{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
quarta-feira, agosto 31, 2005
 



A Feist tem todo o ar de quem precisa de um bom corte de cabelo.
Eu todos os dias quando me olho ao espelho, enquanto me penteio penso que preciso desesperadamente de um corte de cabelo. O meu cabelo está demasiado comprido e amorfo e ando hesitante entre uma cabeleireira da ondinha ou a irmã de uma amiga que voltou de Paris com aspirações (e ao que parece talento)a cabeleireira.
Tenho uma amiga espanhola que diz que "cabeleireiro" é a palavra mais difícil de pronunciar da língua portuguesa.

- (...) Cabeleiro...
- (...) Cabreireiro...
- (...) Cabereileiro...

Eu preciso desesperadamente de um cabeleireiro.
E o meu estado vai-se tornando cada vez mais dramático. Eu queria ir cortar o cabelo a um sítio fashion. Para mudar, para experimentar, para ver no que dá. Eu queria ir cortar o cabelo a um sítio fashion. Mas eu não sou "fashion".

Eu sou daquele tipo de pessoa que se fosse uma estrela pop seria a Feist. Uma miúda que precisa de um corte de cabelo. Uma pessoa que não pode suportar um corte de cabelo mais "fashion" do que o seu ethos ;)




Porque no fundo, em certas coisas, eu sou mesmo como a Feist. Uma miúda sensata que às vezes embarca sozinha nuns sonhos, faz uns projectos, chega à conclusão de que são estúpidos, decide acalmar-se e esperar para ver no que é que dá. Mas no fundo eu acho que a Feist é apesar de tudo, tal como eu sou, uma miúda sensata.

Helping the kids out of their coats
But wait the babies haven't been born
Unpacking the bags and setting up
And planting lilacs and buttercups

But in the meantime I've got it hard
Second floor living without a yard
It may be years until the day
My dreams will match up with my pay


Old dirt road
Knee deep snow
Watching the fire as we grow old

I got a man to stick it out
And make a home from a rented house
And we'll collect the moments one by one
I guess that's how the future's done

How many acres how much light
Tucked in the woods and out of sight
Talk to the neighbours and tip my cap
On a little road barely on the map

Old dirt road
Knee deep snow
Watching the fire as we grow old
Old dirt road
Rambling rose
Watching the fire as we grow well I'm sold



É isso mesmo. Eu sou uma miúda sensata a precisar de um corte de cabelo.


 
Fui à cabeleireira ali dos edifícios Salamanca, mesmo em frente ao Plus.
Fui porque era perto de casa, porque queria que fosse rápido, porque não gosto de ir ao cabeleireiro.

Sentadinha, de cabelo molhado (a parte de esfregarem a cabeça já passou madalena, podes acalmar-te) pensei: Agora vem a parte difícil, que é explicar como quero o cabelo.

- Então como vai ser?
- Olhe, eu quero assim cortado à navalhada, todo incerto...
- E assim pro curto?
- Não, assim pela orelha.

Ela começou a cortar. Eu fiquei caladinha, eu sou um bocado timída com os cabeleireiros. Ela pegou na navalha e começou a cortar. Parecia-me bem. Fiquei descansada, pensei tu queres ver que ela me vai fazer um corte como eu quero? será desta?

Distrai-me a pensar no que ainda tinha que fazer antes de almoço.

Que horas serão? Será que chego a casa antes da uma?
Será muito mau se virar a cabeça pra ver o relógio? É melhor não.

- Bem, isto vai ser uma grande mudança, disse ela.
- Ah, isto depois cresce.

E foi então que me apercebi do olhar dela com a navalha na mão a cortar cada vez mais curto, sempre sem parar.

Ainda levantei a minha mão mas depois ela nem reparou e já era tarde.

Eu não acredito nisto!!! Qual foi a parte que ela não percebeu quando eu lhe disse pela orelha.
Será que eu não disse em voz alta?

Tenho que parar de falar sozinha em pensamento...

Oh meu Deus, olha-me pra isto.
Estou com o cabelo curto.
Mas o que você está a fazer?

Parece que vou sair daqui directa para a mansão da família Von Trapp, fazer vestidos pra crianças das cortinas da cozinha e fazer piqueniques com sandes de presunto.
Não é que a ideia me seja totalmente desagradável mas senhora cabeleireira este corte de cabelo é demais pra mim.

A cabeleireira cortava com uma certa fúria, eu vi nos olhos dela. Ela estava diferente de há bocadinho quando estava a secar o cabelo àquela senhora que ficou a parecer um abat jour, de certeza que ela olhou pra mim e me achou com cara de quem quer fazer um corte radical.

Mas não. Eu só queria cortar um bocadinho.

