{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
domingo, janeiro 29, 2006
 
Numa comunidade de fieis estabelece-se uma teia complexa de relacionamentos difíceis.

E depois começou a nevar.


E então os cegos viram, os coxos andaram e os diabéticos produziram insulina.

sexta-feira, janeiro 27, 2006
 
- Let's follow these two! They look like they know what they're doing!

Os turistas referiam-se a mim e ao Cândido, à entrada do Elevador de Santa Justa, de mochila às costas e a tentar perceber onde era a entrada.

Depois apareceu um bêbado a perguntar Do you speak english, e o Cândido disse que não e apontou prós turistas como que a dizer: eles sabem, mas nós não percebemos o que está a dizer. Alem disso, o senhor cheira mal e deve querer dinheiro e nós não queremos dar dinheiro. Já ter que dar dinheiro para subir o Elevador já é muito.

Depois veio o elevador e lá fomos, nós e os turistas, o bêbado não foi, e subimos ao céu.

Eu nem sei, Lisboa é assim cor de rosa e amarela e assim um bocado mar mas não é bem mar é lago ou rio nem sei. Eu tenho vertigens, sítios altos metem-me um bocado de medo, mas tá bem, podemos subir mais, ai eu nem sei Lisboa é assim uma coisa, e eu nem pensei em nada, fiquei só a olhar, e chegou-me.

E tenho algum medo de sítios altos, em especial aquelas passadeiras, nem sei o que lhes hei-de chamar, mas assim caminhos sem corrimões nem segurança como aquele caminho nas Berlengas pra se chegar até ao Castelo Mágico, esse caminho deu-me motivos para pesadelos durante muitos meses.

Que fim de tarde bem passada, pensamos nós, eu e o Cândido, à saída do Elevador.

E quem teria sido a Santa Justa?

quarta-feira, janeiro 25, 2006
 
Às vezes sinto que as canções da minha vida, não são as que eu conscientemente mais gosto, mas aquelas que parecem mais gostar de mim e que vêm assim, do fundo do baú da rádio ou da minha memória, dizer-me como é que eu me sinto, num dado momento.

I'll fake it through the day
With some help from johnny walker red
Send the poison rain down the drain
To put bad thoughts in my head
Two tickets torn in half
And a lot of nothing to do
Do you miss me, miss misery
Like you say you do?

A man in the park
Read the lines in my hand
Told me I'm strong
Hardly ever wrong I said man you mean

You had plans for both of us
That involved a trip out of town
To a place I've seen in a magazine
That you left lying around
I don't have you with me but
I keep a good attitude
Do you miss me, miss misery
Like you say you do?

I know you'd rather see me gone
Than to see me the way that I am
But I am in the life anyway

Next door the tv's flashing
Blue frames on the wall
It's a comedy of errors, you see
It's about taking a fall
To vanish into oblivion
Is easy to do
And I try to be but you know me
I come back when you want me to
Do you miss me miss misery
Like you say you do?


É bom que Janeiro acabe rapidamente.

segunda-feira, janeiro 23, 2006
 
Não Há Coincidências



For millions of people, it may feel a tad depressing returning to work today, but there is worse in store; Monday, Jan 23 will officially be Britain's unhappiest day.

An expert in winter disorders first identified January as the most stressful month. Now Cliff Arnall, a health psychologist at Cardiff University, has devised a formula to work out the worst day of the year and has come up with Jan 23 for 2006.

His calculation is based on the poorest weather, debts owed for seasonal spending, the time since Christmas, the period of time before you abandon New Year's resolutions, the dates when motivation levels seems to be at their lowest and the timing for the need for action to escape the blues.

Dr Arnall said: "The salient features of UK January weather patterns include many days with low dark cloud and associated cold, wet and sleety conditions.

"During the Christmas and New Year holidays we don't have to go outside if we don't want to. We can watch television, entertain visitors or just read a book.

At the end of first week of January, however, many people have to go back to work or make sure their children get off to school. They are then exposed to the frequently unpleasant weather."

Then there are the obvious problems associated with accumulated debt.

"After New Year there is an additional pressure to spend more as January sales tempt already financially stretched individuals and families," he said.

"For most there is a realisation by the third week of January that spending on sales items needs to be stopped so that Christmas can be paid for.

"Interestingly, nearing pay day may seem like a positive but it may also result in increased stress as the person realises they won't be able to pay off their Christmas bills."

Failed New Year's resolutions also take their toll, he said, with millions of people feeling like failures before the first month of the year is even out.

Separate research suggests that today is the toughest working day of the year. Office Angels, the temporary recruitment company, asked 1,500 people to rank the distress levels involved in returning to work after breaks away from the office, including summer holidays and bank holiday weekends.

Almost three out of four nominated the New Year return to work as the toughest, due to a combination of factors including a depleted wallet, the prospect of three months of sun deprivation, and weight gained over Christmas.

On a brighter note, the research points out that the "stresses and strains brought on by over exposure to relatives at Christmas is alleviated as soon as you are back in a working environment".

domingo, janeiro 22, 2006
 
Cavaquistão

acabo de chagar a casa da assembleia de voto. partilho a informação constante do edital que afixei no muro da escola primária.

Garcia Pereira - 1
Cavaco Silva - 68
Francisco Louçã - 10
Manuel Alegre - 7
Jerónimo de Sousa - 1
Mário Soares - 5

brancos - 1
nulos - 2

sexta-feira, janeiro 20, 2006
 
- Can you keep a secret? I'm trying to organize a prison break. We have to first get out of this bar, then the hotel, then the city, and then the country. Are you in or you out?

