{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
sexta-feira, outubro 28, 2005
 
metodologia

Learning from the field : a guide from experience / William Foote Whyte

Studies in ethnomethodology / Harold Garfinkel

Writing for social scientists : how to start and finish your thesis, book or article / Howard S. Becker

Métodos de pesquisa em ciências sociais / Howard S. Becker

What is case? : exploring the foundations of social inquiry / Howard S. Becker

Field research : a sourcebook and field manual / Robert G. Burgess

In the field : an introduction to field research / Robert G. Burgess

e não só

The crowd and the public and other essays / Robert E. Park

Human communities : the city and human ecology / Robert E. Park

On social control and collective behaviour / Robert E. Park

Peoplewatching: The Desmond Morris Guide to Body Language / Desmond Morris

The hidden dimension / Edward T. Hall

quinta-feira, outubro 27, 2005
 
i'm only sleeping

When I wake up early in the morning,
Lift my head, I'm still yawning
When I'm in the middle of a dream
Stay in bed, float up stream

Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping

Everybody seems to think I'm lazy
I don't mind, I think they're crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find, there's no need

Please don't spoil my day
I'm miles away
And after all
I'm only sleeping

domingo, outubro 23, 2005
 
epah Ron... tu nem digas uma coisa dessas sobre o even cowgirls get the blues. esse filme valeria a pena so pelo protagonsmo dos polegares da uma thurman :)

domingo, outubro 16, 2005
 

quinta-feira, outubro 13, 2005
 
Imbuída do verdadeiro espírito de solidariedade e ao melhor estilo Oprah, venho dar início à primeira actividade da Make a wish operation.

Para a Madalena aqui fica....






... uma maravilhosa saia vermelha com bolsos. Uma oferta das Confecções Liliana.


Quanto ao pó de borboleta. Acho que terá de arranjar isso sozinha. Afinal realizar os nossos desejos depende muito da nossa força de vontade. (ahahahahahah)








Para a Ana, já que o seu obejctivo é atingir o nirvana, aqui fica uma lista de sítios onde poderá encontrar ajuda especializada:

Dojo Zen de Lisboa (escola Soto)
Rua Morais Soares n.º 25 B - S/c Esqª 1900-399 Lisboa
tel 213 962 117 ou 218 126 642
www.zen-azi.org/index_p.html

Associação Internacional Buddha's Light
sob a responsabilidade de Mestre Hsing Yun
Rua Centieiro, n.º35, 1800-056 Lisboa
tel 96 956 4314
http://fgs-temple.com.pt./
email ibps_lisboa@fgs.org.tw

Ogyen Kunzang Choling (Budismo Tibetano, escola Nyingma)
Rua do Salitre 117, 1250 Lisboa
tel 213 142 038
fax 213 524 076lx@okc-net.org
http://www.tibetanos.com/

Dharma Ling de Lisboa (Budismo Tibetano, escola Kagyu)
sob a responsabilidade de Lama Denys
http://www.dllisboa.rimay.net/
email: dllisboa@rimay.net


Vá e lembre-se que "A felicidade não é algo que se encontra feito. Mas sim algo que vem das suas próprias acções" (Dalai Lama)

 
A salvo de tudo, por muito dramático que possa parecer, acho que é a salvo da vida. Das suas obrigações, das suas supostas preocupações, das suas dores, dos seus desejos se calhar. De tudo... Não foi o que eu disse?

 
Your tears they tell me
There's really no way
Of ending your troubles
With things you can say.

 
A salvo de tudo, é a salvo de o quê?

quarta-feira, outubro 12, 2005
 
Eu queria a nogueira. Queria uma casa no meio do nada, onde pudesse ficar a salvo de tudo. E queria aqueles dois braços à minha volta, a dizerem-me que vai tudo correr bem.

terça-feira, outubro 11, 2005
 
Eu queria não querer absolutamente nada, nem ninguém.

 
Eu queria uma saia vermelha com bolsos e pó de borboleta pra voar até ao cimo da minha nogueira com a minha gata Jonas.

segunda-feira, outubro 10, 2005
 
[indie stars]







estas são as novas estrelas indes

domingo, outubro 09, 2005
 
Pela primeira vez em 31 anos o Partido Comunista não venceu em Alcácer.
Alcácer do Sal não é mais um bastião comunista. Contra a maré, foram os socialistas que lá venceram. Desculpem pôr isto aqui, mas queria que partilhassem este momento histórico.