Quem me vir agora, vai pensar que eu tive um grande desgosto amoroso e que quero dar aquele ar de eu-não-preciso-de-ninguém-porque-eu-sou-tão-independente-que-até-posso-cortar-o-cabelo-assim-desta-maneira-que-não-favorece-mesmo-nada.

MAS EU QUERO QUE O MEU CABELO ME FAVOREÇA.
EU GOSTO QUE ME FAVOREÇAM.

Oh meu Deus, ela foi buscar o gel.

- Pode deixar secar ao natural.
- Ah sim está bem.

Mas ela tem as mãos cheias daquilo.
Eh pah eh pah, e o que é isto agora, a pôr-me volume?
Oh meu Deus, eu nunca mais corto o cabelo.

Já pensou que assim que eu sair dessa porta eu vou tirar esta armação toda? Que mania a vossa... poça!
Assim que chegar a casa e passar isto por água. Tenho vergonha de aparecer à frente da minha avó assim...

Vou mas é ficar em casa até que isto cresça qualquer coisa. É melhor.

- Está bem assim?
- Sim, quanto é? Não, não, não preciso de escova, não tenho cabelos na roupa, não é preciso mais nada.
- 7,5 euros.
Ai que vergonha. O meu cabelo está mesmo curto.
Isto não é coisa que se faça a quem já tem a auto estima em baixo.
Essa coisa de se ir cortar o cabelo pra uma pessoa se sentir melhor é TUDO MENTIRA.
- Então adeus, até qualquer dia.

Huumm, pensei eu já a subir a minha rua, 7,5 euros é fixe. Acho que volto lá pra próxima.


sábado, agosto 27, 2005
 























quinta-feira, agosto 25, 2005
 
Eu sou Posted by Picasa


... demasiado esquisita pra casar com o padeiro.

 

segunda-feira, agosto 22, 2005
 
Apetece-me

 
escrever

 
no blog.

 
[dreams never end IV | a t-shirt azul]

estava na piscina municipal a treinar crawl de costas, acompanhado por um professor. na pista ao lado estava um colega do meu pai que me disse que eu estava a melhorar muito depressa. e fora da piscina estava o john cage a tocar piano. ninguém lhe estava a prestar demasiada atenção. eu achei que era bom para se ouvir a nadar mas preferi não lhe dizer nada. aquilo continuou até que o professor me disse:
- já chega por hoje.
- e então?
- estás a melhorar. hoje conseguiste fazer 1 minuto.
- sim. isso é entusiasmante. mas de qualquer modo também tinha que me ir embora.
- não ficas para ouvir o john cage? isto está um bocado vazio.
- queria ficar mas não posso. tenho coisas combinadas. já deve aparecer aí mais gente.
olhei para o john cage. estava impecavelmente vestido com um fato escuro e gravata. na cabeça tinha uma touca cor de laranja fluorescente.
depois enfiei-me no carro e acabei por chegar a lisboa. não sei onde deixei o carro mas dei por mim à ao lado da estátua do chiado. suponho que à espera de alguém com quem tivesse as coisas combinadas. fiquei ali à espera enquanto olhava para as pessoas. não tinham nada de especial e eu não tinha mais nada para fazer. até que fui abordado pela voz de uma rapariga.
- então?! disseste que estavas de t-shirt azul.
era a sofia coppola e o português era perfeito.
- pois. desculpa. estava por passar a ferro. mas como é que me reconheceste?
- hmm... porque sabia que tinhas óculos.
eu olhei à volta e reparei que quase toda a gente tinha óculos.
- ah claro! como é que eu não pensei nisso?
- vamos dar uma volta, então? cheguei há pouco tempo e ainda estou a conhecer a cidade.
- sim, vamos.
e fomos. andámos pela cidade despreocupadamente a conversar sobre coisas que não me lembro. depois ela disse-me:
- quero fazer um filme aqui.
- há muitos filmes em lisboa e sobre lisboa.
- não. eu quero fazer um filme aqui. sem sair deste miradouro.

é a última coisa que me lembro que ela disse antes de acordar. ainda era noite. fui mijar e quando voltei para a cama, ainda estava um bocado chateado por não saber como é que ela tencionava fazer um filme inteiramente rodado no miradouro de santa luzia, se seria ficção ou documentário, se seria uma curta ou uma longa metragem e quanto tempo ela achava que podia aguentar o filme no mesmo sítio. ainda estava meio estremunhado e voltei a adormecer rápido. no miradouro já não estava a sofia coppola. estava a filipa. eu estava naquela parte do sono em que o consciente ainda não se desligou completamente e acho que o consciente e o inconsciente se tocaram. o meu inconsciente perguntou:
- o que é que tu estás aqui a fazer no miradouro?
o meu consciente perguntou:
- foda-se! o que é que tu estás aqui a fazer no meu inconsciente?!

