{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
sexta-feira, janeiro 28, 2005
 
Valsa de um homem carente




O Jorge Palma acredita que, se entrar no próximo comboio, que partir da estação mais perto, consegue enganar o tempo. Se ele diz que é possível, eu acredito.
Ele diz outras coisas engraçadas, acerca de ser um optimista céptico e um céptico optimístico.

Sou tímida, há coisas que sinto e não digo, coisas que até são boas.

Mas hoje sinto-me demasiado doente, demasiado sem vontade, sem desejo, não quero apanhar o próximo comboio só se puder levar o meu tricot e se for pra um sítio quente.

Para as vinhas do Douro.
Lá o tempo engana-se.

Mas então aqui fica este tesouro (que aliás até é do Carlos Tê mas não digam ao Cândido que é melhor não lhe darmos razão).









Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues sou eu a dizer
que quero ficar contigo.
e apenas obedeço
com as armas que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo.


Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas de um palhaço pobre
sou a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o meu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor.

É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente...



quinta-feira, janeiro 27, 2005
 
A Rita Marrafa de Carvalho é neta do Sr. Marrafa lá de Alcácer, que é uma das personalidades bem conhecidas/típicas da terra. Há muitos anos atrás (no tempo em que havia coisas como cursos de dactilografia), a minha mãe tirou um curso de dactilografia no estabelecimento dele.

terça-feira, janeiro 25, 2005
 


Moondance

Well it's a marvelous night for a moondance
With the stars up above in your eyes
A fantabulous night to make romance
'neath the color of October skies.
And all the leaves on the trees are falling
To the sound of the breezes that blow
And I'm trying to please to the calling
Of your heartstrings that play soft and low.

And all the nights magic, seems to whisper and hush,
And all the soft moonlight, seem to shine-In your blush
Can I just have one more moondance with you-my love?
Can I just make some more romance with you-my love?

Well I wanna make love to you tonight,
I can't wait till the morning has come
And I know now the time is just right,
and straight into my arms you will run.
And when you come my heart will be waiting,
to make sure that you're never alone
There and then all my dreams will come true dear,
There and then I will make you my own.

And all the nights magic, seems to whisper and hush,
And all the soft moonlight, seems to shine-In your blush
Can I just have one more moondance with you-my love?
Can I just make some more romance with you-my love?

Well I wanna make love to you tonight,
I can't wait till the morning has come
And I know now the time is just right,
and straight into my arms you will run.
And when you come my heart will be waiting,
to make sure that you're never alone
There and then all my dreams will come true dear
There and then I will make you my own.

And all the nights magic, seems to whisper and hush
And all the soft moonlight, seems to shine-In your blush
Can I just have one more moondance with you-my love?
Can I just make some more romance with you-my love?
One more moondance with you...
in the moonlight, on a magic night.

Can I just have one more moondance with you...my love


Serginho, ajudavas a tua amiga info-excluída e punhas bem por cima da letra no meu post uma imagem da Lua Cheia? De preferência à escala real...

 
If you should ever leave me
Oh life would still go on, believe me...

Eu estava em casa porque estava doente. E ele não estava em casa. Ou então, não atendeu.
A vida continua. Talvez tenha sido melhor assim...

sexta-feira, janeiro 21, 2005
 
..."Santana Lopes anunciou hoje o seu programa de governo. crescimento económico e justiça social são as principais prioridades"...

ainda não estava a valer. agora é que é a sério.

quarta-feira, janeiro 19, 2005
 
na televisão ela não parece muito alta.

quarta-feira, janeiro 12, 2005
 
E é deste modo tão "singelo" que mais um post da Lena ganha (a meu ver) o estatuto de "melhor post de sempre" no criado de quarto.

 
Candido Posted by Hello



Lembrei-me que as pessoas que lêem o nosso blog não têm uma cara nossa.
Por isso aqui está o Cândido.

segunda-feira, janeiro 10, 2005
 
Imensa, intensa e eterna. A chama benfiquista.

domingo, janeiro 09, 2005
 
odeio o liedson. odeio-o.

sexta-feira, janeiro 07, 2005
 
Ser Benfiquista Posted by Hello



Ser Benfiquista
É ter na alma uma chama imensa (ou intensa)!

