{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
sexta-feira, abril 30, 2004
 
hoje acredito
se quisermos muito uma coisa ela acontece.

quarta-feira, abril 28, 2004
 
Spread your wings
Come on fly awhile
Straight to my arms
Little angel child
You know you only
Lonely twenty-two story block
And if somebody, not just anybody
Wanted to get close to you
For instance, me, baby
All you gotta do
Is ring a bell
Step right up, step right up
And step right up
Ballerina

segunda-feira, abril 26, 2004
 
todos os dias sou atropelado pela felicidade de ter um gato amarelo.
o que é que eu posso querer mais?

estou cansado e farto da faculdade. é cada vez mais aborrecido.
é que dantes eu aborrecia-me naquelas tardes intermináveis de ócio porque queria.
agora
aborreço-me porque não tenho outra alternativa.
porque ha pessoas a mais e pq há pessoas que faltam.
já quase me consigo divertir mais a trabalhar.

eu sei que este é um post sem jeito e sem graça.
mas que se foda.
a faculdade tb é um sitio sem jeito e sem graça.

quinta-feira, abril 22, 2004
 
"Peçam e receberão..."

E eu, cada vez que pensava em gatinhos, pensava em como gostava de gatinhos amarelos, todos amarelos e em como gostava de ter, novamente, um gatinho amarelo.
E as gatas continuavam a parir gatos brancos e malhados e pardos...
E eu gostava deles na mesma mas... não eram amarelos.
Ontem, quando eu ia buscar lenha, ouvi um miar de gatinho e o meu coração estremeceu. Será que a gravidez da Beca afinal não era apenas psicológica?
A Beca veio ter comigo, e mostrou-me, no seu ninho, uma criatura que me fez ulular de felicidade. Era um gatinho amarelo, acabado de nascer, por sinal, mas com um tamanho e desenvoltura como se já tivesse um dia ou dois. Peguei nele, miou. É esperto, pensei. Vê-se logo.
Olhei para a Beca: Beca, disse eu, tu afinal tinhas mesmo um gatinho? E era o unico, não vais ter mais?
Massajei-lhe a barriga, ela não estava muito dilatada. Se calhar tem mais, pensei, e não vai conseguir tê-los. Que disparate, os gatos são sobreviventes...
E não teve mais nenhum gatinho.

Bom, já tinham nascido há mês e meio filhos da Tita, três gatinhas que não têm, digamos assim, uma beleza muito convencional... enfim e ainda cá estão... se cá ficarem, serão sete gatas e dois gatos, sem contar com o recem-gatinho.

Mas eu estou tão feliz. Ele é amarelo e esperto.
A Emilia (que é a minha gata, minha mesmo) foi-se deitar também com a Beca e com o bébé.

Eu pedi a Deus e ele ouviu-me e deu-me um gatinho amarelo.
Agora não o posso deixar ir embora...

domingo, abril 18, 2004
 
"Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos a morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor

E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever de falar"


Mário Cesariny

sábado, abril 17, 2004
 
Eu estava a pensar numa coisa muito triste, ou seja que eu, ainda que numa sociedade mais decente do que esta, me verei sempre rodeado de uma minoria de pessoas. Mas nao no sentido daqueles filmes em que um homem e uma mulher se odeiam, se atacam so porque o realizador nao acredita nas pessoas. Eu acredito nas pessoas, no entanto nao acredito na "maioria" das pessoas. Penso que estarei sempre bem e de acordo com uma minoria... e portanto...

Ou quando partilha este pensamento com um homem que ve parado num semaforo. Montado na vespa, é o unico italiano que vale a pena conhecer...

 
Porque Nanni Moretti é grande:


- Mas porque, se eram os seus amigos, o que é que lhe fizeram?

- Desiludiram-me. Os amigos desiludem-te, as pessoas normais nao. Eu gosto de casais felizes, ajudo-os, mostro-lhes o caminho certo, dou-lhes conselhos, no entanto, nao lhes ligo mais quando cometem erros tao estupidos. Começam a mentir-te, depois separam-se, depois voltam a estar juntos mas ja é tarde demais porque agora estao feridos e sao maus e depois nao os quero voltar a ver. Antes era mais facil fazer juizos, como com os sapatos: so existiam alguns modelos, muito caracterizados, eram "aquele" tipo de sapato e basta. Agora, tudo é muito mais confuso, os estilos cruzam-se uns com os outros, as coisas ja nao sao claras....

- Mas, desculpe, estavamos a falar dos seus amigos...