e acordei. levantei-me outra vez e fui à cozinha beber água. voltei e liguei a aparelhagem que estava na antena 2. estava a dar uma coisa qualquer umas cordas que quase nem cheguei a ouvir. continuei a sonhar, mas com coisas que não me lembro.
às tantas, lembro-me de estar outra vez debaixo da estátua do chiado à espera da sofia coppola. esperei bastante tempo mas ela não aparecia. estava bastante calor. continuei à espera até que fui surpreendido por uma voz vagamente familiar:
- olá sérgio. a sofia não pode vir, lamento.
era a beatriz batarda.
- olá. não faz mal. mas como é que sabias quem eu era?
- ah, porque a sofia me disse que estavas aqui e tinhas uma t-shirt azul.
eu olhei para as poucas pessoas que andavam por ali. tinham todas t-shirts azuis.
- sim, é claro.
- se quiseres podemos ir tomar um café.

quarta-feira, agosto 17, 2005
 
Namoradas

Porque é que eu não tenho namorada?
Não vejo nenhuma boa razão.
Pessoas que são muito menos simpáticas do que eu têm namorada.
Há idiotas que têm namorada.
Eu devia absolutamente ter uma namorada.

Há muita injustiça e idiotice no mundo.
Isso deve ser uma parte do meu problema.
Será que as pessoas idiotas são responsáveis por toda a música ridícula e pelos livros estúpidos, pelas revistas, pelos filmes e pela comida animada nos anúncios de televisão?
Será assim tão simples?
Às vezes acho que sim.
É um modelo de explicação muito natural.
Bastante apelativo.
Ou será que essas pessoas no fundo não são estúpidas, até têm boas intenções, mas falham vez após vez?
Também é uma possibilidade.
Há uma grande diferença entre ser estúpido e simplesmente ter má sorte.
O que é certo é que têm namorada.
Todinhos.

Eu é que não.

Erlend Loe in Naif. Super.

 
Doem-me os pés.

terça-feira, agosto 16, 2005
 
[my man is gone now | bill evans e o piano]

gosto de pianos.
gosto do som. gosto da forma. gosto daquela resistência que as teclas oferecem quando se tocam. gosto dos pianos de cauda e dos de parede.
gostava de ter um. mas não saberia o que fazer com ele. não lhe saberia tocar convenientemente. às vezes penso que se tivesse um aprenderia a tocar rapidamente. mas é claro que isso não é verdade. aprender um instrumento demora tempo, dá trabalho, exige esforço. são coisas em que eu não sou muito bom. ainda assim, penso muitas vezes que quando tiver uma casa, vou ter um piano na sala. não estou muito optimista, mas vou continuar a pensar nisso de vez em quando.

não sei bem donde me vem esta ideia dos pianos.
tenho uma prima que andava no conservatório. chegou até ao sexto ano, acho eu. ela tinha um piano em casa, de parede. como nessa altura o meu espírito crítico não era por aí além, tenho impressão que tocava muito razoavelmente. na família todos gostavam de a ouvir, e ela gostava de se mostrar. era um talento na família, talvez o maior de todos. eu tocava de vez em quando nesse piano. andava a aprender órgão numa escola de música de qualidade um bocado duvidosa, baseada no método de Eurico A. Cebolo que fazia aqueles livros do "Órgão Mágico", mas podia tocar alguma coisa. gostava só de tocar no piano, como um fim, e não como um meio de fazer música. tinha a consciência que não podia competir com ela. quanto ao órgão, sempre odiei, sempre soube que aquilo nunca me ia levar a lado nenhum. além disso, naquela altura eu comecei a interessar-me por guitarras e a pedir aos meus pais que me comprassem uma e me deixassem trocar as aulas de órgão por aulas de guitarra. demorou dois anos, eles gostavam do órgão. nos últimos tempos já sonhava com guitarras e o meu pedido acabou por ser atendido. já tinha dezasseis anos. tenho uma secreta frustração por não ter começado a aprender mais cedo. mas talvez seja melhor assim. não quero culpar ninguém. foi mais ou menos por essa altura que a minha prima acabou por desistir do conservatório. a princípio por incompatibilidade de horários ou qualquer outro motivo muito prático. nunca mais lá voltou. e nunca mais pegou no piano. nunca falámos disso, mas acho que ela não tem pena nem saudades. acho lamentável. o piano está aqui a cinquenta metros. somos vizinhos.
agora não nos damos assim tanto. é assim, e isso não me dá mais pena do que saber que o piano está lá na sala sem ser tocado. a última vez que lá fui tinha umas quantas notas desafinadas, não era assim tão poucas. já pensei perguntar-lhe quanto é que ela quer por ele. não o fiz. seja quanto for que ela peça, eu não vou ter dinheiro para pagar.
talvez seja daí, do piano da minha prima, que venha o meu interesse por pianos.

