{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
segunda-feira, julho 28, 2008
 

Eu gosto muito de melancia. Não gosto de melão nem de meloa, frutos que cá em casa são muito populares. Gosto de melancia. Não é fácil encontrar uma que seja boa, mas a minha vizinha Rosinda tem olho para coisa. Consegue sempre escolhê-las perfeitas: vermelhas, rijas e muito sumarentas.
Hoje quando vinha a pé para casa já vinha um bocado cansada e aborrecida mas a ideia de ter uma melancia fresquinha à minha espera animou-me tanto. Há poucas coisas melhores que melancia no verão.

domingo, julho 20, 2008
 

Há dez anos atrás o Pedro deu-me (se calhar não foi uma oferta mas vamos pensar que foi, a bem das minhas memórias imaginadas da adolescência) uma cassete com Leonard Cohen escrito a marcador grosso preto num dos lados.
A partir daí todas as pessoas para quem eu não sou heroi (no sentido que o titulo do nosso estimado blog dá a essa expressão) gostam de Cohen.
Sabendo uma ou outra musica, uns versos que sejam, ou até poesia dele de cor, teremos sempre um piscar de olhos amigo para reconfortar qualquer dia pior.

Like a bird on the wire,
Like a drunk in a midnight choir
I have tried in my way to be free.
Like a worm on a hook,
Like a knight from some old fashioned book
I have saved all my ribbons for thee.
If i, if I have been unkind,
I hope that you can just let it go by.
If i, if I have been untrue
I hope you know it was never to you.




domingo, julho 13, 2008
 
Para a próxima, já fiz uma promessa a mim própria, eu não vou pronunciar o seu nome.
Não vou sequer falar acerca de relvas e de postais e de cambridge, não, não e não.

Rapariga de cambridge, matei-te ontem à noite.

terça-feira, julho 08, 2008
 
Para a Madalena, com amor


This too shall pass
So raise your glass to change and chance
And freedom is the only love
shall we dance...

World Love dos Magnetic Fields
(adaptado)

quinta-feira, julho 03, 2008
 
Já fui contar à Liliana.
Ela disse que talvez eu devesse começar um blog para contar estas coisas, mas eu esgotei a minha capacidade para inventar nomes quando criei este. Não vale a pena mudar de quarto, acho eu, quando afinal cabe tudo aqui.
Tive 15 a economia e fui logo contar à Liliana. Não há ninguém que perceba melhor do que a Liliana o significado de eu, Ana Almeida, ter tido 15 a economia. Eu tenho um problema: eu queria 17. Eu que nunca me esforcei e nunca quis ter mais de 10 dou por mim a ficar insatisfeita com um 15.
É o mesmo que o meu 13 a Teoria da Norma Jurídica (e sabe-se lá o que está para vir...). Eu não acho mau, mas queria 15.
Isto perturba-me: é que, quando eu não me esforçava, proporcionalmente eu tinha melhores resultados e isso é uma grande merda. É uma grande merda não ter controlo sobre as coisas quando não nos esforçamos por isso mas é uma merda ainda maior não ter controlo sobre as coisas quando nos esforçamos.
E pronto, é assim. Eu devia estar contente e não estou e vim escrever aqui onde ninguém me pode responder que estou a exagerar e onde ninguém me vai dizer que isso não significa tantas coisas como as que penso que significa.
Pelo menos isso :)


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