- Sim, os meus amigos nao se podem comportar assim, porque eu nao me torno amigo da primeira pessoa que encontro. Eu decido gostar, escolho, e quando escolho é para sempre
.

sexta-feira, abril 16, 2004
 
Jesus Blood Never Failed Me Yet

Gavin Bryars w/ Tom Waits

quarta-feira, abril 14, 2004
 
http://www.amnistiapornigeria.org/

terça-feira, abril 13, 2004
 
a minha familia sou eu e o cao.

o ti'Arnaldo trabalhou muitos anos naquelas ceramicas que existiam em Mafra. Ou naquela que ficava onde agora foi construida a nova escola primaria ou entao naquela que ficava ao lado do liceu, por cima do bairro, entretanto demolido. Ou entao nas duas. Ninguem me soube dizer de certeza e cada pessoa tem a sua propria versao. E depois trabalhou uns anos na terra a jornal. Quando "podia". O que toda a gente se lembra e que isso ja foi la para os anos 70.
nessa altura o ti'Arnaldo tinha uma motorizada, um cao, uma mulher e um filho.
comeco pelo fim, que segundo percebi, foi o inicio, ou o inicio do fim: a mulher e o filho. o ti'Arnaldo era casado com a ti'Susana, e estes tinham um filho. uma coisa que eu tambem nao sabia.

a culpa daquilo tambem foi da mulher.

quando o ti'Arnaldo e a ti'Susana se casaram as coisas comecaram logo a correr mal. o ti'arnaldo saia para o trabalho e a ti'Susana enfiava-se na casa do pai o dia todo. e dps de terem o filho as coisas ficaram na mesma. quando chegava a noite a ti'Susana levava os restos do jantar numa lancheira e deitava-se. no outro dia acontecia a mesma coisa. e no dia a seguir ao outro acontecia igual.

O homem entregou-se a bebida porque nao tinha mais nada.

ainda no tempo em que o ti'Arnaldo trabalhava nas ceramicas comecou a ter problemas com a bebida. todos os dias de manha pegava na motorizada para ir para Mafra trabalhar mas a pouco e pouco deixou de ir todos os dias e passou a ir so alguns dias. Pelo caminho passava pela tasca e tinha dias em que ficava tao embriagado que ja nao ia trabalhar.

ele ainda se fazia a estrada, mas chegava la a cima ao eucaliptal do adelino e deitava-se la. ficava la a curti-la. foram la apanha-lo meia duzia de vezes.

as aparencias iludem e a estoria que vos contei na outra vez estava um pouco incompleta. ao que parece o ti'Arnaldo tinha um problema de bebida e de solidao. depois o ti'Arnaldo deixou de trabalhar nas ceramicas. provavelmente tera sido despedido. ainda trabalhou no campo a jornal durante uns anos quando nao estava demasiado bebado mas depressa deixou de dar "rendimento". o ti'Arnaldo ficou entregue a sorte e ao vicio.

a ti'Susana nunca foi uma companheira. e o filho tambem nunca ligou nenhuma ao pai.

a mulher e o filho so vinham a casa para dormir. nem as refeicoes as faziam em casa.
a companhia do ti'Arnaldo passou a ser a garrafa. e o cao.
uma vez o ti arnaldo disse: a minha familia sou eu e o cao.

segunda-feira, abril 12, 2004
 
Eu gostava que tudo na vida fosse tao simples como nas cançoes do Bryan Adams:

Oh, thinkin' about all our younger years,
There was only you and me,
We were young and wild and free

Now nothin' can take you away from me
We've been down that road before
But that's over now,
You keep me comin' back for more

Baby, you're all that I want
When you're lyin' here in my arms,
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven

And love is all that I need,
And I found it there in your heart
It isn't too hard to see
We're in heaven

Oh, once in your life you find someone
Who will turn your world around,
Bring you up when you're feelin' down

Yeah, nothin' could change what you mean to me
Oh, there's lots that I could say
But just hold me now,
Cause our love will light the way

Baby you're all that I want
When you're lyin' here in my arms,
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven

I've been waitin' for so long
For somethin' to arrive,
For love to come along

Now our dreams are comin' true,
Through the good times and the bad,
Yeah, I'll be standin' there by you

Baby, you're all that I want
When you're lyin' here in my arms,
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven

And love is all that I need,
And I found it there in your heart
It isn't too hard to see
We're in heaven

E o que da, vir ao internet cafe...

sexta-feira, abril 09, 2004
 
Now I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah
Hallelujah
Hallelujah
Hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew her
She tied you
To a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
You say I took the name in vain
I don't even know the name
But if I did, well really, what's it to you?
There's a blaze of light
In every word
It doesn't matter which you heard
The holy or the broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though
It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah



 
A verdade é que, em Angola, apenas uma em cada quatro crianças viverá até aos cinco anos.