- I'm in.

sexta-feira, janeiro 13, 2006
 
You're Frasier Crane! You're an eccentric
intellectual psychiatrist, who hosts his on
radio show.


Which Frasier character are you?
brought to you by Quizilla

 
You're Frasier Crane! You're an eccentric intellectual psychiatrist, who hosts his on radio show.

quarta-feira, janeiro 11, 2006
 
You're Niles Crane! You're a hygenic freak and a
competitive psychiatrist with your brother.


Which Frasier character are you?
brought to you by Quizilla

terça-feira, janeiro 10, 2006
 

Amanhã faço 25 anos e a minha mãe deu-me um casaco mágico.

segunda-feira, janeiro 09, 2006
 
O Cavaco Silva está programado para não dizer nada, têm um chispe na cabeça.

anónima, em participação no programa Antena Aberta, na Antena 1.

terça-feira, janeiro 03, 2006
 
Eu sou português mas não me sinto estrangeiro.

anónimo, em participação na antena aberta, da antena 1

 
Enquanto alguns guardavam para a Taça:



Sufjan Stevens, a minha melhor passa para 2006

 
no sitío onde eu estava para a passagem de ano não se percebeu o momento das zero horas. na verdade, não é que isso me importe por aí além, sei que é um momento simbólico, e que cinco minutos antes ou depois não fazem nenhuma diferença. mas no sítio onde eu estava, havia muita gente e não havia relógio. não havia um relógio para toda essa gente, um que mesmo que fosse simbolicamente, remetesse para a autoridade do movimento de rotação do planeta, para o tal momento simbólico de transição que dá sentido ás resoluções de ano novo, que faz acreditar que existe um marco entre o passado e o futuro, que nos faz pensar que as coisas que estão mal vão poder melhorar.
mas nesse sítio não havia esse relógio. quando começou a chegar perto da hora as pessoas agitaram-se, estavam compreensivelmente agitadas, 2005 foi um ano mau para quase toda a gente e estar a acabar devia ser, de uma meneira ou de outra, um alívio.
começaram todos a olhar uns para os outros, a olhar para os relógio e para os telemóveis, a preparar as garrafas de espumante ("dois euros e meio no modelo"). depois alguns precipitaram-se e abriram as garrafas antes do tempo, os outros começaram a gritar num crescendo pouco definido enquanto alguns ainda olhavam uns para os outros e perguntavam se estava na hora ou não. assim cada um passou de ano quando quis, sem contagem decrescente. fomos passando de ano ao ritmo das ansiedades particulares. uns adiantados, outros atrasados.
pensei, sem nenhum optimismo, que era sintomático que de 2005 para 2006 não haveria nenhuma ruptura. nem mudanças reais nem simbólicas. e que o ano novo iria ser uma segunda parte do ano velho. pensei isto enquanto o conadas pensava nos objectivos pessoais e colectivos.

segunda-feira, janeiro 02, 2006
 



A minha irmã (que fez questão de me dizer que é ela o meu Hastings) diz que as pessoas estão deprimidas porque tudo voltou ao estado "normalíssimo" demasiado depressa. Tenho de concordar com ela.

 
2006 vai ser ainda pior que 2005.

Porque é se 2005 foi mau, então 2006 ainda vai ser pior porque nada vai melhorar e é tudo como que uma agravante do que já começou mal em 2005.

Mas não é só uma agudização da situação.
Vão acontecer ainda mais coisas más em 2006.

A sério.

O meu irmão disse:
- As coisas correm bem se traçares os objectivos, pessoais e colectivos, e lutares para os atingir.

Começamos os dois a rir mas o Conadas acreditou.
Ficou sentado à beira mar a traçar objectivos.
Contudo ele não me parece ser uma pessoa muito feliz.

 
Dia 2 de Janeiro de 2006

Um novo ano, não é?

Sou despertada às 12:00 pelo telefone mas decido não atender.

Fico na cama a fazer mais um bocado de ronha e não me levantar ainda, até que a minha irmã entra no quarto e pronto, sou a única ainda deitada, que vergonha é meio dia, está gente em casa... Olho para o telemóvel. Era uma amiga minha, a minha mais recente companheira de aventuras. Telefono-lhe a saber o porquê dos telefonemas: vai tirar um Mestrado em documentário na Pompeu Fabra, vai passar os próximos 2 anos em Barcelona. Fico feliz, muito feliz, tão feliz por ela. Mas... Vai ainda em Janeiro. Penso que vou ficar um bocadinho mais triste com ela longe, menos alegre sem o meu "Hastings".
Mais, estão a acabar as férias da minha irmã.
Descubro ainda que o Frasier (a minha sessão de psiquiatria diária às 2 da manhã) está prestes a acabar porque a Sic Mulher vai trocá-la por outra série (ao que parece "Hope and Faith").
Hoje acordei com pouca "hope and faith". Detesto Janeiro. Nunca comprendi o que é que é suposto continuarmos a esperar do Inverno depois do Natal. Hoje acordei a pensar que tenho de passar a levantar-me mais cedo, que é esse o segredo para que certas coisas comecem a mudar, mas sinto-me sem grande vontade.
Espero que "la noia" passe depressa.

 
Uma descoberta científica do início de 2006:

Um recipiente com água demora o triplo do tempo a ferver se o estivermos a vigiar.

 
Não eram umas côr "sujas de óleo" ou uma coisa assim, com umas dobras em baixo?
Tenho uma ideia na minha cabeça de ti vestida assim, há já muito tempo atrás.


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