(aconteça o que acontecer)

 
«maminhas graciosas»???

Oh Miguel, mas que desagradável.

quinta-feira, janeiro 06, 2005
 
POST SOBRE O TAMANHO DA CIDADE DE LISBOA

Estava na estação de metro da Baixa-Chiado, a ler um livro de olhos no chão e uns pés chamam-me a atenção: eram uns ténis Redley (daqueles sem atacadores que calçam como uma pantufa) aos quadrados pretos e brancos com uma risca vermelha. Lembro-me que já vi uns ténis como estes algures, que não gosto nada deles, penso mais um pouco e lembro-me. São iguais aos do Quim.

Mas o rapaz que os tem calçados não é o Quim. Além dele, estão também um outro rapaz e uma rapariga com sacos de compras. Volto ao meu livro.

Chega o metro e eu entro. Por acaso, é sempre o acaso, vêm encostar-se à porta, mesmo ao meu lado.

Rapaz 1: (...) ah não esse eu não (...). Só o Quim...

Rapaz 2: (...) O Vairinhos...

Rapaz 1: Ah sim, o João...

Rapariga: Ah. Mas o Vairinhos chama-se João?

Rapaz 2: Sim

Rapariga: Não sabia.



Os dois rapazes sairam em Arroios como eu. A rapariga prosseguiu em direcção a outro ponto da cidade miniatura...

Raio de cidade onde todos se conhecem e são amigos e só existem dois pares de ténis iguais.

É por estas e por outras (parecidas) que o meu sonho era ir viver para Paris...

 
Alguns devem, talvez até todos, já devem ter ouvido a estória de como vivi vários anos junto a uma rádio local que só dava canções do doutor e do bombeiro e que fazia interferência com a televisão. Os que conhecem a estória sabem que esta vivência me deixou algumas marcas, nomeadamente uma falta de hábito de ouvir rádio.
Neste Natal ofereceram-me uma daquelas coisinhas portáteis que é rádio, leitor de mp3 e pendrive. Eu tinha pedido um rádio mas parece o preço não compensava. E pronto agora tenho um rádio para ouvir no trabalho (nunca pensei mas parece que começo a conseguir trabalhar e ouvir música ao mesmo tempo) e enquanto vou e venho no autocarro. Ainda não tenho uma estação preferida. Mas já encontrei montes de postos onde tudo é falado em criolo ou em bósnio/ucraniano/língua de leste.

Pronto, este post não tinha, no entanto, a finalidade de falar propriamente desta minha redescoberta da rádio. O que eu vos queria dizer nestes últimos dias já ouvi para aí umas vinte vezes aquela música mais conhecida dos Kelly Family (I love you, I want you, I wanna talk to you,...) e não ouvi numa só estação. A sério, ouvi agora muito mais vezes do que alguma vez ouvi na altura em que isto foi um megahit. O que fez lembrar que isto efectivamente foi um megahit em Portugal (se calhar até no mundo inteiro, não sei), e me leva a interrogar quem é quer recuperar algo que devia ficar bem enterrado no passado. Há coisas que é melhor assim, tipo sei lá, os CD dos Bon Jovi que ouvia quando tinha 13 anos.

Nunca percebi esta coisa dos Kelly Family, eu tinha uma amiga de escola que era tão fã que tinha dossiês com todos os recortes de jornal e notícias e tudo o que possam imaginar... Comprava coisas em leilões e encomendava coisas no estrangeiro...