 
Oh the glory that the Lord has made
And the complications when I see His face
In the morning in the window

sexta-feira, outubro 07, 2005
 
[dreams never end VII | stromboli]















quarta-feira, outubro 05, 2005
 
[os sonhos nunca acabam VI | river man]


a minha geografia onírica é feita de sítios que só existem na minha cabeça, que baralham as coisas que eu já vi e os lugares onde eu estive. Geograficamente, tudo pode acontecer e tudo acontece. ainda que não o possa dizer com certeza, tenho a impressão de que grande parte dos sonhos não são mais que um itinerário. um vaguear pelo espaço reorganizado, quase aleatoriamente, como se as paisagens fossem remanchadas segundo a técnica do cadáver esquisito. acho que isso é o que mais gosto nos sonhos, da possibilidade de descobrir ligações insuspeitas entre os lugares de cada itinerário que é cada sonho. mas também existem lugares recorrentes, que se repetem de sonho para sonho. são lugares igualmente fantasiosos, feitos de fanicos mal colados da realidade.
um desses sítios é uma biblioteca municipal que (não) existe na baixa. uma coisa grande, mais ou menos entre a rua do arsenal e praça do município até aos armazéns do chiado. a entrada é no sitio da entrada da câmara municipal e no interior existem várias salas que consigo visualizar mesmo quando estou acordado. os empregados são os da câmara municipal de mafra. e a disposição e mobiliário da biblioteca é como a biblioteca de bologna. há um sitio da biblioteca onde se podem experimentar e requisitar roupas antigas mas eu passo sempre ao largo, porque acho que a rapariga da secção - que não é uma pessoa real - tem uma inimizade comigo. também há uma estação dos correios e todas as coisas mais normais de se encontrar numa biblioteca.
era precisamente neste sítio que eu estava. na parte dos discos, à procura de um disco do debussy quando encontrei o paulo.
- hey sergio! então?
- então paulo!
- o que é que estás aqui a fazer?
- nada de especial. vim só requisitar um livro para a minha tese e estava agora a ver se encontrava um disco do debussy só com peças de piano.
- então esquece. esse sou eu que tenho. e o livro? é sobre o quê?
- sobre o espaço no quotidiano. sobre as práticas individuais do espaço.
- parece interessante.
- não é mau. mas há coisas melhores. o debussy, por exemplo. e tu, o que é que fazes?
- estou a distribuir flyers para os concertos do brad mehldau. não me queres ajudar?
- bem, se isso der direito a um bilhete, claro.
- acho que isso é possível. estás contratado. tenho quatro. ficam dois para cada um.

fomos distribuir os flyers em vários sítios mas, não percebi porquê, só podíamos dá-los às pessoas que conhecíamos. talvez fossem convites, não tenho a certeza. encontrávamos muita gente, tínhamos poucos nas mãos, mas os flyers (ou convites) nunca mais acabavam. por mais que os distribuíssemos faltavam sempre dois e aquilo ia continuando. até que apareceu o brad mehldau e disse que podíamos parar com os flyers.
- temos que ir à procura do nick drake. preciso da vossa ajuda?
- do nick drake? para quê? - perguntei eu.
- quero tocar uma canção com ele esta noite.

eu e o paulo olhámos um para o outro e ele disse:
- mas ele não toca há anos! desde que entornou o frasco de tryptizol. agora passa a vida no tejo para cima e para baixo num barco a remos. raramente alguém o vê em terra. dizem que está pior que o syd barrett.
- eu arrisco! só precisamos de um barco.
- o sérgio costumava ir à pesca. ele sabe conduzir barcos.
- sim, o problema é que não tenho barco.
- isso não é problema. eu arranjo um barco. vamos depressa, antes que seja noite.

