{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
quarta-feira, junho 28, 2006
 
In the end there was nothing...
But believe me: it was no fun, waiting for nothing to end.


A sabedoria popular que nunca para de me surpreender...

quarta-feira, junho 14, 2006
 
Este post chama-se:
O Sérgio chamou "esse idiota" ao Santo António e eu não me importei

Santo António, eu estive a pensar e espero ainda ir a tempo de refazer o pedido que te fiz lá perto da casa onde nasceste.

A verdade é que, não sei se terá sido pelo que já aconteceu se pelo que já vi acontecer que afinal eu não quero que me mandes ninguém.
Pronto, é isso mesmo que ouviste, eu não quero que ninguém se aproxime de mim nem me quero sentir impelida a me aproximar de alguém.

Então o pedido que te faço é que tornes o meu coração duro como pedra.
E na verdade, Santo António, já não precisas de fazer muito.
Eu? já não acredito no amor entre duas pessoas.
Ou antes: eu acredito no amor entre duas pessoas, mas é num dado contexto que o facilite.
Isto é, eu acho mesmo que, no meu caso, eu não vou querer ninguém que, logo à partida, não permita criar um contexto de facilidade.
Mas, por outro lado, esse amor assim fácil, acho que não existe.
De modo que o melhor é não querer ninguém, nem os engraçados, nem os meigos, nem os compreensivos nem os sacanas.
Ninguém.

Santo António, eu não sei se me estou a conseguir explicar bem, mas se és assim tão santo como dizem, não preciso que te explique pois bem sabes o que vai no meu coração.

Então, espero que me compreendas, eu pus as velinhas (uma para mim, outra para a Ana e outra para a Liliana) e espero que realizes este meu desejo de não me apaixonar por ninguém.

Quanto à Ana e à Liliana, elas depois te dirão o que querem.

sexta-feira, junho 09, 2006
 
meio vazio / meio cheio


sérgio. diz:
sinto como se tivesse sido há 10 anos atrás
ana diz:
lembro-me como se fosse ontem



é tudo uma questão de perspectiva.

sábado, junho 03, 2006
 
Sabes, Liliana, eu acho que os percebo.
Percebo a situação psicológica em que se encontravam.
Tinham morto o seu mestre, eles gostavam dele, e quando morre alguém de que gostamos, fica a mágoa de que havia coisas que não perguntamos e devíamos ter perguntado e que não dissemos e que devíamos ter dito.
Além do que eles o viram a subir para o céu, como um balão? coisa mais estranha.

E a perseguição também era chata.
Desde que Jesus tinha sido morto, que eles andavam sempre juntos, não saíam para lado nenhum, viviam fechados com medo.
Enfim, Liliana, era tudo uma grande confusão.

Porque é mesmo assim, porque a vida às vezes é mesmo uma grande confusão, acontecem muitas coisas, boas e más e tudo ao mesmo tempo e não conseguimos ver com clareza.

Então estavam os amigos de Jesus reunidos numa casa e na rua havia uma multidão.
Era a festa das colheitas, e os judeus andavam aos milhares na rua, a festejar.
E nisto acontece uma coisa inesperada. Veio uma ventania, umas línguas de fogo, um festival de freakalhice nunca antes visto.
Toda a gente ouviu o barulho, e faz as contas, Liliana, estavam umas quantas pessoas numa casa e milhares na rua e as da rua ouviram o barulho? por isso foi mesmo em grande.

Sopro de vida, ventania de amor

Eu não consigo descrever bem o que é o Espírito nem vale muito a pena porque o espírito é Poesia.

E quando eles ficaram cheios do Espírito Santo, saíram para a rua, para junto da multidão e houve quem dissesse que eles tinham estado a beber, tal era a loucura.
Falavam em muitas línguas e não tinham medo.

Eu cá acho, Liliana, que o que se passou mesmo foi que eles compreenderam. Compreenderam e dissipou-se a neblina da confusão, por causa do espírito da verdade.
Como quando nós dizemos que sabemos o que ser mãe mas só o vamos mesmo compreender quando o formos.

E logo ali, na rua, foram baptizados uns 3 mil, que se juntaram a eles.
E os judeus não perdoaram que essa nova religião, esse novo modo de olhar o mundo, tivesse nascido na rua, e não dentro da sinagoga.

E é isso que eu te queria dizer, Liliana, é que acreditar nestas coisas todas, de subidas ao céu e de barulhos esquisitos é bom, é um dom.

Eu gostava de te pôr a mão no ombro amanhã, e ser eu a dizer Liliana ao bispo mas não posso.
Mas no meu coração, és minha afilhada e o laço que nos une é muito forte.

Estás presente nas minhas orações.


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