to use cello rosin and not double bass rosin. The feel for the bow just comes, but it takes a long time to develop the touch.

"I use the same tuning and everything, there's nothing really strange about it. It's how you play it. With a bow you can get loads and loads of overtones so it's about how you handle them. It's like you're riding a really mad horse and you're trying to tame it."


 
SUCK MY... DISCOTHEQUE????????

sábado, março 01, 2003
 
D: "I'm not gonna read any of these magazines, I mean, 'cause they just got too much to lose by printing the truth, you know that.

Interviewer: "What kind of truths do they leave out?

D: On anything! Even on a worldwide basis. They'd just go off the stands in a day if they printed really the truth.

Interviewer: What is really the truth?

D: Really the truth is just a plain picture.

Interviewer: Of what? Particularly.

D: Of, you know, a plain picture of, let's say, a tramp vomiting, man, into the sewer. You know, and next door to the picture, you know, Mr. Rockefeller, you know, or Mr. C.W. Jones, you know, on the subway going to work, you know, any kind of picture. Just make some sort of collage of pictures which they don't do. They don't do. There's no ideas in TIME Magazine, there's just these facts. Well, you know, which too are switched because even the article which you are doing, the way it's gonna come out, don't you see, it can't be a good article. Because, they guy that's writing the article is sitting in a desk in New York, he's not, he is not even going out of his office. He's just going to get, all these, ah, 15, you know, reporters and they're gonna send him a quota, you know.


A única diferença entre o Bob Dylan e o Gustavo, disse o Sérgio é que o Dylan não é "cantor folk" e o Gustavo não é "cantor punk". Eheheheheh


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