{Ninguém é herói para o seu criado de quarto}
segunda-feira, outubro 11, 2010
 
Antes o Lula que a Thatcher
Sonhei que o Lula da Silva me amava.
Já tinha passado a fase de estar "gaga" por mim, de estar ardentemente apaixonado, mas ainda me amava com muita intensidade, era uma coisa que nunca iria passar.

Ele estava em campanha e, em segredo, encontrava-se comigo e com outro amigo meu que não consegui identificar mas que era uma espécie de segurança que o Lula arranjou para me guardar durante a minha estadia no Brasil.

O Lula vinha ter comigo e não fazíamos nada, nem uma mãozinha dada.
Ele já sabia que era assim mas amava-me na mesma.
Como estava entretido em campanha, eu não sentia tanta culpa por não o amar.

Foi um bom sonho.

terça-feira, outubro 05, 2010
 
Eu não sei se o Woody Allen já estava na lista do jantar de aniversário do blog...

... mas para ter a certeza.

Depois das primeiras chuvas, eu quero ser uma pessoa "strictly business".

R.I.P. Rapariga de Cambridge.

Faculdade de Direito, aí vou eu.


domingo, outubro 03, 2010
 
Dormir, Pensar, Esperar
E ainda não tinha passado um terço do filme - estava-se ainda na parte da Itália, do "comer" e eu percebi que aquilo já não ia ter salvação possível. E então, como o mal estava feito e era demasiado tarde para um espectáculo multimédia sobre a répública ou para a incrível tasca móvel, decidi dedicar-me à sociologia e à estatística:

- cerca de 100 pessoas (porque podia ser isso e facilita os cálculos)
- maioria de mulheres na sala (distribuídas em grupos de 2 ou mais)
- 2 homens sozinhos
- alguns casais


dos quais:

- 30% dos casais irão nos próximos 2 anos fazer férias a Bali
- 50% dos casais planearão uma escapadela romântica a Roma
- 72% dos presentes irão esta semana jantar fora a um restaurante italiano
- 56% das mulheres (que ainda não fazem) passarão a fazer yoga e exercícios de meditação
- 45 % das mulheres quererão fazer um ashram (???)
- 1% - eu - nunca mais vai conseguir olhar para o James Franco da mesma maneira

Mas isso não foi o pior.

O Ryan Murphy que me tinha dado o Total Eclipse of the Heart, levou-me o Harvest Moon. Quem me deu o Cory Montheith, roubou-me o James Franco.

E eu ia com as esperanças muito em alta, de encontrar ali coisas. Coisas que me ajudam a perceber melhor a minha vida, a vida das pessoas à minha volta: como o problema da ex mulher do meu amigo de adolescência que se divorciou, como o problema da minha colega com a rejeição, como porque é que a madalena pensa que estão a falar dela quando se fala de pessoas sozinhas, como os meus próprios problemas. Mas nada...

Não é bem nada, mas é quase nada. Quando a Liz se auto perdoa e no meio da meditação volta ao baile do seu casamento e começa a tocar o Neil Young , eu pensei "foda-se esta não, esta era para o meu casamento"- e depois a Madalena disse o mesmo - e fiquei a perceber que se aprendi a matar bem mais do que penso, ainda não matei tudo. Ainda há coisas em que oscilo entre a pieguice, a autocomiseração e a esperança. Muita tralha para resolver.

E no meio daquilo tudo, foi com esse pequeno ponto em comum com que me consegui relacionar. Talvez eu também precise de orientação e de me encontrar. Mas é tão estúpido estar à espera de guidance num filme da Julia Roberts como ir à procura dela para a Itália, Índia e Indonésia.


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