As celebrações da Páscoa apresentam-se apenas como memoriais. Sem homilias de espécie alguma, a comunidade vai ouvindo, ao longo destes três dias, relatos do que se acredita ter tido lugar há 2000 anos.

Hoje faz-se o funeral de Jesus Cristo. Ouvem-se então:
Relatos de violência, de morte, de traição, de maldade.
Relatos de ternura.
Relatos de imensa ternura.

A resposta (por vezes irritante) de Deus ao nosso sofrimento foi vir ao mundo e sofrer também.
E assim, pronto, sabe do que estamos a falar quando nos lamentamos. Porque quando esteve por cá também sofreu.

«deus só pode dar o seu amor, pois o nosso deus é ternura»





 
Love is for fools and all fools are lovers
It's raining on my house and none of the others
Love is for fools and God knows I'm still one
The sidewalks are filled with love's lonely children
The sidewalk regrets that we had to kill them.

quinta-feira, abril 08, 2004
 
one of this days.

Quando me levantei já era mais de meio-dia. Quem me dera que houvesse alguma coisa que me fizesse levantar mais cedo. Que me fizesse ter vontade de me levantar.
Não estava ninguém em casa, felizmente. Não havia cerelac e por isso acabei por fazer chá de limão e lucy lima, que é o meu preferido. Bebi umas três chávenas, mas não comi mais nada. Recebi uma mensagem da Ana e depois pus um dos discos da caixa dos velvet underground (obrigado). Um daqueles em que já não entra o John Cale.

Jesus
Help me find my proper place
Jesus
Help me find my proper place
Help me in my weakness
Cause I’m falling out of grace
Jesus
Jesus


Comecei a responder à mensagem mas depois apaguei-a sem enviar. Não consegui escrever nada que valesse a pena ser lido. Há-de haver outras mensagens, outras respostas, outros dias. Piores ou melhores.
Encontrei a bíblia na estante dos livros. Lembrei-me da parábola do filho pródigo. Fui à procura para a passar para o blog. Demorei a encontrar e depois acabei por, de caminho, encontrar uma coisa que me pareceu mais apropriada.


A porta estreita.

Percorria as cidades e as aldeias, ensinando, a caminho de Jerusalém. Disse-Lhe alguém:
«Senhor, são poucos os que se salvam»?
E Ele respondeu-lhes:
«Esforçai-vos por entrar na porta estreita, porque muitos, digo-vo-lo Eu, tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis dizendo:

- Abre-nos, Senhor!

Mas Ele responder-vos-á:

- Não sei de onde sois.

Começareis, então a dizer:

- Comemos e bebemos Contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.

Responder-vos-á:

- Repito-vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de Mim, todos os que fazei a iniquidade.

Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e todos os profetas do reino de Deus, e vós serdes postos fora. Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul: Sentar-se-ão à mesa do reino de Deus.
E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos».

São Lucas. (Lc 13, 22-30)

Cozi poucas batatas e ainda sobraram. É o que de melhor posso dizer do almoço. Arrumei a cozinha o melhor que pude. E quando arrumo o melhor que posso ela fica bem arrumada. O detergente cheirava bem, quase como champô. Super Pop maça verde. Muitas vezes fico mal disposto a lavar a louça como o cheiro da louça e aqueles vapores quentes mas desta vez não.
Também andei pela rua a cortar os arbustos. Sempre que corto os arbustos escrevo aqui no blog, mas acho que é uma coincidência.
Ao lanche provei um daníssimo batido de manga/manga pie. É bom, para quem gosta de manga. Eu não gosto muito.
O meu gato está outra vez doente. Outra vez. Eu ainda hei-de perceber porquê. Hei-de perceber porquê que este vento nunca para e não só.

Foi uma imagem fugidia de um sonho que não me lembrei de mais pormenores. Não sei quem era ela, mas era óptimo que estivesse ali. Ligeiramente em contra luz, ela estava sentada a olhar pela janela com as costas descobertas viradas para mim. Mas não era eu que estava lá.

Se eu tivesse tido a brilhante, sensata, adulta, esclarecida e bem informada ideia de passar o dia a jogar CM4 (vendi o Simão por 40 milhões de € mais 50% do passe e comprei um puto Leonardo Pisculichi que joga tanto como o Simão por 5 milhões. E o Man Utd, o Inter e o Valência andam atrás de mim para treinador. Mas eu só saio do Benfica para um clube que goste, que tenha dinheiro e que seja de Itália. Milan, Fiorentina, Roma, Juventus, Bolonha ou Atalanta) o meu dia teria sido bem mais mais mais sei lá qualquer coisa

One of this days ain’t it peculiar
Your gonna look for me
And baby I’ll be gone
One of this days and it won’t be long
Oh darling gonna call my name
And I’ll be far gonne


Há-de haver outros dias. Outros sonhos. Outros posts. Melhores ou piores.
Mas já não escrevi eu este post dezenas de vezes?

terça-feira, abril 06, 2004
 
Voiuu mas é aproveitar o sol...