pegámos nas bicicletas e fomos. não sei onde estávamos, mas foi sempre a descer, a passar entre os carros e a fazer gestos para os taxistas que nos apitavam, até ao cais do sodré. no sítio dos cacilheiros havia uma marina. fomos em direcção a um barco. eu fui para o leme, o paulo soltou a corda do cais e o brad mehldau içou a vela. em pouco tempo estavamos a velejar no tejo. no fim de tarde esplendoroso. o sol desfazia-se de cor alaranjada pelas margens. e nós íamos à procura do nick drake para ele tocar com o brad mehldau. era um missão importante e acho que estávamos contentes por isso. descemos o tejo até ao forte do bugio, que era bastante mais alto e imponente que fazia lembrar a quinta da regaleira, só que no meio do rio. depois voltámos rio acima. sabíamos que não seria fácil encontrá-lo e que podíamos nem sequer o encontrar. já não faltava muito para ser noite e nem vestígios do nick drake e do seu pequeno barco.
o brad mehldau perguntou:
- como é que é o barco dele?
- é pequeno e a remos. - disse eu.
- é mais ou menos verde e chama-se sísifo. acho que não o vamos encontrar
- disse o paulo, enquanto olhava pelos binóculos.
o brad mehldau aproveitara para lançar a linha e segurava a cana de pesca. tentava apanhar peixe para o jantar e a acabou por conseguir. duas douradas e um carapau que foram assados no barco, e comidos com pão, enquanto voltávamos à marina e enquanto a noite caía. não o tínhamos encontrado.
fomos buscar os outros dois músicos ao hotel que era na torre da faculdade, mas eles estavam à espera nas tabuinhas. fomos para o concerto outra vez de bicicleta, outra vez à maluca. e desta vez éramos cinco. o concerto era à frente do convento do carmo. o palco - uma pequena elevação - estava naquela parte mais baixa e as pessoas sentadas nas escadas. estava muita gente. os flyers tinham resultado. nem tudo tinha sido em vão. sentei-me. o paulo tinha desaparecido. eles começaram a tocar. lembro-me de tocarem algumas coisas do gershwin e do duke ellington no meio de outras coisas do brad mehldau. estava a ser um concerto muito bom. depois o brad mehdau disse:
- we're gonna play a song written by nick drake called "river man". this one is for him.
depois das primeiras notas um tipo levantou-se do meio do publico. desceu as escadas e subiu ao palco. sentou-se a um canto, pegou num microfone e começou a cantar. era o nick drake. era a voz que o confirmava. estava velho e gasto como o casaco cinzento. irreconhecível.

going to see the river man
going to tell him all i can
about the plan
for lilac time.

if he tells me all he knows
about the way this river flows
and all night shows
in summertime


cantou a letra toda e quando o trio partiu para uma improvisação levantou-se, olhou para o alto e disse:
- they're falling faster now. three days ago there was almost a hundred. it made my head ache to count them. but now it's easy. there goes another one. there are only five left now. leaves. on the ivy vine. when the last one falls I must go too.

oh, how they come and go
oh, how they come and go

depois, enquanto a música acompanhava sublimemente a raridade do instante, desceu do palco, subiu as escadas e desapareceu.
Nunca mais ninguém o viu.

terça-feira, outubro 04, 2005
 
Às vezes fico quietinha só a olhar para o meu quintal

Entreguei ontem os três trabalhos finais de seminário (originais de 30 páginas, embora dois deles tenham apenas 25 porque eu não tinha mais nada a dizer sobre os assuntos em questão).

Fui entregá-los a seguir ao eclipse, que assisti cheia de frio com o meu pai e as galinhas (que o meu pai soltou para ver como reagiam às mudanças da luz mas elas limitaram-se a ficar todas contentes a pastar).

Tenho um casamento daqui a pouco tempo e pensei em ir tentar encontrar uns sapatos após ter entregue os trabalhos mas decidi vir para casa almoçar (não me sentia com força para entrar e sair de lojas e depois estava calor e eu tinha a mala a tiracolo e não ia aguentar de certeza).

Vim para casa almoçar e pensei que bom, passado um ano vou poder estar uma semana sem pensar o quão atrasada estou nos meus trabalhos (e o meu pai achou muito bem em eu ter vindo para casa, aqui é que estás bem, disse ele e eu fiquei enternecida).

Dormia a sesta de meia hora após o almoço e sonhei novamente com a minha avó a vir-me aconchegar a mim e à Jonas (parecia mesmo real, ela até me deu um beijo na testa e tudo mas ela estava na Consolação com as amigas dela).

O meu quintal está muito sofrido pela seca que estamos a atravessar e eu sofro com ele (nem sei como ainda nascem algumas ervas, como ainda há vida para além da seca extrema).

O meu poço já não tem água e por isso hoje vou para a Ericeira tomar banho porque aqui na Malveira não temos água da companhia (amanhã é feriado e tomo banho outra vez).

Agora vou à biblioteca da Malveira porque se há coisa que eu gosto é aquele momento de ficar perante muitos livros e poder escolher alguns para levar (depois também tenho que ir à da Ericeira porque também tenho lá uns livros para entregar).


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