eu toco guitarra. não sou nem nunca serei um instrumentista brilhante, mas também não posso dizer que quase não sei tocar. aprendi muito rápido até certo ponto. tinha algum jeito. o pior foi depois, quando era preciso começar a praticar mais, a fazer exercícios que permitissem aperfeiçoar e melhorar. já disse que não sou muito bom nisso.
eu também gosto de guitarras. de uma maneira diferente. com as guitarras tenho uma relação física e com os pianos, platónica. durante um período da minha vida só pensava nelas. agora tenho duas. mas penso que o que eu queria mesmo era saber tocar piano. isso não me deixa triste. é só mais uma daquelas coisas que não aconteceram e que só pesam junto das outras coisas todas que também não aconteceram como eu queria.

se tivesse que escolher quatros instrumentos para fazer a banda sonora da minha vida escolhia
um saxofone soprano
uma bateria
um contrabaixo
e um piano.

um quarteto de jazz. entre 58 e 70 de preferência.
acho que devem ser os quatro instrumentos permitem mais possibilidades. acredito que sejam ilimitadas.
desde que comecei a ouvir jazz mais frequentemente comecei a gostar ainda mais do piano. e de pianistas. dou-lhes mais atenção do que aos outros, não sei porquê.

herbie hancock.mCcoy tyner.thelonious monk.sonny clark.keith jarrett

mas o primeiro que me chamou a atenção foi o Bill Evans. porque era o pianista do 'kind of blue'. sobre o disco não vou dizer nada, não vale a pena dizer uma palavra que seja.
depois fui conhecendo mais coisas. a solo, com o trio, com o tonny bennett, com o jim hall. foi mesmo com o jim hall que ele gravou uma das músicas que mais gosto, my man is gone now, dos irmãos gershwin, no álbum intermodulation. um piano e uma guitarra.

my man is gone now. bill evans, que não teve uma vida fácil, morreu em setembro de 1980, com 52 anos. hoje faria 76 anos se fosse vivo.

passei uma parte da tarde a ouvi-lo e a pensar sobre os pianos e sobre a música em geral.
gosto de pianos. gostaria mesmo que não tivesse ouvido nenhum disco do bill evans. mas assim gosto ainda mais.

esta é a minha pequena homenagem ao homem e ao piano.



 
Pós-qualquer-coisa

Oh Ana... Anda cá que o teu chefe e a mãe dele estão a dar na televisão.

 
Gostava mesmo que a religião fosse como o ópio.

Quem é que pode pensar que é fácil acreditar, apesar de tudo?

 

Agora sim! Do Tenerife com amor para todos.

Liliana


PS - Isto é o Teide. Basicamente é um vulcão semi-adormecido com cerca de 3718 metros de altura, o que é muito.

segunda-feira, agosto 15, 2005
 
Porque gosto de praia:

Yes, to dance beneath the diamond sky with one hand waving free,
Silhouetted by the sea, circled by the circus sands,
With all memory and fate driven deep beneath the waves,
Let me forget about today until tomorrow

quarta-feira, agosto 10, 2005
 
Et nos amours, qui ont mal aux dents...

Lembro-me sempre dos versos do Brel. É uma canção sobre o envelhecimento e sobre as coisas tristes. Quando crescemos vamos inevitavelmente envelhecendo. E as pessoas à nossa volta também. Sempre percebi este verso como uma constatação das mazelas da idade que vão fazendo mal aos que queremos bem. As dores de dentes (de envelhecimento) dos nossos amores de juventude. Mas nem vou contar uma coisa triste. Mas para mim foi chocante.
Dou voltas e voltas.
O Senhor Coordenador vai ser pai. A minha "ai tão grande paixão" jamais curada vai ter um filho.
A minha "ai tão grande paixão" é claro que passou. É claro que eu passei por cima disso de não ser correspondida e de não virmos a ser felizes para sempre e de eu não vir a ser a mãe do filho que ele agora até vai ter. Ou, isso passou por cima de mim.

Ontem quando soube da notícia, senti por momentos que isso estava a passar por cima de mim. Uma pessoa por quem estive apaixonada, muito e por muito tempo, agora vai ser pai. E depois do choque inicial eu pensei que acho que ele vai ser um muito bom pai, que ele vai ser um muito bom companheiro para a mãe e que ele deve estar muito feliz.
E depois, para ser sincera, comecei a pensar foi em mim e na minha vida e em como outras grandes paixões vêm atrás da "grande paixão" e que espero que seja assim só até um dia. E achei estranho (é mesmo essa a palavra) isto de alguém que eu gostei assim agora estar a viver uma vida de adulto e a puxar-me também para uma vida mais adulta quando me faz sentir feliz por ele.

sábado, agosto 06, 2005
 




Nao tenho as vossas moradas por isso aqui fica

do Tenerife

com Amor

para Todos.

Beijinhos,

Liliana


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