 
Eu também não gosto de comer sozinha; quando fui para Lisboa não gostava de fazer nada sozinha; mas agora já fiquei umas quantas vezes sozinha em casa; comi sozinha, lavei a loiça sozinha, arrumei a casa sozinha, fui às compras sozinha; mais recentemente fui ver filmes sozinha. Talvez o estar só seja um hábito; mas um hábito que poderá ser não muito mau se ocasionalmente.

 
Já estou em casa! e cada vez mais a palavra casa ganha um sentido relativo! A minha casa é onde eu me sinto bem em determinado momento. assim, tanto em Lisboa como em Albufeira nãO faz muito sentido dizer a minha casa.
- É um jantar lá em casa para os amiguinhos!
- Vou com os meus manos lá a casa buscar umas cenas!



segunda-feira, abril 05, 2004
 
I'm stuck.

Actualizacoes. Nao ha muito a dizer sobre a minha vida.
Nao perco autocarros porque ando sempre a pé. A vida e as suas ironias nunca me pareceram uma coisa tao confusa.
Tenho pensado na noruega e tenho pensado em Lisboa e tenho pensado em como Bologna me evita por um ano (agora menos) a situaçao de jovem licenciada sem emprego. Tenho pensado que o meu tempo passa sem que de por ele e que eu gosto é disso. Nao tenho muito tempo ? verdade, mas tamb?m nao tenho muito jeito para ter muito para fazer. Hoje tive um exame e tive 27 e fiquei triste porque me atrapalhei e falei mal e nao disse as coisas que sabia e por isso fiquei de mau humor, zanguei a minha irma e pus todas as pessoas da minha casa a pensar que sou idiota.
Estou apaixonada e nao sou correspondida. Ou ja nao sou. Pronto, ja disse. Peso fora dos meus ombros. Ou melhor, peso grande nos meus ombros. Outra vez. Nao tem graça. Nao me perguntem mais nada. achei que devia dize-lo aqui por uma questao de coerencia com o espirito deste blog ("se gostas de alguém, para que dizer a quem pode tratar do assunto se podes apenas escrever no blog?"). Ando a pensar em escrever ao Morrissey, so naquela, para ele me escrever uma cançao, outra cançao, mais uma cançao. Mas uma nova.
E agora leio que querias almoçar sozinha e penso que tenho medo de estar sozinha, que ha alturas em que tenho medo de estar sozinha e que nunca gostei de almoçar sozinha. E que na minha casa nova isso me acontece muitas vezes: jantar sozinha. Nao tem nada de dramatico, mas acho que é de educaçao: nao gosto.
Tenho um colega de casa que é fobico de botoes (tem medo de objectos pequenos circulares perfurados) e outro que é Dj e nao percebo metade do que diz e uma miuda loura que é muito simpatica e que tem um namorado que entra la em casa sempre com o ar do engate da noite passada. Tenho o telefone de casa avariado que nao faz chamadas, so recebe.
Acho que o mundo anda em baixo. Acho mesmo. Ingénuo e estupido e descontextualizado mas espero que alguém perceba o que quero dizer... As pessoas parecem todas tao desanimadas, tao sem motivo para sairem dessa situaçao. Deviamos todos ter dormido durante todo o Inverno.
Gostava finalmente de dizer que à pergunta do Sérgio "o que é que voces querem da vossa vida?" e acho que também quero uma casa porque preciso de uma para aquilo que realmente queria. Queria uma casa para ter uma Magnolia (arvore), uma lareira e um piano.







Mas se puder mesmo pedir so uma coisa, acho que quero a arvore.


 
Perdida na distância nem sei bem / se é uma mulher se rapariga / mais uma das amadas raparigas

Nao sei porque é que ainda ninguém o fez antes...



Obrigaram-me a mim a faze-lo.

 
Presente!

 
Só dormito ao pé de quem me sinto bem.

sábado, abril 03, 2004
 
- Parece que estou a viver a mesma coisa de há um ano atrás. Vir pôr-vos a casa, a esta hora... Parece que é a mesma coisa.
- Muda montes de coisas, há pessoas que vão embora mas os amigos são os mesmo. Porra, isso é que ainda não mudou!


- São sete e um quarto e estamos desde as duas a dizer merda.
-Mas isso é bom. Quando uma pessoa tá a dizer merda, esquece-se das preocupações
.

Parabéns Sérgio.


Powered by Blogger