Sinceramente, a única coisa (e ainda bem acho) que me lembrava dos Kelly Family era capa de um CD cheio de pessoas com ar andrógeno com uns cabelos enormes todos ligados uns outros. Lembro-me sobretudo de pensar que a capa do CD tinha um ar tão pouco higiénico que só por isso já nunca o compraria.

segunda-feira, janeiro 03, 2005
 
e agora?!

mija na mão e deita fora :)

 
Resolução de Ano Novo:

so much for love,guess i've been wrong
but it's all right,'cuz i'm moving on
i've got my car all packed with cassette tapes
and sweaters and loose change and cheap cigarettes
and i'm gonna drive thru the hills with my hand out
the window and sing till i run out of words.
i'm gonna stop at every truck stop, make small talk with waiters
and truck driving men.
i'm gonna fall asleep in the back seat with no one around but me and my friends
it's gonna be so grand
it's gonna be just like my wedding day, yeah

yeah, i've had enough of love, it feels good to give up
so good to be good to myself
and i'm gonna get on the highway with no destination
and plenty of visions i mind
and i'm gonna drive to the ocean, go skinny dipping
blow kisses to venus and mars
i'm gonna stop at every bar and flirt with the cowboys in front their good friends
it's gonna be so grand
it's gonna be just like my wedding day, yeahh

so much for love, i guess i've been wrong
but it's all right cuz i'm moving on
i'm gonna drive over hills, over mountains, and canyons
and boys that keep bringin me down
i'm gonna drive under skyline and sunshine, drink good wine in vineyards
and get asked to dance
i'm gonna be carefree and let nothing pass me by, never ever ever again
it's gonna be so grand
it's gonna be so grand
it's gonna be just like my wedding day

Rosie Thomas - Wedding Day



Obviamente, não penso em casar-me em 2005. Ainda assim gostava de me sentir assim lúcida (ou optimista?) todos os dias.
Fica aqui para o resto de um ano que para o blog já começou bem com o regresso do João.

Puto: és fixe até à medula (ma come parla?????) - Madalena não fiques ciumenta.

Liliana, não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

E...

Last but not least...

Andrea, Cândido, Cristina ,(GUstavo), Helder , João, Liliana, Madalena, Miguel, Mónica, Paulo, Patrícia, Raquel, Sérgio...

Relembro neste início de ano que vos amo desenfreadamente. (E por ordem alfabética ;)

 
Acho que não é a primeira vez que cá o ponho mas pronto, já não me lembro bem e cá fica (outra vez... ou não).


Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração

E agora?

sábado, janeiro 01, 2005
 
Ao Virar da Esquina.




Sempre o inesperado nos aguarda ao virar da esquina. Sabemos que assim é, e interrogamo-nos: Que irá acontecer? Nada adianta tentar descobrir. Uma esquina é sempre uma aventura.
Até mesmo quando nada aparentemente surgiu, sentimos que alguma coisa de nós ficou para trás, e no novo e desconhecido caminho uma nova aventura nos aguarda.
Acontece, às vezes, um pouco antes da esquina, acudir-nos à memória a vida que passou. Pessoas, acontecimentos, caminham connosco, acompanham-nos por breve espaço e revivem em nós, nítido, o tempo que ficou lá para trás, já nem sabemos de que esquina.
Suaves recordações? Amargas recordações? Seja como for. Fomos nós que os vivemos. Muito de nós ficou lá em sofrimento ou em alegria. E tanto demos que elas voltam agora a dar-nos por sua vez alguma coisa de nós. Já não alegria nem sofrimento. Mas esperança. Esperança de renovada coragem no novo caminho que nos espera para além da próxima esquina.
Estamos perto. Não tarda chegaremos. Como será o novo caminho? Igual ao anterior? Impossível. Não há dois caminhos iguais. Pior, melhor? Fácil e cómodo não será decerto. Nem o anterior o foi, nem nunca para os homens foram fáceis e cómodos os caminhos. Planícies, rios, florestas, montanhas, precipícios a vencer? É por lá que passam os caminhos dos homens. Por lá iremos.
Que vá connosco a renovada esperança de que o caminho se torne cada vez menos difícil para todos. Mais digno de ser percorrido por todos.

Manuel da Fonseca.


Powered by Blogger